Morning, Dropers!

Inovação pelos ares

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Um dos segmentos mais afetados pela pandemia, a níveis não vistos desde a segunda-guerra mundial (1939-45). Em abril de 2020, o volume de voos partindo de solo brasileiro representava 6% do mesmo período do ano anterior. Por outro lado, o Brasil também é o segundo país do mundo quando se trata do número de donos de jatinhos e aviões particulares. E a soma da crise com o potencial de mercado é terreno fértil para startups, por isso, achamos interessante dar um giro pelo mercado aéreo brazuca…

Startups Aéreas

Enquanto os bilionários tomaram a frente da corrida espacial, empreendedores nacionais aproveitaram para tentar reimaginar a forma como interagimos com o espaço aéreo…

• Eve: a startup eVTOL (veículos elétricos de pouso e decolagem verticais) da embraer que visa desenvolver o mercado UAM (Mobilidade Aérea Urbana) no Brasil.

• Flapper:  o uber aéreo. Seja de avião, helicóptero ou voo compartilhado, essa startup conecta o passageiro com os pilotos, que podem escolher a origem, destino, data e receber as melhores cotações.

• NexAtlas: o waze dos ares. Essa startup desenvolveu um aplicativo para que pilotos consigam fazer o planejamento de voo de forma ágil e descomplicada e cobra uma assinatura pelo acesso.

• MFSim: desenvolve simuladores de voo que são utilizados para treinamento e capacitação de novos pilotos. A startup de São José dos Campos, criada em 2018, já exporta seus produtos para diversos países como China, Alemanha, EUA, e outros.

• Altave: monitoramento inteligente de grandes áreas com balões cativos (aqueles amarrados ao solo). Os produtos são utilizados para segurança pública e privada, usinas hidrelétricas, agronegócio, mineração e outros fins.

Incubadoras Aéreas

Não é a toa que a maior parte da inovação nacional do espaço aéreo tem saído de um só lugar….

• Incubaero: incubadora de projetos e startups voltada para o desenvolvimento do setor aeroespacial localizada em São José dos Campos.

Companhias Aéreas

Novos entrantes também prometem desafiar a soberania do espaço aéreo comercial brasileiro até então mantida pela Gol, Azul e Latam…

• Itapemirim: da viação à aviação. A empresa entrou em operação há 3 meses, possui 5 aeronaves (Airbus A320), 13 destinos atendidos e já transportou ~80k passageiros e está crescendo três dígitos ao mês.

• Asas: começou focando no transporte de cargas aéreas para grandes empresas de ecommerce e planeja lançar a modalidade de charter (fretamento) em breve - já possui um Boing 747 e está comprando o segundo, faturamento previsto é de U$15mi/ano com as duas aeronaves.

• Dux Express: é o braço aéreo da empresa de logística Dux, que já conta com navios e caminhões e foca na entrega de cargas. Com 3 aeronaves em operação e planejamento para comprar mais 7, a empresa aposta na capilaridade dos +5k pequenos municípios do país - normalmente ignorados pelas grandes. A previsão de faturamento é de R$110mi para o ano que vem.

• Nella: planeja concorrer diretamente com a Azul, Gol e Latam. A startup deve começar a operar no fim deste ano e já tem o leasing de 5 aeronaves assinado e está nas etapas finais de certificação junto à anac.

O que rolou mundo afora

• GitLab: a comunidade onde desenvolvedores que permite o compartilhamento e colaboração em projetos de código e programação, se prepara para um IPO com um valuation de ~U$10-15bi.

• Amazon: disse ter banido +600 marcas chinesas em um esforço para diminuir as fraudes nas avaliações do seu marketplace.

• Microsoft: divulgou uma pesquisa sobre o status do trabalho remoto e descobriu que, em média, trabalhadores aumentaram em até 10% o tempo de trabalho.

Evergrande: a crise imobiliária chinesa

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A crise imobiliária dos EUA em 2008 com a quebra da bolsa, a falência dos bancos e uma dos maiores níveis de endividamento históricos da população parecem não ter sido exemplo suficientes… essa semana, uma empresa Chinesa com uma dívida de U$300 bilhões e o potencial para se tornar uma das maiores crises do país fez manchetes:

Evergrande…

…é uma das maiores incorporadoras de imóveis da China, donos de +1300 projetos em +300 cidades, gerindo milhares de outras propriedades além de investimentos em outros nichos como mídia, veículos elétricos, saúde e até parques de diversão, fazendo do conglomerado parte do Global 500 - a lista com as maiores empresas do mundo em receita.

Na linha do tempo…

• Nos últimos 10 anos, o conglomerado se aproveitou do boom imobiliário para se tornar a segunda maior empresa do ramo no país;

• Para crescer com rapidez, a empresa utilizou principalmente empréstimos dos bancos nacionais;

• Nos últimos 2 anos, o mercado imobiliário começa a estabilizar e a Evergrande se encontra em meio a um enorme inventário inacabado de prédios altos;

• Bancos começam a se preocupar com a capacidade da empresa de honrar suas dívidas;

• Evergrande começa a vender parte das suas propriedades com desconto de 20-30% para pagar os empréstimos;

• Bancos pararam de financiar os projetos da Evergrande, e outras instituições pararam de financiar os apartamentos da incorporadora;

• Evergrande começa a vender suas subsidiárias, mas a grana não é o suficiente para cobrir o buraco;

• Investidores começam a se livrar das ações da empresa, que se aproximam de zero!

Everpequena…

A empresa emprega diretamente 200k funcionários, mas indiretamente o impacto poderia deixar +2mi de pessoas na rua. Analistas já fazem as comparações do episódio de falência do Lehman Brothers em 2008 e as ações amanhecem com queda de quase 20%, o menor nível desde 2010.

Como a transparência financeira não é o forte das empresas chinesas, ainda é difícil medir o tamanho do buraco. Até o momento, nem sinal de intervenção do Governo Chinês - que a esta altura, é um dos únicos candidatos a salvadores da pátria.

O que rolou Brasil adentro

• Contraktor: a startup digitalizando contratos e facilitando as assinaturas online captou uma rodada de R$2mi da KPTL;

• TecnoFit: a startup que oferece um sistema de gestão para academias, studios, crossfit e outros esportes, fecha captação de R$13mi da Honey Island Capital (criadores do Ebanx)

Contra dados não há argumentos