Morning, Dropers!

Hopin in, Zoom out!

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Em junho de 2019, um jovem britânico de 27 anos com uma alergia rara que o impedia de participar de eventos com aglomerações codava da cozinha da sua casa a sua nova startup, visando resolver o seu próprio problema: participar de eventos, corporativos e sociais, sem sair do conforto e segurança da sua casa, nascia a Hopin.

O que Johnny Boufarhat não sabia, era que seis meses depois do lançamento oficial, o mundo inteiro entraria em lockdown e o traje oficial se tornaria camisa social com pijama. Quase dois anos depois do início da pandemia e…

• U$1 bilhões de venture capital levantado;

• U$7.8 bilhões de valuation;

• 2 à 800 funcionários (todos remotos, claro)

• 5 aquisições: StreamYard, Streamable, Jamm, Boomset e Attendify

• U$100 milhões em ARR (Annual Recurring Revenue);

• +100,000 clientes

• 17 milhões de contas criadas (users)

• 4a startup mais valiosa do UK

Diferente da outra campeã da pandemia, o Zoom, a plataforma da Hopin foi criada visando entregar uma solução completa para eventos corporativos, permitindo que até 100k pessoas se reúnam online e utilizem funcionalidades como networking 1o1, backstage, múltiplas palestras, área de patrocinadores, estandes virtuais, processamento de pagamentos e mais.

Com a pandemia apresentando sinais de acabar, a Hopin acelera para se adaptar a um modelo híbrido de eventos (online + offline) através das suas aquisições e, essa semana, além de anunciar uma nova rodada de U$450mi também trouxe como COO da empresa, Wei Gao - que durante dois anos teve o cargo de “sombra” do Jeff Bezos.

O que rolou mundo a fora

• Forbes: se prepara para abrir capital através de um SPAC com um valuation de U$630mi.

• Salesforce: aumentou a previsão de faturamento para este ano e viu as ações subirem 4% depois de anunciar a taxa de crescimento e integração do Slack.

• Peloton: a startup de bicicletas ergonômicas com monitores interativos e assinaturas de aulas ve suas ações cairem 25% YTD depois de crescerem 440% durante a pandemia.

• FreshWorks: entra com papelada para abrir IPO nos EUA e abre caminho para se tornar o primeiro IPO SaaS da India.

• Amazon: anunciou uma parceria BNPL (compre agora, pague depois) com a Affirm, que viu as ações subirem 43% na sexta-feira após o anúncio de que teria acesso aos 200M+ pessoas que compram mensalmente na loja virtual.

Biz In a Box

tudo in a box, MVP do offline, pronto para usar

Encontrar e escolher fornecedores, matéria-prima, a cadeia de suprimentos, a decoração, os produtos, definir o processo de fabricação, as entregas, calcular os custos e preços, etc… esses são apenas alguns dos doloridos passos de se começar um negócio ou lançar um produto do zero.

Enquanto o custo para tirar um negócio online do papel tem caído significativamente com os servidores na nuvem, marketplaces de freelancers e as soluções all-in-one, o custo para tirar um negócio offline do papel segue o caminho oposto e só aumenta.

In a box = Tudo pronto

Mas… e se você pudesse através de alguns cliques definir suas preferências a partir de um catálogo, não se preocupar com nenhum dos passos anteriores e pular para etapa de, vender ou usar esse produto? Foi assim que nasceu o conceito de in-a-box.

Para produzir a própria cerveja de forma comercial, um empreendedor precisaria ir muito além de definir a receita. Precisaria encontrar um terreno, construir sua própria fábrica, passar por todo processo legal de certificação, contratar os funcionários, encontrar fornecedores, definir o processo de produção, etc… Mas, e se fosse possível utilizar da infraestrutura de uma fábrica pronta, que tem parte de sua capacidade produtiva ociosa para validar seu modelo de negócio a um custo baixo e, só depois, decidir se quer mesmo investir? O conceito “in-a-box” resolve os dois lados da moeda: a fábrica operando com 100% da sua capacidade, e o empreendedor cortando a parte mais custosa para validação do seu negócio.

Alguns exemplos:

• Pub Irlândes in a box: escolha o modelo de sua preferência e todos os materiais, instalação, decoração, sistemas de controle e até os fornecedores dos produtos serão entregues prontos para serem operados por você.

• Hotel in a box: uma solução financeira e tecnológica totalmente integrada, projetada especificamente para o setor de hospitalidade, instalada em apenas 3 dias para qualquer empreendedor.

• Escritório in a box: oferece 5 diferentes planos para que qualquer funcionário possa trabalhar de casa com a mesma infraestrutura de trabalhar no escritório.

• Banheiro in a box: ao invés de visitar múltiplas lojas e fazer listas de preço e escolher vinte fornecedores diferentes, este site permite que você escolha entre alguns modelos disponíveis e pronto. Seu banheiro chega “em uma caixa” na sua casa.

• Lab in a box: criado para que professores e escolas possam instalar um mini-laboratório de ciências permitindo às crianças a estudar e aprender sobre experimentos de forma interativa e divertida, pronto para ser usado.

• Fábrica in a box: uma rede de cadeia de suprimentos de manufatura modular, rapidamente implementável e gerenciada remotamente, democratizando o acesso à tecnologias digitais industriais antes restritas a grandes fabricantes.

• SkinCare in a box: escolha quais produtos deseja lançar, depois o layout dos rótulos, faça o seu pedido e pronto… sua nova marca de produtos skincare chegou pronta para serem comercializados.

O que rolou Brasil a dentro

• Abstra, a startup paraense now/low-code que permite usuários criarem seus apps mesmo sem saber programar, levanta R$3.6mi em rodada seed.

• BoxDelivery, a logtech de tecnologia para otimização de entregas last-mile, capta rodada de R$30mi.

• RoutEasy, a logtech focada em inteligência artificial para otimização de rotas para last mile e gestão de operação levanta rodada de R$5.8mi

• Pravaler, a fintech oferecendo financiamento para estudantes ingressarem em cursos superiores, emite R$176mi em FIDCs (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios).

• TrackerUp, a startup que oferece uma plataforma de monitoramento e gestão de times externos capta R$1mi via EqSeed.

• Suflex, a startup diminuindo o desperdício e aumentando a eficiência operacional de bares e restaurantes, capta R$2mi.

Contra dados não há argumentos