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💧 Apostando em apostas...

+ O jogo das bandeiras de cartão + O que rolou Brasil adentro e mundo afora...

Dia, droppers!

Na quinta-feira o app do Itaú apresentou instabilidade e chegou a ficar fora do ar. Na sexta-feira foi a vez do Banco do Brasil e, durante o final de semana, o Nubank também apresentou oscilação. #Fintechgeddon!

Na edição de hoje:

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A categoria de apostas em esportes no Brasil é uma nuvem cinza, densa e que não faz muito sentido: devido a falta de regulamentação, empresas brasileiras não podem atuar em território nacional, portanto, o mercado inteiro é ‘engolido’ por players internacionais que oferecem os produtos e serviços por aqui, não pagam impostos e não precisam responder a justiça.

Nos EUA, 32 estados já legalizaram as apostas esportivas. O que permitiu a criação de uma indústria de U$59 bilhões com projeção de crescimento acima de 50% ano a ano, aproximando-se de U$93 bilhões em 2023.

Dentre os principais players da categoria ao redor do mundo, você encontra:

  • [UK] Bet365, fundada por Denise Coates, 54, que hoje atua como co-CEO da startup de apostas e é considerada a mulher mais rica do Reino Unido (que, aliás, tinha um salário >£500 milhões/ano mas recebeu um corte de 40%e agora tem que viver com ~£249 milhões/ano) e está avaliada >$3bi.

  • [EUA] DraftKings e FanDuel, dominam o mercado de apostas online em esportes com +65% de marketshare em um país onde 1 a cada 5 adultos dizem apostar pelo menos 1x ao mês. Ambos avaliados >$10bi.

  • [Irlanda] Flutter, a casa de apostas digitais listada publicamente na bolsa de valores e que viu suas ações triplicarem com o anúncio do lockdown.

Mas onde existe grandes players, também existem os novos entrantes

  • DraftFuel - “Apostando sem peso na consciência”. A Fintech automaticamente separa trocados dos seus gastos de cartão de crédito e aloca este capital para um fundo reservado para apostas.

  • Wagr - “Aposte contra sua rede, ao invés de apostar contra a casa”. O app busca oferecer um ambiente de apostas diferente das grandes plataformas, com maior proximidade entre os apostadores que podem criar grupos entre amigos e família e fazer apostas entre eles. Até então, foram $16mi captados.

  • Chalkboard - “Amigável e mais inclusivo”. A quantidade de mulheres realizando apostas aumentou de 28 para 33$ entre 2020-21, e o número de apostadores iniciantes é quase maior que o de experientes e é exatamente nesses trend que o app Chalkboard quer capitalizar - focando em iniciantes e mulheres.

Estima-se que no Brasil, a categoria não regulamentada movimenta cerca de R$8bilhões - o que poderia gerar de R$700milhões à R$3bilhões para o Tesouro caso os impostos fossem dentro da mesma variação dos estados americanos.

Além disso, outros players que não puramente do segmento de apostas, mas que atuam no segmento de esportes, devem colocar o pé na água para sentir a temperatura. De Fox Sports à Disney, projetos que visam unir transmissões, conteúdo e apostas devem chacoalhar o mercado daqui pra frente… e o Brasil vendo o trem passar.

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O que rolou mundo afora

  • NYT: o jornal que virou startup, é a última empresa a ser “sindicalizada", depois que a maioria dos funcionários votou a favor.

  • Twitter: baniu +100 contas que usavam a hashtag #IStandWithPutin (Eu apoio o Putin) por violação das regras de spam e manipulação.

  • Disney+: se prepara para oferecer uma assinatura mais barata mas que mostrará ads no final do ano.

  • Sony e Honda: estão formando uma joint venture para unir suas expertises de tecnologia e automotivos e competir com a Tesla.

  • Netflix: também está suspendendo os serviços em território Russo.

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Visa & Mastercard saem do jogo…

Entre as últimas empresas a encerrar as operações em território russo, estão Visa e a Mastercard - que suspenderam todas as transações no país - o que tem o potencial de causar um estrago econômico maior do que as sanções impostas pelas potências mundiais até agora. Ou melhor dizendo, tinha esse potencial… não demorou muito para que Putin pedisse socorro à China…

UnionPay entra no jogo…

Criada em 2002 em Shanghai por ~85 bancos governamentais chineses e, claro, com a benção do banco central e da CCP, em pouco tempo conquistou o monopólio como maior emissor de cartões no país. E, como a China tem muito, muito chinês, essa empresa que você nunca ouviu falar tem um marketshare em volume de pagamentos de 42%, seguidos pela Visa com 34% e Mastercard com 19%.

Apesar de possuírem apenas 0.5% de marketshare global, a ambição sempre cruzou as fronteiras nacionais. Hoje presente em +180 países e regiões, com +32milhões de comerciantes utilizando sua bandeira e +1.7milhão de máquinas de saque fora do território Chines.

Em 2017, outros bancos asiáticos começaram a aceitar UnionPay para atrair mais turistas chineses, incluindo Mianmar, Indonésia, Malásia e Cazaquistão

Em 2018, uma parceria com o Banco da África do Sul e a fintech nigeriana Interswitch permitiu a entrada no continente africano, que agora também tem Banco da África em Marrocos e PostBank na Uganda.

Em 2019, eles começaram a lançar cartões de crédito e débito para cidadãos europeus pela primeira vez. No Canadá, mais de 90% das maquinas de saque e +100k comerciantes já aceitam a UnionPay.

Ainda não está claro o impacto negativo disso tudo na Russia, mas começa a ficar claro o impacto positivo disso tudo para a China.

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O que rolou Brasil adentro

  • Sohtec, a startup gaucha que fornece uma plataforma de gestão para imobiliárias é a última aquisição da OLX Brasil.

  • Arena.im, a startup de brasileiros criada nos EUA e que fornece uma plataforma para empresas engajarem os usuários, capta U$2.7mi da Redpoint Ventures.

  • RVM, a securitizadora de crédito e adiantamento de recebíveis, é adquirida pela fintech catarinense Credoro.

Contra dados não há argumentos

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