Morning, Dropers!

CyberSecurity: não aceite d̶o̶c̶e̶s̶ links de estranhos

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“O mundo evolui, e os riscos também mudam, e eu diria que o risco que deveríamos dar mais atenção agora é.. segurança digital” - Jeremy Powell, presidente do Sistema de Reserva Federal Americana (FED)

Interferência em eleições, fraudes de identificação, ataques ransomware com pedidos de resgate, vazamento de dados… todos nós já vimos pelo menos uma manchete no último ano listando as palavras-chaves acima.

Mas… o que acontece quando seu carro roda através de um software, a sua casa inteligente tem as luzes, som, portas, alarmes e eletrodomésticos conectados à rede, o seu capital está em sua maioria alocado digitalmente, os seus documentos estão armazenados na nuvem e o seu negócio está na internet… quão importante a segurança online se torna para você?

De acordo com a RiskIQ, uma startup de cybersecurity de San Francisco, a cada minuto, empresas ao redor do mundo sofrem 648 ameaças hackers e aproximadamente 525k dados são comprometidos, somando aproximadamente U$1mi de prejuízo a cada 60 segundos.

E agora, quem poderá nos ajudar?

A Liga Ventures mapeou 117 startups nacionais que atuam na área de cybersecurity, sendo algumas delas:

• PhishX: oferece uma plataforma de segurança online focada em pessoas. Com campanhas de conscientização automatizadas, simulações de ataques phishing e acompanhamento de resultados, ela promete reduzir o risco de fraudes digitais.

• idwall: atua na área de validação de identidade e documentos digitais bem como consultas de históricos (background check) além de recentemente ter levantado uma rodada de U$38mi

• Konduto: foca no segmento de prevenção de fraudes para ecommerces e pagamentos digitais. Com uma plataforma baseada em inteligência artificial, a startup criou um modelo para análise de risco que automatiza a análise e aprovação das transações - recentemente adquirida pela Boa Vista por $172mi.

• Incognia: a startup que nasceu dentro da InLoco, utiliza serviços de biometria comportamental por geolocalização para encontrar padrões e fazer validações de identidade - o que ajuda bancos, lojas virtuais e fintechs a reconhecerem usuários em tempo real.

A ClearSale, que também atua com antifraude para ecommerce, foi do berço ao IPO em menos de 10 anos e hoje tem um valuation >$5bi.

Já a ISH Tecnologia, a startup capixaba com ~25 anos de mercado cresceu 40% somente ano passado, chegando a uma receita líquida de R$223mi e entrou com pedido de IPO na B3 na última sexta-feira.

Quão fundo é o buraco?

Segundo o Censo da Fraude: 1,5 milhão de golpes foram barrados no primeiro semestre deste ano, o que significou R$ 1,7 bilhão em prejuízos evitados somente no setor de e-commerce e pagamentos digitais. Mas como nem todos golpes são evitados, U$6bi foram perdidos em fraudes.

De acordo com uma pesquisa do FBI, fraudes digitais entre jovens com menos de 20 anos cresceu 156% entre 2017-20 - o maior entre qualquer idade. Porém, a geração >60 anos ainda é a mais vulnerável com $966mi de prejuízo no último ano.

O problema já ultrapassou as barreiras do CPF e do CNPJ. Essa semana o presidente dos EUA, Joe Biden, se reuniu com a gangue dos top-tech-CEOs - Nadella (Microsoft), Cook (Apple), Jassy (Amazon), Krishna (IBM) - na casa branca para discutir como elas podem colaborar com a segurança online nacional - todas elas se comprometeram com alguns bilhões para a iniciativa.

E conforme a preocupação ultrapassa as barreiras do usuário final, das empresas e até dos governos, também abre o apetite dos investidores. Somente na primeira metade de 2021, investidores aplicaram $11.5bi em startups de segurança, um aumento expressivo dos $4.7bi do ano passado. Além disso, M&As (Merges e Acquisitions) chegaram a expressivos $39.5bi em 163 transações - bem acima dos $9.8bi das 93 transações do ano passado.

O que rolou mundo a fora

• Walmart: entra no mercado de delivery com o serviço GoLocal - um white-label de entregas para demais lojas locais.

• Walby Parker: a startup dos óculos e uma das pioneiras do modelo DTC (direct-to-customers) com uma receita de $393mi, dá início ao processo de IPO.

• HIMS: a startup de telehealth voltada ao bem-estar e saúde masculina, segue os passos do AirBnb e promete 10k visitas médicas gratuitas aos refugiados do Afeganistão.

• OnlyFans: voltou atrás da decisão de banir conteúdo erótico da sua plataforma depois de conseguir levantar os fundos e meios de pagamentos necessários par acontinuar a operação. Além disso, deveria ganhar o Oscar de melhor campanha de marketing!

• Kanye West: lançou seu novo produto ‘Donda Stem Player’ que permite o usuário customizar e remixar qualquer som.

• Pinduoduo: o gigante do ecommerce Chines que conecta produtores locais aos consumidores, se comprometeu a doar 100% do seu lucro trimestral aos fazendeiros, leia-se U$1.5Bi.

• Politico: um dos principais sites de notícia sobre… política dos EUA está sendo comprado por U$1bi

O que rolou Brasil a dentro

• Driven, a edtech voltada para área de exatas que se define como a faculdade do futuro, capta R$16mi com de 8 meses de operação.

• Marco, a fintech corretora da XP com R$1bi de ativos sobre gestão levanta rodada de R$6.5 e visa quintuplicar de tamanho.

• Dioxd, a agtech que aumenta a produtividade de sementes (soja e feijão, por exemplo) em até 15%, recebe aporte de R$1.4mi.

• Take and Go, a startup que oferece uma geladeira inteligente de cerveja para condomínios, clubes e outros recebe aporte e planeja finalizar o ano com R$40mi de faturamento.

• Destra, a startup que atua no segmento de licenciamento de marcas, fecha aporte seed de R$600k liderado pela BossaNova.

• Suflex, a startup diminuindo desperdício das cozinhas industriais com ajuda de tecnologia voltada para operação, capta R$2mi em angel round liderado pela GVAngels.

• Tuna, a fintech que busca revolucionar o mercado de pagamento dos ecommerces na america latina, capta R$15mi.

Contra dados não há argumentos