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🎤 Drop the Mic: Victor Santos

Fundador e CEO da Liv Up

Se a rotina apertada e o ombro machucado de Victor Santos o afastou de alguns de seus esportes favoritos - como o snowboard, kitesurf e o surf - ao menos ele encontra tempo para a academia e ainda se arrisca na marcenaria e na cozinha durante o tempo livre.

A cozinha, aliás, é peça fundamental na trajetória do empreendedor de 35 anos que, unindo tecnologia e sabor, fundou a Liv Up.

Nascido em São Caetano do Sul (SP), morador de São Paulo, mas apaixonado pelo litoral, Victor Santos é o convidado do Drop The Mic.

Victor, the mic is yours!

🎤 Como é uma clássica segunda-feira na sua vida?

Victor: Eu tenho o hábito de acordar por volta das cinco e meia da manhã, pra treinar antes de começar a loucura do dia. Então uma boa segunda-feira começa cedinho, com meu treino de musculação e cardio. 

Eu tento dar aquela desestressada no final de semana, relaxar, curtir amigos, família. Então segunda-feira é o momento de voltar ao foco e me reconectar com o trabalho. É um dia que começa com uma reunião de alinhamento com o meu sócio, com o meu CFO e com as principais lideranças.

Também é um dia que vejo os resultados. Nossa agenda de gestão de resultados acontece terça-feira de manhã, então segunda é o dia de alinhamentos mais estratégicos, de acompanhar os principais projetos, antes da discussão de terça.


🎤 Por que você faz o que faz?

Victor: Tem um chamado aqui, uma relação muito forte com impactar pessoas. Pra mim é muito intensa a necessidade de construir um time, uma cultura, ter um negócio B2C, levar uma alimentação saudável pra cada vez mais gente, e ver centenas de milhares de consumidores com os nossos produtos todos os meses. 

Também tem uma relação com resolver problemas mesmo, com essa missão de facilitar a vida das pessoas, facilitar a rotina, essa era a minha dor e de certa forma ainda é.

E acho que tá relacionado também com o fato de ter feito Engenharia de Produção na Poli-USP… Sempre converso com meus amigos daquela época sobre a necessidade de retribuir para sociedade o fato de termos tido a oportunidade de estudar de graça.

🎤 Qual é o comportamento ou característica do seu mercado que mais te incomoda?

Victor: Acho que o ponto central aqui é a qualidade do que o setor de alimentos entrega pro consumidor. Dá pra extrapolar isso pra qualquer setor, mas sendo específico com o de alimentos e bebidas, acho que existem muitos produtos com ingredientes de péssima qualidade nutricional.

Fora os falsos “produtos milagrosos”, com promessas que iludem o consumidor. 

Então acredito que ter um pouco mais de responsabilidade com os produtos que oferecemos como setor é essencial. Esse é o passo zero pra melhorar a qualidade de vida do nosso consumidor e da população. 


🎤 Se o seu time precisasse eleger a característica mais irritante de trabalhar com você, o que você acha que falariam?

Victor: Acho que eu posso ser um cara meio chato, que tá sempre dando aquela esticada na corda.

Aquele hábito de falar “pô, animal a conquista, mas…”. E depois do “mas” vem o próximo passo, a meta mais ousada… Acho que faz parte também do meu papel aqui, né?! Tem que tentar equilibrar, não irritar as pessoas, mas acho que essa a característica que tira a galera fora do conforto.


🎤 Qual é a principal diferença entre o Victor do escritório e o Victor em casa?

Victor: Acho que não tem diferença, sendo bem sincero. Na verdade, acho que empreender me desenvolveu muito como pessoa, minha personalidade, meu conhecimento… O trabalho me trouxe um olhar mais sensível, por conviver com cada vez mais pessoas diferentes, da nossa cozinha, nossa fábrica, nosso escritório, ou do time de tecnologia que está espalhado pelo Brasil. 

E eu comecei a empresa com meu melhor amigo da faculdade, o Henrique, e a gente trouxe algumas pessoas da faculdade pra trabalhar com a gente. Então sempre foi um ambiente bem fluido, sem a necessidade de uma “máscara” profissional.

🎤 Você se arrisca na cozinha?

Victor: A Liv Up intensificou esse processo. Mas sempre gostei de cozinhar, de receber pessoas em casa. Meu pai tira sarro, porque quando eu tinha uns 12 anos, eu queria fazer churrasco num dia qualquer, no meio da semana. Mas sempre ajudei meu pai e minha mãe na cozinha. 

Gosto de me arriscar sim! Não poupo esforços pra ter uma cozinha receptiva pra galera mais próxima. Sou muito fã de frutos do mar.

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🎤 Tem alguma coisa que você não come?

Victor: Eu sempre comi de tudo, ainda mais depois da Liv Up, não tem muito jeito, precisamos experimentar. 

Mas teve uma vez, no comecinho da empresa, que fizemos uma receita de abóbora com leite de coco que estava boa, mas ainda não na qualidade pra levar para nosso consumidor. E aí ficamos com um lote daquela receita no escritório por uns três meses. Então acho que já comi minha cota de abóbora pelos próximos trinta anos. Hoje em dia precisa ser uma receita muito boa e muito diferente de abóbora pra eu experimentar.

🎤 Qual é o seu fracasso favorito ou o que te ensinou mais?

Victor: Acho que foi muito parecido para todo o ecossistema de tecnologia que pegou o crescimento dos últimos 10 anos e depois viveu o fim de ciclo na virada de 2021 pra 2022. A gente tava correndo várias provas de 100m rasos, acostumados com crescimento e mais crescimento, e naquela virada cometemos alguns deslizes na alocação de capital. 

Então a gente teve que puxar o freio de mão pra colocar a companhia no caminho do break even. Foi bem desafiador, com algumas decisões que dão nó na barriga, mas que trouxeram muitos aprendizados. 

🎤 Qual o pior conselho que você já recebeu?

Victor: Se você me perguntasse isso há uns 5 ou 10 anos, talvez eu tivesse uma lista de conselhos ruins. Mas hoje em dia, quando acho um conselho ruim, eu tento fazer o exercício de tentar me colocar no lugar da outra pessoa e entender porque ela acha aquilo. Quando fazemos isso, a gente abre nossa mente para uma série de oportunidades e perspectivas novas. 

🎤 Que frase você está sempre repetindo, quase como um mantra? 

Victor: Não sei se é um mantra, mas eu sempre falo pro pessoal aqui na Liv Up, “os próximos seis meses vão ser os mais importantes da empresa”. 

E eu realmente acredito nisso. Por melhores que sejam os resultados que tivemos até aqui, o que está valendo não é o passado.


🎤 Bate bola, drop rápido: pra fechar, algumas indicações.

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