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🎤 Drop the Mic: Andre Weinmann
CEO da NotCo Brasil
Com raízes que misturam a tradição alemã e a alegria baiana, André Weinmann é um líder que se destaca pela sua visão de futuro e pelo equilíbrio entre inovação e propósito. E por falar em raízes, CEO da NotCo, empresa que está transformando a maneira como consumimos alimentos, criando opções saudáveis, sustentáveis e deliciosas, tudo isso à base de plantas.
André passou a infância e adolescência dividindo seu tempo entre o agito do dia a dia e as férias ensolaradas na Bahia, onde construiu memórias que carrega até hoje. Pai de Júlia e Gustavo, ambos estudantes de direito, ele também é um homem de disciplina – qualidade que já o levou até ao campeonato mundial de taekwondo, em 1992.
Ele é o convidado da vez no Drop the Mic, pronto para falar sobre aquilo que não cabe no seu LinkedIn
🎤 Como é uma clássica segunda-feira na sua vida?
André: Eu sempre escolhi a minha rotina, então todos os dias me agradam bastante. Eu nunca tive a síndrome do domingo… quando eu estudava eu tinha, Mas quando comecei a trabalhar deixei de ter porque eu sempre procurei muito o meu trabalho.
A minha segunda-feira começa com atividade física, eu faço todo dia. Sou um cara muito diurno, acordo 4h30, 5h da manhã… muito cedo. Às 6h eu já estou no clube. Tenho uma agenda de corrida ou musculação que eu faço todos os dias, com raras exceções.
E aí eu venho pra NotCo. Eu venho de scooter, demoro 8 minutos pra chegar no trabalho. Isso me ajuda muito a não perder tempo no trânsito. Segunda-feira é o dia que eu me planejo. É o dia que tenho a reunião com o global… falamos da nossa expectativa de vendas, dos principais problemas, do que estamos operando... Na sequência tenho uma reunião de diretoria.
Eu gosto muito de rituais, porque acho que isso traz disciplina e ajuda a gente a entender o que está acontecendo e focar no que é importante.
🎤 Por que você faz o que faz?
André: Na verdade eu gosto de pessoas. Mais do que negócios, eu gosto de pessoas. Já tem muitos anos que eu faço parte do grupo do YPO, por exemplo. Ali já tive muitos cargos de diretoria, mas um que eu não largo até hoje - faço há oito anos - é o de mentor. Além de outras iniciativas com jovens em vulnerabilidade. Isso me ajuda muito no meu dia a dia, porque nesse exercício de mentoria, eu tenho que ficar quieto, tenho que escutar muito e falar pouco.
🎤 Qual é o comportamento ou característica do seu mercado que mais te incomoda?
André: Eu acho que tem dois pontos. Um operacional, mas super importante, que é o imposto. O imposto acaba sendo uma barreira muito grande de entrada para novos consumidores.
O segundo ponto é a educação. Então como é uma categoria que a gente está desbravando, existe pouco conhecimento e acaba gerando muita confusão.
A gente tem uma proposta de valor diferente, a gente quer um produto que tenha uma memória afetiva, que você tome um leite que seja igual ao leite que você tomava quando sua mãe te dava, quando sua avó te dava. E que te faça bem, porque não tem colesterol, não tem lactose, esse tipo de coisa. Então existe um desconhecimento muito grande sobre o plant-based. Existe um desconhecimento muito grande sobre produto processado, que todo mundo acha que é ruim, mas não necessariamente é, depende de como você faz o processo.
Então, resumindo, o que mais me incomoda é o imposto e o desconhecimento.
🎤 Se o seu time precisasse eleger a característica mais irritante de trabalhar com você, o que você acha que falariam?
André: Eu cobro muito. Faço muito follow up. Mas acredito mesmo que pra construir um time de alta performance é preciso ir além do básico.
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🎤 Qual é a principal diferença entre o André do escritório e o André de casa?
André: Eu sou igual. Ontem eu saí pra jantar com a minha filha, ela está querendo estudar fora, me veio com um monte de coisa. E eu já falei “Júlia, volta lá, pega o que está faltando, vê quanto vai custar tudo, vê qual é a universidade que você vai querer, pensa em quanto você vai gastar mês a mês, pensa se é essa cidade mesmo que você vai ficar, se você vai guardar dinheiro, para onde você vai viajar e o que você vai fazer…
Então eu faço isso com meus filhos e faço isso com as pessoas que trabalham comigo. Quero que as pessoas tomem a decisão delas, crie o caminho delas, e não que esperem que eu decida as coisas sozinho.
🎤 Qual é o seu fracasso favorito ou o que te ensinou mais?
André: Tem vários… Quando eu trabalhava na Purina, recebi uma proposta para trabalhar em Hartford. Eu ia trabalhar nos Estados Unidos, e ia cuidar de uma rede lá chamada Stop & Shop, que é super famosa, vendia muito em Nova York e Boston… Eu ia ficar ali no meio. Fui para lá, fiz aquela visita exploratória, junto com a Patrícia, que é a minha ex-mulher…
Tudo certo, tudo resolvido. Eu estava pronto para mudar para lá, mas a Nestlé comprou a Purina. E eu perdi minha expatriação.
Ali eu aprendi que a gente planeja e Deus ri, como minha namorada Anna Gabriela sempre diz.
🎤 Quando você se sente sobrecarregado ou sem foco, o que você faz?
André: Eu preciso de endorfina para sobreviver, em função do TDAH. Andar de moto me ajuda muito, porque eu sou obrigado a focar, tem um pouco de perigo. Estar no perigo me ajuda nesse sentido.
O exercício físico também, sou bem disciplinado em relação a isso. Agora, não vou negar que quando eu estou com a cabeça muito cheia, uma cerveja, uma taça de vinho, ajuda também né?!
Mas uma coisa que eu percebi é que quanto mais exercício eu faço, menos vontade eu tenho de beber.
🎤 Qual o pior conselho que você já recebeu?
André: “Isso é impossível de fazer, isso não vai dar certo”. Pode parecer uma coisa um pouquinho arrogante, mas eu acho que o impossível não existe. Acho que no máximo a gente ainda não descobriu como fazer alguma coisa.
🎤 Que frase você está sempre repetindo, quase como um mantra?
André: Aquela música do Gilberto Gil, “andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá”.
🎤 Bate bola, drop rápido: pra fechar, nos deixe algumas indicações..
Um livro: Humanidade - de Rutger Bregman
Filme ou série: Um Sonho de Liberdade (1994); Top Gun (1986); Uma Linda Mulher (1990).
Um podcast: Podpah.
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