💧 CVC

O panorama do mercado de CVC no Brasil; o que rolou mundo afora (Tiktok, China, Coinbase, Bill Gates, PayPal, Amazon) e o que rolou Brasil adentro (CondoConta, Omie, Emergee, Warren, Ape11, Addi)

Morning, Dropers!

Os hackeados da semana são: Benner, que teve seus servidores locais e na nuvem da Oracle comprometidos e a Anvisa, que não teve dados comprometidos, porém, foi trolado por hackers Argentinos que colocaram uma bandeira com a mensagem “Vão nos expulsar também?”.

Na edição de hoje:

CVC: Corporate Venture Capital

corporate venture capital, inovação corporativa

Grandes corporações tem regras, burocracia, compliance, governança, diversas linhas de produto, múltiplas áreas e focos, baixa velocidade de mudança, foco variado.

Startups, por outro lado, ainda não possuem muitas regras, burocracia inexistente, uma ou poucas linhas de produto, decisões são tomadas de forma rápida, o foco é único e a velocidade de mudança é alta e constante.

Por essas diferenças e outras que, quando uma empresa de grande porte busca inovação, uma das estratégias que mais cresce são os CVCs: corporate venture capital: veículos internos de investimento em empresas menores e promissoras que um dia podem vir a ser incorporadas nas suas linhas de produto.

As diferenças do VC para o CVC…

O CVC está em crescimento constante ano a ano desde 2011, acumulando 4.8x de média. No mundo, 30% de todo investimento em startups teve alguma empresa envolvida na rodada (puxado pela china, onde esse valor chega a 90%), e entre as Fortune 500 (as quinhentas maiores empresas na lista da forbes), mais de 20% já possui um fundo próprio. A América Latina ainda representa apenas 2% das participações de investimentos de CVC mundial…

VC: fundos fazem a gestão do capital de terceirosCVC: áreas internas fazem gestão de capital próprio

VC: retorno esperado é financeiro, através da venda futura da participação na startupCVC: retorno esperado é financeiro e estratégico, que costuma ser superior ao financeiro;

VC: duração de 7-10 anosCVC: evergreen, sem prazo esperado

No Brasil…

  • Duratex (R$100mi) com foco na área de construção e decoração;

  • Faber-Castell com foco em edtechs e IoT;

  • Randon (R$18mi) com foco em fintech, logtech, ecommerce , rhtech, edtech;

  • Via Varejo (R$200mi) com foco em varejo, fintech, logtech e martech

  • BTG (R$300mi) com foco em fintechs, machine learning, real estate, big data, agrotechs, insurtechs, blockchain, edtechs, entre outra

  • BASF (€ 250mi) com foco em agtech, industria 4.0, químicos, novos materiais

Outras empresas como o Itau BBA, o Bradesco, a Linx, a TOTVs, a Alliance Sonae, o Santander também já possui iniciativas similares. Seja com uma operação totalmente independente, seja através de parceria com aceleradoras e incubadoras como a ACE.

Para a grande corporação…

É um jeito de inovar sem comprometer as operações atuais da empresa e de tomar riscos que não envolvam, necessariamente, o core business da empresa. Enquanto nos EUA, sete das dez maiores empresas por valor de mercado já são de tecnologia, no Brasil esse número é zero. Caso a startup seja bem sucedida, a corporação pode decidir entre continuar investindo, entre uma saída com retorno financeiro ou até entre uma aquisição para incorporar o produto.

Para o empreendedor…

Além de uma alternativa ao tradicional VC, também é uma forma de estabelecer relações com um possível ‘comprador’ logo no início da sua jornada. Além do aporte financeiro, na maioria das vezes, o dinheiro vem com mentorias, conexões e networking - o que por si só, já possui um valor grande para uma startup em fases iniciais.

O que rolou mundo afora

  • TikTok: passou o YouTube em tempo médio gastos assistindo videos - pelo menos no Android.

  • China: anúnciou planos de lançar uma nova bolsa de valores no país.

  • Coinbase: estava prestes a lançar a funcionalidade ‘Lend’, que permitiria o ganho de juros sobre ativos ‘emprestados’, quando recebeu uma ameaça de processo da SEC.

  • Bill Gates: através do seu family office, Cascade Investments, assume o controle da rede de hotéis e resort Four Seasons com participação de 71.25%.

  • PayPal: é a mais nova entrante do BNPL (buy now pay later) ao comprar a startup japonesa Paidy em um deal de U$2.7bi - seguindo os passos da Amazon <> Affirm, Square <> AfterPay, Apple, e Flipkart - num nicho com projeção de alcançar $700bi.

  • Video-editing: uma semana depois da Adobe comprar a startup de edição de vídeos Frame.io por $1bi, é a vez da Microsoft comprar a ClipChamp.

  • Amazon: depois de se tornar uma das pioneiras a elevar o valor mínimo para U$15/hora, também se torna a primeira a pagar 100% das mensalidades de ensino superior aos seus >750k funcionários.

O que rolou Brasil adentro

  • CondoConta, a startup que oferece soluções financeiras para condomínios recebe mais um aporte da Redpoint no valor de R$6mi.

  • Omie, o sistema de gestão para empresas na nuvem completa aquisição da Devi Tecnologia, que oferece um sistema de gestão de PDV (ponto de venda), por valor não declarado.

  • Emergee, a consultoria paulistana de processos ágeis é comprada pelo Itaú e a equipe será incorporada ao resto da operação do banco.

  • Warren, o app de investimentos que recebeu uma rodada de R$300mi do fundo soberano de Cingapura (CIG), finaliza compra da corretora de investimento institucionais, Renascença.

  • Ape11, o marketplace imobiliários com forte presença em SP foi comprado pelo Banco Santander.

  • Addi, a fintech colombiana do BNPL (buy now pay later), levanta R$390mi para acelerar expansão no BR.

Contra dados não há argumentos

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