💧 As TVs da Internet

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Apple: sherlocking o app de convites

• EUA: Influencers vão a Casa Branca

• As novas televisões da Internet

• Paradoxo de Jevon: a nova obsessão da internet

Expectativa era carros voadores. A Realidade:

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Bons tempos para a Apple que centenas dormiam em frente às lojas físicas para comprar primeiro seus novos lançamentos - foi assim com o iPod, iPhone, iPad, AirPod. Mas, enquanto os Apple-fãs esperavam carros elétricos ou drones de IA..

O mais novo lançamento da Apple é: Apple Invites, um aplicativo que permite aos usuários criar convites personalizados para qualquer ocasião! O app vem integrado a todo ecossistema iOS:

• Integração com Mapas para receber direções

• Integração com app Tempo para previsão do dia

• Integração com Fotos para criar álbum compartilhado entre os convidados

• Integração com Music para playlist colaborativas

• Integração com Apple Intelligence, usando IA na descrição do evento

• Integração com Image Playground, para edição das imagens e capas

E essa não é a primeira vez que a gigante dos iPhones pratica o chamado “Sherlocking” - lançar um app que oferece a mesma funcionalidade de um outro app popular - uma arte dominada por Zuckerberg. Foi assim com Apple Fitness+, com FaceTime, entre outros.

O que rolou mundo afora

• Spotify: pagou U$10bi à indústria musical no ano passado e informou que +10k artistas agora geram +U$100k no Spotify.

• Threads: agora tem 320 milhões usuários ativos mensais (MAU) e 100milhões de usuários ativos diários (DAU). Em 2022 o X tinha 240mi DAUs.

• OpenAI: lançou uma funcionalidade para pesquisas e relatórios aprofundados chamada Deep Research e um novo modelo, o3-mini

• Palantir: agora é a 49ª depois de subir +600% nos últimos 12 meses e +25% nos últimos 2 dias após a apresentação de resultados.

• Google: trouxe U$96.5 bilhões em receita no último trimestre (abaixo das expectativas) e anunciou o pagamento do seu primeiro dividendo. Também teve revisão na política IA, retirando o compromisso de não usar para armas.

Influencers vão a Casa Branca

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Muitos acreditam que a estratégia de campanha de Trump, aparecendo em podcasts como Joe Rogan e se aproximando das celebridades online como Theo Vo, tenha sido uma das grandes responsáveis pela sua reeleição. Se não bastasse, agora, algo mais simbólico aconteceu:

Trump decidiu que a primeira fileira da sala de reuniões da Casa Branca agora é exclusiva dos “jornalistas independentes, podcasters, influenciadores de redes sociais e criadores de conteúdo”.

Razão ou Emoção?

Apesar da sua notória raiva de Trump da mídia tradicional, a decisão não é embasada somente na emoção, mas também nas claras mudanças de comportamento do seu eleitorado:

• 60% da Geração Z e Millennials obtêm notícias em plataformas de mídia social como Instagram, TikTok e X, em vez de fontes de mídia tradicionais.
  (Relatório de notícias digitais do Reuters Institute, 2023)

• 62% da população americana já ouviu um podcast e 41% são ouvintes regulares, um número que dobrou nos últimos 5 anos.
  (Pesquisa Edison, 2023)

• 50% é o quanto de leitores impressos os grandes jornais como The New York Times e The Washington Post perderam desde 2015.
  (Pew Research, 2023)

• 79% dos Millennials e da Geração Z confiam mais nos influenciadores e nas vozes das mídias sociais do que nos meios de comunicação tradicionais.
  (Consulta Matinal, 2023)

Além da queda em alcance e relevância das mídias tradicionais, as novas mídias (influencers, redes sociais, newsletters, podcasts), são a preferência para a geração X e Z, que ainda este ano deve ocupar 75% do mercado de trabalho.

As novas televisões da internet

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Um dos protagonistas da apresentação de resultados do Google na noite de ontem foi o Youtube, que gerou U$10 bilhões de receita de ads nos últimos 3 meses, solidificando sua posição de maior streaming do mundo. Mas, o Google não é o único player a mexer no tabuleiro dos vídeos online.

• Waffle TV, foi a nova emissora de televisão youtube lançada ontem pelos colegas e mesmos criadores da newsletter the news. A TV digital foi lançada com um programa diário matinal. Mas o plano é ter uma programação 24/7. Outros nomes como CazéTv, Felipe Neto e MrBeast lá fora já vinham solidificando este movimento.

• Tela Brasil, é o nome da plataforma de streaming do Governo Federal Brasileiro, liderada pelo Ministério da Cultura, que promete ser lançada no segundo semestre do ano, com uma programação 100% nacional.

• Amazon que já tem o próprio app de streaming Prime, adquiriu o aplicativo indiano MX Player e seus 250 milhões de usuários mensais, e promete o lançamento de 100 novas séries proprietárias este ano.

Se há demanda (telespectadores digitais), há oferta (apps e canais). Entre ambos, começam a aparecer mais tecnologias de monetização:

→ Comcast anunciou a criação de uma rede de anúncios em vídeo, destinada a fazer com que PMEs (que nunca poderiam ou teriam anunciado na TV) comprem espaços no inventário de streaming.
→ A Disney também está fazendo o mesmo, colocando bastante IA no tempero.
→ A Amazon anunciou o Brand+, uma nova ferramenta dentro do Amazon DSP que usa IA para construir e otimizar públicos em campanhas de TV e vídeo.

O que rolou Brasil adentro

• Split Risk, a insurtech oferecendo seguros de carro as a service, ou seja, ajudando outras empresas a oferecerem seguros, capta R$50mi.

• Tela Brasil é o nome da plataforma de streaming do Governo Federal sendo desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Alagoas.

• Involves, o SaaS do trade marketing, capta rodada de R$70mi com a Bridge One e anuncia aquisição da concorrente chilena Datamind.

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Paradoxo de Jevons: explicando o pânico de IA

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Na semana passada, a startup chinesa DeepSeek causou um terremoto nos mercados globais e uma enxaqueca para as startups de IA do ocidente ao lançar um modelo criado por uma fração do custo das demais. A própria Nvidia, que carregou o S&P 500 nas costas no ano passado, ganhou o título de “maior queda de um dia na capitalização de mercado de qualquer empresa já registrada”.

De repente, uma teoria econômica de 160 anos estava na ponta da língua de todo investidor explicando a situação:

O paradoxo foi comumente utilizado para explicar momentos transformacionais da história da humanidade (e dos negócios):

• A razão pela qual as lâmpadas LED podem gerar mais iluminação: ao economizarem energia, fazem com que pessoas usem luzes acesa por mais tempo, aumentando o consumo geral de energia.

• A razão pela qual os carros com baixo consumo podem aumentar a condução: à medida que os preços da gasolina caem, os condutores conduzem com mais frequência, compensando a poupança de combustível.

• A razão pela qual a expansão das estradas pode piorar o tráfego: mais faixas tornam a condução mais fácil e barata, atraindo mais carros e provocando um aumento do congestionamento em vez de o aliviar.

• A razão pela qual as economias emergentes usam mais recursos: à medida que adotam tecnologias eficientes, o impulso na atividade econômica resulta num consumo mais elevado, apesar dos ganhos de eficiência.

Aplicando o Paradoxo de Jevons no caso DeepSeek vs OpenAI/Anthropic/Nvidia/etc:

Nem todos compraram a teoria, porém, um número suficiente para fazer com que o mercado de ações americano, europeu, cripto e de chips voltassem aos níveis anteriores.

Contra dados não há argumentos

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Enfim, Dropper!

A edição de hoje te ensinou algo novo? Por menor que este algo seja? Que tal compartilhar com um colega este novo aprendizado - não queria esnobar, mas essa indicação pode valer recebidos não pagos.