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💧 Da diversão às armas

A trajetória de Palmer Luckey

Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que se não pode vencê-los, junte-se a eles. Foi assim que um desenvolvedor, ao invés de tentar combater o vídeo da nova geração nas redes sociais, decidiu criar o WikiTok, que junta a usabilidade do TikTok com o conhecimento do Wikipedia.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Stellantis: digitalizando os flyers do semáforo

  • O troll de bilhões: Sam Altman vs. Elon Musk

  • Anduril: transformando soldados em super-heróis

Stellantis: digitalizando os flyers do semáforo

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Enquanto alguns tentam fazer carros voarem ou se auto-dirigirem, outros tentam tirar até o último centavo do proprietários. Pelo menos é o que parece estar fazendo a Stellantis — a empresa-mãe da Fiat, Peugeout, Jeep, Dodge, Chrysler.

A empresa vai começar a inserir anúncios pagos na central multimídia dos seus carros. Parou no semáforo? Toma esse ad. Passando no drive-through? Toma esse outro.

Os proprietários já foram as redes sociais reclamar e a comunidade está tentando criar um AdBlocker para carros. Por enquanto, o que eles tem é uma resposta do time da Stellantis: “É só apertar o X”

Uma tentativa frustrada de sobrevivência?

A Stellantis não é a primeira fabricante a demonstrar o desespero na busca por receita adicional:

  • BMW tentou cobrar extra por assentos aquecidos

  • Mercedez colocou o aumento de desempenho atrás de um paywall

  • Mazda está cobrando pela funcionalidade de ligar remotamente

  • Audi sofreu criticismo da comunidade ao lançar suas assinaturas

  • Jeep agora quer socar anúncios goela abaixo dos motoristas

Em indústrias como a dos filmes, séries e músicas, o modelo de assinaturas funcionou muito bem. Já na de automóveis, a reação é de pura frustração.

Em indústrias como a do varejo e dos bancos — o modelo de mídia e anúncios está voando. Já na de automóveis, bem..

Quem quer pagar +R$250.000 por um produto e ser obrigado a assistir propaganda sempre que puxar o freio de mão?

Enquanto isso, a chinesa BYD revelava o seu novo sistema de assistência ao motorista chamado "Olhos de Deus", que permitem que os carros naveguem no tráfego rodoviário de forma autônoma sob a supervisão de motoristas humanos.

Carro com anúncios integrados

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O que rolou mundo afora

  • Boom Supersonic: conseguiu quebrar a barreira do som com seu avião supersônico, 50% mais veloz e sem emitir nenhum barulho sônico audível.

  • Starlink: fechou um acordo com a T-Mobile para entregar internet móvel via satélite por U$15/mês para todo território americano.

  • SSI: a startup criada pelo co-founders da OpenAI, Ilya Sutskever, ainda sem produto e sem receita, está levantando um round a um valuation de $20bi.

  • Apple: foi obrigada pela UE a abrir a AppStore para app de terceiros. Agora europeus podem baixar o primeiro app pornô nativo criado para iPhone.

  • Shopify: tirou o ecommerce do Kanye West do ar, depois do artista rodar um ad no superbowl promovendo seu ecommerce. O motivo? Ele retirou do ar todos os produtos exceto um: uma camisa branca com uma suástica.

 

O inseto robô

Uma equipe do MIT acaba de desenvolver o robô inseto mais rápido, mais ágil e com capacidade de realizar manobrar aéreas complexas.

Entre as diversas aplicações, está a idéia de criar um enxame capaz de operar em ambientes agrícolas com uma precisão jamais vista.

 

O troll de bilhões: Sam Altman vs. Elon Musk

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A esta altura, Sam Altman e Elon Musk já deixaram de ser rivais e foram elevados ao status de arqui-inimigos. A rinha dos bilhões ganhou mais um capítulo em praça pública:

Uma oferta não-solicitada de U$97,4 bilhões feita por Musk para comprar a OpenAI. Mas, caso você não estava prestando atenção, essa história tem mais que apenas zeros depois da vírgula.

Contexto: a OpenAI foi originalmente concebida como uma organização sem fins lucrativos, com Musk como seu maior financiador. Ao longo do tempo, discordando sobre o futuro da organização, Musk se distanciou, Sam assumiu o controle e alterou a estrutura societária da empresa, criando um quebra-cabeça onde a parte Sem Fins Lucrativos é dona da parte Com Fins Lucrativos.

  • O plano do Sam para continuar captando bilhões era de mudar novamente a estrutura societária da OpenAI. Para tanto, ele potencialmente compraria os ativos da parte Sem Fins Lucrativos por supostos $40 bilhões.

  • O plano de Musk, que sempre foi contra a mudança da empresa para fins lucrativos, foi fazer uma oferta de U$97bi pelos mesmos ativos, forçando Sam a pagar mais que o dobro do planejado para executar seus planos.

Os planos da OpenAI eram de terminar essa transição até o final de 2026, como parte da sua última rodada de investimento de $6.6bi e também conectada com a nova rodada de investimento que colocaria o valuation da empresa acima de $300bi.

Ps1: o consórcio responsável pela oferta também inclui a xAi (que faria uma fusão com a OAI) e a Valor Partners, Baron Capital, Atreides Management, Vy Capital e 8VC.
Ps2: Sam usou o X para recusar a oferta e contra-propor comprar o X por $9.74bi (10% do valor ofertado por Musk).

 

O que rolou Brasil adentro

  • Alice, a scaleup de planos de saúde empresariais, capta extensão da série C de U$127mi e coloca +U$22mi no caixa com os mesmos investidores.

  • “Pode isso, Drop"?* Startup cresceu e ainda não tem WhatsApp Business escalável? Pode não jovem padawan! A falta de controle faz o empreendedor perder dinheiro e sanidade. O certo é usar tecnologia para ativar e desativar números quando quiser. Sem custo de SMS, internet ou ligação. Sabe com quem? Salvy!

  • Pilla, a fintech que concede empréstimos para funcionários de empresas conveniadas, é adquirida pela Jeitto, a fintech de crédito digital para PFs.

  • CashU, a fintech usando IA no crédito personalizado, capta R$100mi através de um FIDC do Itaú BBA e Credit Saison.

  • Rumble, a rede social canadense de vídeos, popular entre políticos e influencers conservadores, está de volta ao Brasil.

  • Molde.me, a startup aumentando a produtividade do setor teceleiro, capta rodada liderada pela SC Ventures com participação da Sororitê e Contezini.

  • Tempo, a startup usando IA para escalar os assistentes pessoais humanos, capta rodada de R$21mi com a Maya Capital e Norte Ventures.

*conteúdo de marca parceira

 

Da diversão para as armas

anduril, exército, realidade aumentada, realidade virtual

Quando a TIME colocou um jovem padawan de 22 anos na capa da revista contando sobre as alegrias que a realidade virtual traria ao mundo, não esperava que 10 anos depois ele estaria assumindo o controle do programa de realidade aumentada da maior potência bélica que já existiu no planeta, o exército americano!

Quem é Palmer Luckey? Depois de vender sua primeira criação —Oculus VR— por ~U$2bi para o Facebook e ser demitido dois anos depois, Palmer começou a aplicar os conceitos de realidade virtual, aumentada, inteligência artificial no setor militar com a Anduril - inclusive já falamos algumas vezes dele aqui no Drop.

Ontem, o jovem celebrou seu maior projeto desde então com a frase:

“Seja o que for que você esteja imaginando, por mais louco que você imagine que eu sou, multiplique por dez e faça de novo. Estou de volta e estou apenas começando”

Palmer Luckey

A partir de agora, sua startup de defesa está assumindo a produção, hardware, software e integração do Lattice para expandir significativamente as capacidades dos combatentes americanos.

A Anduril já atua no desenvolvimento de armas e aplicações em diferentes domínios como ar, terra, mar, submarino, espaço, ciberespaço e eventualmente subterrâneo. O IVAS (Integrated Visual Augmentation System) será o portal de controle pelo qual os combatentes controlam todos esses diferentes sistemas e sensores autônomos.

Em paralelo a revolucionar o exército americano, Palmer também está levantando uma nova rodada de investimento série G para a Anduril que pode chegar a $2.5 bilhões — a segunda maior rodada do ano, atrás apenas da OpenAI.

A Microsoft bem que tentou. A gigante tech chegou a ganhar um contrato de 10 anos no valor de quase U$22bi para construir mais de 120k Oculus HoloLens personalizados para o Exército em 2021, mas interromperam a produção do dispositivo no ano passado.

Contra dados não há argumentos

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