💧 O gigante acordou

No Drop de hoje, direto ao ponto:

• McKinsey e Purdue Pharma: a crise dos opióides

• Google: o gigante finalmente acordou.

• Databricks: uma das maiores rodada de investimento da história

McKinsey e a crise dos opióides

mckinsey, purdue pharma, opioides, crise, consultoria

Pela primeira vez na história, uma consultoria de gestão foi responsabilizada criminalmente por conselhos que deu e que resultaram em práticas ilegais por um cliente.

A farma usou táticas agressivas de incentivos financeiros para médicos prescreverem e classificarem seu opióide, o OxyContin, como menos viciante e menos sujeito a abusos que outros medicamentos pra dor, resultando em um faturamento de +$31 bilhões até 2016.

A crise dos opióides nos Estados Unidos gerou +700.000 mortes por overdose entre 1999 e 2022 e foi marcada por 3 grandes ondas:

→ Primeira onda: nos anos 90, liderada pela Purdue Pharma e a distribuição agressiva do OxyContin.
→ Segunda onda: nos anos 2000, quando as autoridades restringiram o acesso aos opióides e os pacientes dependentes migraram para o consumo de heroína.
→ Terceira onda: nos anos 2010, marcado pela introdução do Fentanil, um opióide sintético 50-100x mais potente que a morfina e se tornou responsável por 2/3 de todas as overdoses.

Agora, o procurador de justiça dos EUA, Joshua Levy, deixou avisado: “Vamos cortar os PowerPoints habilidosos e o discurso do consultor e responsabilizá-lo por sua conduta se você se envolver em violações criminais”

A McKinsey concordou em pagar $650 milhões para encerrar o caso, além de ter um ex-sócio sênior se declarando culpado por obstrução da justiça ao destruir registros internos da empresa relacionados ao trabalho prestado.

P.S1: Existe um livro que explica a crise chamado A Secreta história da Dinastia Sackler, donos da Purdue Pharma. (LINK)

O que rolou mundo afora

• Meta: lançou alguns upgrades aos smart glasses com a Ray-ban, incluindo tradução em tempo real e integração com o Shazam.

• Boston Dynamics: famosa pelos vídeos dos seus robôs-cachorros fazendo parkour, demitiu 45 funcionários (cerca de 5% do quadro).

• União Europeia: não quer ficar refém das empresas de Musk e está investindo €10.6bi para criar a própria constelação de satélites.

• Honda e Nissan: começaram a conversar sobre uma possível fusão, enquanto enfrentam dificuldades e competição dos carros elétricos.

• Threads: o clone do Twitter da Meta, atingiu 100 milhões de usuários ativos diários e 300 milhões de usuários ativos mensais.

• X: está desenvolvendo o próprio endereço e funcionalidade de gestão de emails, transformando a rede social em um novo inbox.

Google: o gigante finalmente acordou.

google, ai, alphabet, notebook,

Mesmo com alguns dos melhores talentos de engenharia do mundo, uma das maiores bases de dados da internet e um budget de $45bi por ano em P&D, o Google não conseguiu sair na frente na corrida da inteligência artificial. Mas o gigante estava adormecido, não morto.

Depois do lançamento fracassado do seu primeiro modelo Gemini, o Google se desculpou, pausou o projeto e assistiu no cantinho a revolução acontecendo:

Nos últimos 3 meses, porém, o Google voltou para a pista e, semana a semana, lançamento por lançamento, está lembrando o mundo quem realmente são:

• NotebookLM: a ferramenta gratuita capaz de digerir livros com centenas de páginas e transformá-los em podcasts de 5 minutos, além de responder qualquer pergunta sobre o conteúdo em formato de chat.

• Agentes de IA: como o Jarvis que irá controlar o seu computador por você, o Mariner que vai surfar autonomamente na web, o Astra que vai ver e interagir com o mundo real através de smartphones ou óculos especiais e o Jules que se integra ao GitHub para auxiliar desenvolvedores.

• Veo2: o modelo de texto-para-vídeo mais evoluído lançado até agora, deixando os demais concorrentes no chinelo. A física é melhor. A qualidade é melhor. A adesão às instruções é melhor.

• Willow: o supercomputador quântico que levou 5 minutos para resolver um cálculo que um computador normal levaria 10 septilhões de anos - um número que excede por muito a idade do Universo. (beem beta)

• GenCast: o modelo de previsão do tempo mais superior já criado, que demonstrou 97,2% de superioridade em precisão e chegou a 99,8% em previsões acima de 36 horas.

E o Gemini..

Aos trancos e barrancos, o Gemini já tem 50% de participação de mercado entre desenvolvedores:

O gigante finalmente acordou e mostrou que as amarras corporativas de uma empresa com ~180.000 funcionários não necessariamente sufocam a inovação.

Agora resta saber se, mesmo apanhando de todos os lados, e lançando produtos para todos os gostos, o Google vai liderar esta guerra ou perder sua fortalezas pela falta de foco. As ações da Alphabet acumulam alta de +14% no ano.

DROPPED BY INVILIA

O que vai moldar o segmento financeiro em 2025?

Os bancos já se ligaram que, em um cenário onde o brasileiro possui 6 cartões em média, a principalidade é um dos principais objetivos a ser perseguido. Mas se O QUÊ já se sabe, o COMO será moldado por alguns fatores:

1) Quão inteligente a operação está: estima-se que 80% dos bancos terão IA generativa até 2026. As interfaces conversacionais devem liderar a agenda executiva.

2) Quão moderna a tecnologia é: quanto mais penetração de IA, mais os sistemas precisam se modernizar. A demanda por integração e times ágeis cresce.

3) Quão segura e resiliente a infra é: o colapso da CrowdStrike foi um exemplo da nossa dependência de tecnologia, e quão frágil somos sem ela. Governança e frameworks de segurança tomam sua devida importância.

4) Quão personalizada é a jornada do cliente: aqui a IA novamente tem um papel importante na criação de ofertas e experiências para o seu perfil de consumo. (e os dados, mais ainda)

Quão preparado você está para essa revolução? A Invillia é uma tech global que ajuda empresas líderes do mercado a acelerarem o desenvolvimento de soluções, produtos digitais e inovações com ferramentas e plataformas de AI e GenAI avançadas. Confira as soluções aqui →

O que rolou Brasil adentro

• Taskdo, a plataforma de gestão de rotinas contábeis, é adquirida pela Invent Software, de gestão fiscal, financeira e jurídica.

• Renov, a startup usando IA para definir o preço de eletrônicos usados, recebe aporte da Voke, a plataforma de locação de eletrônicos.

• MinusSugar, a biotech extraindo açúcar do suco de laranja, capta sua primeira rodada de investimentos de U$2.5mi.

• Sami, a insurtech com planos de saúde para MEIs e PJs, capta rodada de R$60mi combinando equity e dívida com Mundi e banco StoneX.

• Nubank está investindo R$900 milhões no banco digital Tyme, que tem forte presença na África do Sul e FilipinasTyme.

• Trinus, a proptech com um ecossistema de soluções para o mercado imobiliário, capta rodada de R$43mi com a Bewater.

A rodada astronômica da Databricks

databricks, venture capital, gestao de dados, ai

O ano pode estar acabando, mas a grana dos VCs e o apetite por capital das startups parece não ter fim. Como se a rodada de U$6.6 bilhões da OpenAI não fosse grande o suficiente, a Databricks acaba de chocar o mercado ao fechar uma das maiores rodadas de venture capital da história: U$10 bi.

A rodada série J foi liderada pela Thrive Capital e acompanhada pelo hall da fama do venture capital (a16z, GIC e companhia) e coloca o valuation da startup em U$62 bilhões.

O que eles fazem?

• O primeiro produto da startup instantaneamente se tornou um hit entre os data-nerds pela sua habilidade de analisar dados rapidamente - estabelecendo um recorde mundial de classificação de 100 terabytes de dados em 23 minutos.

• O segundo produto foi uma extensão do primeiro, que era capaz de integrar e analisar dados de outras áreas da empresa, como por exemplo informações de marketing e vendas do CRM.

• O terceiro produto veio através da aquisição da startup MosaicLM por $1.3bi, permitindo que seus clientes construíssem modelos de IA que pudessem prever hábitos de consumo ou determinar quais promoções oferecer aos seus clientes.

• O quarto produto também veio de uma aquisição. Dessa vez, o CEO Ghodsi precisou desembolsar $2bi (mais que o triplo da oferta da concorrente) para comprar a startup de gestão de dados Tabular.

A Databricks ainda não comemorou um trimestre de lucratividade, mas espera alcançar o marco em janeiro, quando planeja atingir os U$3bi de receita através da assinatura recorrente dos seus +10.000 clientes.

Contra dados não há argumentos

Stats relevante