Seja o seu próprio psicólogo!

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Apesar das altas expectativas, as primeiras versões de Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR) vieram em forma de caça de pokemons. Depois, terrenos virtuais foram vendido por milhões de dolares. Derrepente a série de tênis virtuais da Adidas faturaram ~$43 milhões. Tudo legal e divertido mas… cade as aplicações resolvendo problemas reais, de pessoas reais, de uma forma realista?

Saúde mental e realidade virtual…

Um grupo de pesquisadores utilizou a imersão completa na realidade virtual para explorar a capacidade e impacto na saúde mental de pacientes com diagnósticos como: preconceito racial implícito, fazer com que os infratores de violência doméstica melhorem em perceber o medo nas vítimas, melhorar o desempenho de tarefas cognitivas e diminuir o preconceito de idade (para mencionar apenas alguns).

A base das pesquisas usa um conceito chamado Virtual Embodiment, onde você tem um corpo virtual de proporções e características similares ao da vida real, que se parece com você e que responde ao seus comandos - fazendo com que você identifique o seu corpo virtual como sendo o real.

Se torne o seu próprio psicologo…

Utilizando as ideias acima, os pesquisadores criaram um ambiente aonde, primeiramente, você entra um cenário virtual dentro do seu corpo virtual e conversa com ninguém menos que Sigmund Freud. Depois de desabafar as pitangas, os papéis se invertem, você assume o corpo de Freud e, do outro lado da sala, ouve e assiste exatamente o seu avatar desabafar usando suas próprias palavras.

Nós, humanos, acreditamos nos conhecer perfeitamente de fora para dentro - mas também sabemos que não é bem assim. Por conhecermos bem as nossas falhas, podemos julgar nossos erros de forma mais cruel ou comparar nossos pontos fracos ao ponto forte dos outros. Olhar para nós mesmos através da perspectiva de alguém de fora, pode resolver essa divergência e ajudar a ‘nos’ interpretarmos de forma mais justa.

Outras aplicações usando o conceito de inversão-subjetividade-objetividade já apresentam resultados promisores:

• Falconer et al. (2014): participantes mulheres eram treinadas a dar uma resposta compassiva à uma criança e posteriormente ouviam e experienciavam essa resposta do ponto de vista da criança - o estudo aumentava autocompaixão e a sensação de estar seguro.

• Bourdin et al. (2017): usando a mesma ideia onde participantes vivenciavam uma experiência em um corpo e depois encarnavam em um outro corpo para assistirem suas próprias reações - o estudo reduziu o medo da morte dos participantes.

• Hershfield et al. (2011): participantes incorporavam versões mais velhas de si mesmos, afim de promover poupança para a aposentadoria.

• Fox and Bailenson, (2009): participantes incorporavam versões mais velhas de si mesmos, com um aumento/diminuição da capacidade e características físicas e corporais, a fim de promover uma vida (atual) mais saudável.

Agora nos resta saber quando os primeiros pacientes de si mesmos irão processar seus auto-psicólogos…

O que rolou mundo afora

• Apple: está oferecendo bonus de até $180k para funcionários, em um esforço que visa impedir os defeitores de migrarem para o Facebook/Meta.

• Tesla: está fazendo um recall de ~500k carros modelo 3 e S, depois que um problema tecnico impede os freios dianteiros de travarem.

• India: pediu ajuda para que a produção de bens da Apple no país chegasse a $50bi/ano - aumentando os empregos locais, impostos e até capacitação.

O que rolou Brasil adentro

• Facility: a plataforma de social commerce, fecha rodada Serie D (1) no valor de U$135 milhões, liderada pela Goodwater e Prosus.

• Quero Quitar: a fintech especializada na negociação de dívidas, capta R$15 milhões

• SciCrop: a agritech que criou um banco de dados integrando informações do agronegócio brasileiro, capta R$2mi via EqSeed.

• Alice, a insurtech / healthtech que se define não como um plano de saúde, mas uma gestora de saúde, anuncia captação de U$127 milhões em rodada liderada pela SoftBank - a maior da américa latina até o momento.

Contra dados não há argumentos