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💧 A soberania do Google em risco

+ O youtube não quer que você pule o anuncio

Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: sobre a história de Marion Stokes, que começou a gravar tudo o que passava na TV aberta, 24/7, com início em 1979 até 2012 quando faleceu. Marion gravou +70k fitas, a única coleção completa preservando este período da televisão. Agora, a Internet Archive está digitalizando o material e dando vida ao "The Marion Stokes Project” para desvendar como a TV moldou o mundo.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Youtube: não vai deixar você pular anúncios.

  • Games: quando milhões se transformam em bilhões, tudo muda!

  • Google: o reinado das buscas online está ameaçado

"Faltam 10 anos para pular esse anúncio"

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Se você nunca fechou um banner no Youtube te oferecendo uma assinatura paga do Youtube sem anúncios, você realmente está usando o Youtube certo? A notável insistência em converter os usuários gratuitos em assinantes pagos da rede social não passa despercebida por ninguém e a lista de experimentos não para de crescer…

  • Anúncios não puláveis

  • Anúncios imunes aos Ad Blockers

  • Anúncios enquanto o vídeo está pausado

  • Anúncios seguidos de anúncios seguidos de outros anúncios

  • Por último: Anúncios sem contagem regressiva para pular

  • Anúncios que ligam sua câmera frontal para garantir que você esteja olhando

Essa insistência não vem por acaso. Se olharmos para a guerra do streaming pela perspectiva de "tempo assistido", o Youtube é o líder, tanto em TV quanto em smartphones, à frente da Netflix, Prime, Disney+, Max e todos outros - e, ao contrário das demais, sem precisar investir em produção de conteúdo proprietário.

No ano passado, o Youtube gerou $31.5 bilhões para o Google e cerca de 35% disso vieram das assinaturas premium do Youtube. Este ano, pela primeira vez, chegou aos 100 milhões de assinantes - um número isoladamente alto, mas ainda pequeno quando comparado a base gigante de 2.5 bilhões de usuários.

O que rolou mundo afora

  • Pink Floyd: concordou em vender seus direitos de música gravada e nome e imagem para a Sony Music por aproximadamente U$400 milhões.

  • Microsoft: optou por não bater de frente com a Meta e Apple e está descontinuando seu headset de realidade mista Holo Lens 2.

  • Toyota: está dobrando sua aposta em táxis aéreos para transportar passageiros e investimento na startup Joby Aviation um total de $894mi.

  • Spotify: lançou a funcionalidade Offline Backup, permitindo que usuários premium tenham sempre uma playlist para ouvir offline, mesmo sem download.

  • Amazon: está planejando reduzir 14.000 cargos gerenciais (managers) até o início de 2025, em uma tentativa de economizar U$3bi anualmente.

  • Stripe: chegou a marca dos 200 milhões de cartões criados através da funcionalidade Issuing, que oferece infra de banking as a service para startups.

  • Google: lembra da treta Epic vs. Google? Pois é, um juiz acaba de decidir a favor da Epic e o Google terá que abrir a loja de apps do Android para terceiros.

  • Tesla: está se preparando para o evento em que, supostamente, lançará seus Robô-taxis amanhã às 23h BRT.

Quando milhões se transformam em bilhões, tudo muda.

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O sonho de qualquer startup é atingir os bilhões em receita. Mas, no caso das fabricantes de games, o sonho tem se tornado um pesadelo rapidamente. O livro “Play Nice” de Jason Schreier, lançado ontem, conta a história da Activision Blizzard e as encrencas depois do sucesso do World of Warcraft. O resumão Drop:

→ Parte 1: Faça bons games que o dinheiro vem atrás.

Quando a Blizzard foi fundada, em 1991, a indústria de games online não chegava perto dos $200bi atuais. Foi em 94, com o lançamento do Warcraft, que essa realidade começou a mudar. O primeiro jogo pago online, custando U$15/mês, chegou aos 5 milhões de jogadores já no primeiro ano. Nos cinco anos seguintes, a empresa chegaria aos 12 milhões de jogadores pagantes e passaria por uma fusão com a Activision.

→ Parte 2: Faça dinheiro que os bons games vem atrás.

Com uma empresa mãe por trás e a pressão dos jogadores por novas skins, monstros e cenários virtuais, a Activision Blizzard decidiu destinar mais recursos para o World of Warcraft. A partir dai foi ladeira abaixo: executivos demitidos, processos de má conduta sexual e discriminação, projetos cancelados, funcionários saindo em debandada, e que culminou na Microsoft jogando um bote salva-vidas de ouro, pagando $69bi pela empresa, o maior deal da história das empresas de mídia.. A empresa não lança um novo hit há quase 1 década.

Criativos esperam que um grande sucesso é o turning point para o caminho da grandeza. Mas, no caso das empresas de games, o grande sucesso também pode significar perder a alma ao longo do caminho. E essa dificuldade não é uma realidade exclusiva da Activision:

  • Epic Games abandonou quase todos os outros projetos depois do sucesso do Fortnite.

  • Rockstar que já vendeu +430mi unidades na série GTA, está focando no desenvolvimento do GTA VI há +10 anos, investimento +$2bi.

  • Ubisoft tem focado em reproduzir a fórmula dos seus maiores sucessos como Far Cry e Assassin's Creed ao invés de produzir novas IPs.

  • EA Games: praticamente abandonou o The Sims e Need for Speed desde que os seus jogos de esporte dominaram o mercado (e desde que perderam os direitos de marca do FIFA).

A Roblox não entra na lista acima, já que os jogos e mundos virtuais da plataforma são criados pela própria comunidade de usuários. Mas isso não significa que não esteja em apuros. Ontem, a Hindenburg Research, a notória empresa de investigação ativista, acusou a empresa de ter inflado suas métricas, como horas de engajamento, em mais de 100% e revelou uma posição vendida (short) que fez as ações afundarem ~10%.

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O que rolou Brasil adentro

  • Vai rolar o CMO Summit!*: dias 15 a 17 de outubro, o evento com +150 líderes de marketing vai abrir a caixa preta do marketing. É online, de graça, e acumula mais conhecimento que qualquer curso por aí. Inscreva-se!

  • Asaas, a fintech das pessoas jurídicas com contas e gestão financeira, capta rodada série C de R$820mi liderada pela BOND com SoftBank e 23S e Endeavor

  • PsycoAi, a startup usando IA para aumentar a eficiência operacional da área da saúde, capta R$2.5mi em rodada pré-seed com a Dr. Consulta.

  • Kuak, a startup usando IA para construir soluções personalizadas para o mercado B2B, capta rodada com Luiz Nacif e Renato Castro.

  • Morada.ai, a startup aplicando IA no setor imobiliário, capta rodada de R$6mi liderada pela Nexus Empreendimentos.

  • AuraPura, o app de terapias holísticas e esotéricas, capta rodada de R$3mi para lançar um marketplace conectando profissionais a clientes finais.

  • Monark, foi condenado a 1 ano e 2 meses de detenção e uma multa de R$50k por ter chamado o Ministro Flávio Dino de gordola.

*conteúdo em parceria

O fim do reinado das buscas online do Google

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Todos os anos alguém aparece proclamando o fim da soberania do Google nas buscas online. Nunca aconteceu. Agora, pela primeira vez em 15 anos, a profecia começa a se tornar realidade e o Google está a caminho de cair para menos de 50% do mercado de publicidade em buscas nos EUA.

Ao contrário do que os profetas diziam, a indústria de $300 bilhões não será tomada por outro mecanismo de busca, mas sim pelos avanços do ecommerce, das redes sociais e da inteligência artificial.

  • Amazon: já ultrapassou o Google em busca por produtos online e deve finalizar o ano com 22.3% de marketshare total, um crescimento de 17.6% no ano. Há alguns anos, a empresa começou a oferecer publicidade pelas buscas e, no ano passado, registrou $49bi em receita de publicidade.

  • Apple: não tem um buscador, mas tem uma AppStore com uma barra de busca. Cerca de 65% dos downloads de apps começam com uma busca. Logo, a Apple também começou a experimentar os anúncios no ano passado, quando registrou $1bi em receita, que já saltou para $7bi este ano.

  • Microsoft: é a única concorrente que oferece um produto com a mesma proposta que o Google, o mecanismo de busca Bing. E apesar dos bilhões investidos na OpenAi e a esperança de que isso fosse suficiente para “fazer o Google dançar”, o Bing não decolou nem com IA.

A ameaça não vem apenas de cima (big tech americanas) mas também de baixo, com a Perplexity, que planeja apresentar anúncios ainda este mês sob suas respostas geradas por IA, e outro lado do oceano, com o TikTok permitindo que as marcas direcionem anúncios com base nas buscas dos usuários.

Contra dados não há argumentos

Stats relevante

A quantidade de buscas processadas pelo Google…

Por ano: 2 trilhões
Por mês: 166 bilhões
Por semana: 38,4 bilhões
Por dia: 5,48 bilhões
Por hora: 228,3 milhões
Por minuto: 3.81 milhões

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