💧 Copyright

Direitos Autorais: quando músicas se tornam ativos financeiros, o que rolou mundo afora (Starbucks, BlueOrigin, Lixo Eletronico, Russia, Gitlab), o que rolou Brasil adentro: Neoway, RatedPower...

Morning, Dropers!

Se o Google já tinha revolucionado a forma como estudantes fazem os trabalhos acadêmicos, espera só até você ver o que eles tem feito nova funcionalidade de copiar e colar do iOS 5… e é brilhante!

Na edição de hoje:

Quando músicas se tornam ativos financeiros!

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Se você é da turma que sabe o que é um disquete, também foi à uma loja de CDs para tocar no seu discman, também acompanhou o lançamento do iPod e seus “mil músicas no seu bolso”, passando pelo iTunes com “$1 por 1 música” até chegarmos, agora, na revolução do streaming com Spotify, Deezer, Apple Music, Prime Music e outros.

A forma como consumimos músicas mudou, e a forma como a indústria distribui seus ganhos também: detentores dos direitos autorais ganham todas as vezes que as músicas são tocadas. Sendo metade desses plays nas plataformas de streaming e metade nas rádios, shows ou propagandas - o mercado movimenta R$2bi no Brasil e ~U$5.9bi no mundo.

Os Streamers

Ainda é um mercado relativamente novo, mas já soma 487 milhões de assinantes até o primeiro trimestre de 2021, sendo que 100 milhões destes subiram abordo apenas no último ano. O mercado que era avaliado em $12bi em 2019, deve dobrar de tamanho nos próximos 5 anos e chegar em $24bi.O player pioneiro, Spotify, ainda é o dominante com 32% de market share, seguido pela Apple Music com 16% e, logo atrás, Amazon Music com 12%.

Os Artistas

E como a regra do jogo mudou (ainda mais impulsionada pelo cancelamento de shows e turnês durante a pandemia), os artistas têm se adaptado a essa nova realidade comercializando os direitos autorais de suas músicas.

Na prática, funciona como um adiantamento dos recebíveis. O artista recebe de uma vez o que acredita que receberia no futuro. O detentor dos direitos autorais, por outro lado, aposta no sucesso futuro e atua no presente para promover as músicas e fechar parceria com distribuidores. Alguns exemplos significativos dos últimos tempos foram:

  • Bob Dylan: U$400 mi para a Universal

  • David Guetta: U$100mi para Warner Music

  • Stevie Nicks: U$100mi para Primary Wave

  • Bob Marley: U$50mi para Primary Wave

  • Além de outros, sem valore declarado, como: Blink182, Whitney Houston, Ray Charles, 50 Cent, Nelly, Imagine Dragons, DJ Calvin Harris, The Killers, Mick Fleetwood

Os Players

Quando Wall Street toma interesse por algum novo brinquedo, vários zeros são somados depois da vírgula. Os direitos autorais de músicas são eternos e inibaláveis - como diz o CEO da Hipgnosis: “Se o Donald Trump dizer alguma loucura, o preço do ouro e da gasolina serão afetados, enquanto as canções não… estes estarão sempre sendo consumidos”.

Além do interesse de private equities e de fundos de capital aberto, algumas startups também tem aparecido:

  • Adaggio, uma startup brazuca que levantou R$60 mi de VCs e outros R$60mi em debt para comprar catálogos de artistas brasileiros.

  • Muzikizmo, outra empresa nacional que planeja lançar um FIP (fundo de investimento em participações) de R$500 milhões para comprar participações em direitos autorais de gravações e composições de artistas consagrados e de grandes promessas da música nacional.

  • Hipgnosis, fundo inglês da bolsa de londres com valuation de £1.6bi, acabou de fechar uma parceria de $1bi com a Blackstone e já detém os direitos de artistas como: Neil Young, Shakira, Fleetwood Mac’s Lindsey Buckingham, Rihanna

  • Primary Wave, outra também investida da BlackRock, com $1.5bi de ativos sob gestão, incluindo o catálogo de ícones como Ray Charles, Bob Marley e Whitney Houston.

O que rolou mundo afora

  • Starbucks: fez aniversário e #cinquentou. A rede de cafés com valuation de U$131bi que detém 40% de market share dos coffee shops americanos.

  • Blue Origin: enviou outra tripulação para o espaço, dessa vez com a presença do ator de Star Wars William Shatner de 90 anos. Vale a pena ver a emoção dele ao aterrizar.

  • Lixo Eletrônico: gerado este ano, somente na China, será tão pesado quanto a muralha da china!

  • Russia: conhecida pelos seus ataques hackers, foi excluída da lista de participantes de 30 países que se reúnem para se prepararem contra ataques.

  • Gitlab, a plataforma para desenvolvedores estreia na Nasdaq, capta $801mi e atinge um valuation de $12bi - quase o dobro do valor do seu concorrente Github, comprado pela Microsoft por $7.5bi.

O que rolou Brasil adentro

  • Neoway, a empresa de bigdata e data analytics acaba de ser comprada pela B3, a bolsa de valores brasileira, por R$1.5bi - uma média de 7.5x a receita anualizada da empresa .

  • RatedPower, a startup SaaS de gestão de energia solar fotovoltaica, levanta R$31mi em série A liderado pela Seaya Ventures.

  • TurismoCity, a startup de vendas de passagem aéreas, anuncia captação de U$6milhões e compra a startup Quanto Custa Viajar, o site de dicas de turismo.

  • ContaJá, a startup que oferece contabilidade online para PMEs, capta R$1.2mi em 43horas via Captable.

  • JáVendeu, a startup que visa revolucionar o comércio de usados no Brasil através de seu marketplace, capta R$2.5mi em rodada liderada pela Verve Capital

Contra dados não há argumentos

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