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💧 Comprando carrinhos de compras!

A holding comprando ecommerces, e a temporada de vendas de ações dos CEOs das big techs.

Dia, Dropers!

Nem só de League of Legends e Minecraft vivem os eSports. Esse final de semana rolou a Copa do Mundo de Modelagem Financeira, onde 128 participantes de todos as regiões do mundo passaram o sábado e domingo competindo nas planilhas e excel!

Na edição de hoje:

Comprando carrinhos de compras

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Imagina se a sua startup valorizasse ~U$3.200 milhões por dia durante um ano inteiro, ao final do primeiro ano de operação, ela se tornaria um unicórnio com um valuation de U$1.2 bilhões.

Esse foi o feito da Merama que, acaba de fechar sua terceira rodada de investimento no ano, totalizando U$445 milhões captados com participação de SoftBank, Advent, Monashees, Globo Ventures, Valor Capital, e Maya Capital.

Mas… como faz?

Inspirada na gringa Thrasio, a Merama basicamente compra negócios que vendem produtos online e coloca seu know-how em marketing, estoque e gestão para alavancar as vendas. Atualmente a holding já comprou 25 empresas e tem 30 marcas sob seu comando e uma previsão de faturamento de U$300mi. As condições para que uma aquisição aconteça são simples:

  • meio de venda digital (em marketplace ou ecommerce próprio);

  • a produção deve ser terceirizada (sem fábricas próprias);

  • devem estar no mercado latam (Brasil, México, Chile, Peru e Colômbia);

  • faturamento médio entre R$30 e R$50 milhões;

Enquanto o ecommerce no Brasil tem penetração de 9%, nos EUA esse número já chega a 13% e na China a impressionantes 35% - o que mostra um terreno fértil para crescimento.Como Elon Musk gosta de definir: a partir de determinado ponto, toda empresa é um alocador de capital - e a Merama precisa de capital intensivo para fazer a roda girar.

O que rolou mundo afora

  • Novi: a carteira virtual do WhatsApp lançou a funcionalidade de transferência de criptomoedas.

  • Adobe: apresentou planos de comprar a ferramenta de agendamento de posts em redes sociais ContentCal por +$100mi.

  • GM: irá investir $3 bilhões no desenvolvimento de veículos elétricos, em uma parceria com a LG, numa nova fábrica de baterias em Michigan.

  • EUA: a inflação de preços do consumidor atingiu 6.8%, o maior nível dos últimos 39 anos.

  • Getty Images: a biblioteca digitail que vende licença para uso de imagens e vídeos está para abrir capital via SPAC à um valuation de $4.8bi.

  • Twitter: sob o comando do novo CEO, comprou a startup Quill - e deve usar sua tecnologia para turbinar as DMs da sua própria rede social.

Temporada de liquidação dos CEOs

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Em 2020, pela primeira vez na história, uma empresa passou a valer mais que U$1 trilhão, a Apple. Em 2021, já são 10 empresas com 12 zeros depois da vírgula, entre elas: Microsoft, Amazon, Google, Tesla, Comcast. A alta meteórica no valor das empresas tech as tornou responsáveis por ~20% de todo o valor do S&P 500 (o índice que rastreia o valor das 500 maiores empresas dos EUA), que, sem as 6 techs, terminaria o ano no vermelho.

São tantos recordes em cima de recordes que, fundadores e CEOs dessas empresas estão batendo mais um recorde: o de venda de ações: este ano, 48 executivos colocaram no bolso +U$200 milhões CADA UM ao venderem suas ações - um aumento de 4x na média desde 2016 - totalizando U$63.5 bilhões em novembro.

  • Mark Zuckerberg - Meta, ~U$2.8bi vendidos

  • Warton Family - Walmart, U$1.8bi vendidos

  • Satya Nadella - Microsoft, $280mi vendidos

  • Elon Musk - Tesla, U$12bi vendidos

  • Jeff Bezos - Amazon, U$2bi vendidos

  • Michael Dell - Dell, U$9.65mi vendidos

Os motivos pelo qual os executivos estão liquidando são desconhecidos, mas as principais suspeitas são (1) pressão do congresso para aumentar impostos sobre ganho não realizado, (2) o valor das ações está tão alto que nem mesmo eles acreditam que isso se sustente por muito tempo ou, (3) o vencimento das opções chegou ou, simplesmente, (4) a venda já estava agendada previamente para que eles evitassem qualquer acusação de insider trading - uma prática conhecida como plano 10b5-1.

E você, vai manter o portfólio mesmo sabendo que os cabeças estão vendendo?

O que rolou Brasil adentro

  • Gringa, o brecho de luxo criado pela Fiorella Mattheis é adquirida pela Enjoei por R$94 milhões - sua primeira aquisição depois de levantar R$500mi no IPO.

  • Atlas Governance, a startup brasileira que fornece uma plataforma para gestão de conselhos de administração, capta R$28mi em rodada liderada pela Volpe Capital.

  • Origem, a startup de fabricação e aluguel de motos elétricas, capta R$100 milhões na rodada séria A liderada pela Atmos Capital.

Contra dados não há argumentos

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