💧 Ad War

A guerra da publicidade online começou, o que rolou mundo afora (Paypal, WeWork, SpanX, Boring Co, Netflix) o que rolou Brasil adentro (HubLocal, Inventa, Hash, SouSmile, Mercê do Bairro, Gupy)

Morning, Dropers!

A rodada de investimemento da semana vai para a FTX, a corretora de criptomoedas que fez inveja até no Elon ao levantar uma rodada de U$420milhões de 69 investidores… é sério!

Na edição de hoje:

A guerra dos Ads começou!

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Quando os departamentos de marketing pensam em publicidade online e mídia paga, hoje, algumas poucas opções vem à cabeça: google ou facebook. Nos últimos anos, em proporções bem menores, algumas outras opções surgiram: LinkedIn, Reddit, Twitter. 

Mas, quando esses dois novos players entram no jogo, seja ele qual for, as regras mudam por completo. Ambos ainda não fazem parte do planejamento da maior parte das agências digitais, mas estão presentes em todo planejamento da Faria Lima. Lhes apresento:

Apple Ads

Em 2016 a Apple lançou sua primeira versão da sua plataforma de Ads, dando a chance aos apps de pagarem para terem mais destaque, visibilidade e, potencialmente, downloads na AppStore. Desde então os downloads ‘pagos’- àqueles vindos de ads - eram responsáveis por apenas 17% do total.Um update do iOS 14.5 - usuários não precisam mais “desligar” o rastreamento, esta opção agora vem como padrão - mudou as regras do jogo. Para a tristeza do FB (que chegou a contratar uma página inteira do NYT para reclamar) e do Google, 58% de todos os downloads de apps agora vem de Ads. Analistas estimam que a receita de Ads da Apple atinja $5bi este ano, e chegue a $20B em 2024.

O próximo passo? A única frente impactada por Ads até então foi a App Store, mas a Apple também atua na frente de músicas (Apple Music), na frente de vídeo (Apple TV+), na frente de notícias (Apple News) - e todos estes são livro em branco prontos para serem pintados de verde e coloridos com cifra$.

Amazon Ads

A vertical de Ads da Amazon é uma das que mais cresce na empresa - e olha que, em termos de variedade nas fontes de receita, a empresa de Jeff é líder, com atuação em cloud, hardware, software, mídia, ecommerce, logística. A receita chegou à $21.5 bilhões em 2020, um crescimento de 230% se comparado ao ano anterior e projeção para alcançar $26bi este ano.

A receita do bolo da amazon é sempre a mesma, usar para eles, comercializar para os outros. Como a vertical de Ads já se provou, o investimento também chegou: foram lançadas +40 novas funcionalidades para os advertisers, expandindo a atuação para outras regiões como Austrália, Europa, Índia, Japão e Arabia Saudita.

O próximo passo? Assim como a Apple, a Amazon tem muito mercado a ser explorado, incluindo sua frente de vídeo (Amazon Prime Video), música (Amazon Music Unlimited), livros (Kindle), áudio (Audible) e mais…

O duopólio e “os bicão”

O mercado de publicidade online deve alcançar $179.77 bilhões este ano e, $0.57 centavos de cada $1 dolar investido vai para o bolso do Facebook ou do Google. O lado ruim: ambas possuem +95% das suas receitas concentradas somente na vertical de publicidade online - enquanto a Apple e a Amazon tem receitas mais diversificadas, logo, menos aversão ao risco e mais flexibilidade para arriscar.

E se a grama do vizinho parece mais verde, está na hora de regar o próprio jardim. Não necessariamente conhecidos por serem inovadores, mas com uma reputação forte de nunca ficarem para trás, outros entrantes ‘despretensiosos’ na guerra dos ads são: Walmart, Instacart, Walgreens, CVS, TikTok…

O que rolou mundo afora

  • PayPal: a gigante dos meios de pagamento, estuda comprar o Pinterest, rede social de fotos em um deal que pode chegar a U$45bi (um premium de 25% do valuation atual da empresa).

  • WeWork: dois anos, duas tentativas e duzentos escândalos depois, o maior coworking do mundo finalmente conseguiu abrir capital via SPAC e atingiu um valuation de ~U$9bi (bem abaixo da pretensão anterior de U$47bi).

  • SpanX: a marca de cintas modeladoras, bootstrapped!, vendeu uma parte majoritária da empresa para a firma de private equity BlackStone em um deal que avalia a empresa em U$1.2bi.

  • Boring Co: a empresa de túneis do Elon Musk recebeu aprovação para começar a construção de um sistema de túneis debaixo de Las Vegas.

  • Netflix: bateu as estimativas dos analistas e adicionou 4.38 milhões de assinantes no último trimestre, chegando a 214 milhões ao redor do mundo.

O que rolou Brasil adentro

  • HubLocal, a startup que fornece uma solução de gestão de presença online, fecha rodada serie A de R$2.3mi liderada por Yves Nogueira.

  • Inventa, a loja das lojas, startup que oferece um marketplace para lojistas, fecha rodada Seed de R$30mi, com participação de NXTP, PearVC, OneVC e Maya Capital.

  • Hash, a fintech que fornece estrutura de pagamento para empresas que querem oferecer serviços financeiros, capta R$235mi em rodada série C, a segunda do ano, liderada por QED Investors e Kaszek.

  • SouSmile, a startup que produz e vende aparelhos dentais “invisíveis”, anuncia rodada serie B de R$96mi, liderada pela Kaszek.

  • Mercê do Bairro, a startup que visa aumentar a eficiência dos mercadinhos do bairro com software, capta R$53mi em rodada liderada pela GFC e Flourish Ventures.

  • Gupy, o software de recrutamento e seleção que captou R$40mi, anuncia aquisição da Niduu, software para desenvolvimento de colaboradores.

Contra dados não há argumentos

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