Whatuuup, Dropers!

Gama Academy é comprada pela Ânima

edtech, ensino superior, ISA, educação

Em um movimento que mostra o interesse da 3ª maior instituição de ensino privada do país em inovar e não ser chamada de cringe, a Ânima Educação, dona de 18 instituições de ensino superior em 12 estados diferentes e com um corpo de estudantes e professores que ultrapassa 350k, compra 58% da Gama Academy - com prioridade para comprar o restante das ações mediante desempenho - por R$33.8 mi.

Fundada por Guilherme Junqueira (ex-Ambev, ex-ABS, ex-Forbes under 30), a edtech já conta com +30 alunos formados. As diferenças do modelo da Gama para o modelo da Anhembi-Morumbi são bem claros:

• Mercado vs. Academia: enquanto faculdades e universidades ainda possuem seus curriculos voltados para habilidades valorizadas pela academia (publicações em revistas, planos de negócio de 100 páginas, provas e notas), a Gama foca nas habilidades exigidas pelo mercado. Na grade de Marketing, ao invés de aprender os 4Ps do Kotler, o aluno vai aprender mídias pagas digitais e outras skills dificilmente ensinadas na academia.

• Modelo ISA: Income Sharing Agreement é um modelo onde ao invés do estudante pagar pelo curso antes ou durante o mesmo, ele só começa a pagar com uma % do seu salário depois de formado e se for contratado na área que estudou. É o modelo “skin in the game”, onde a Gama só recebe se tiver sucesso e o aluno só paga na mesma situação.

• Emprego: O foco da Gama é que o aluno saia para o mercado de trabalho após formado (seja isso uma mudança de carreira ou o início dela). Para aumentar as chances disso acontecer, a Gama tem parceria com +650 empresas e durante o curso há preparação para entrevistas de emprego, como montar seu CV/LinkedIn, e conexão direta com as possíveis contratantes.

EdTech em Alta

Acelerado - mas não criado - pela pandemia, a disrupção do mercado de ensino superior chega antes tarde do que nunca. Em um mundo onde o seu certificado de graduação não te diferencia tanto quanto os projetos que você participou fora da sala de aula (para o Google, ensino superior não é mais pré-requisito), o acesso a qualquer tipo de informação está a poucos cliques de distância para qualquer um com internet, e você tem a oportunidade de fazer um curso de alguns meses ao invés de passar 6 anos na sala de aula com retroprojetor, as EdTechs são o meio de aprendizado das gerações XYZ.

Prova disso são os demais movimentos que aconteceram no mercado de ensino nos últimos meses:

• A Edtech Descomplica captou U$84mi e comprou a UniAmérica

• A Yduqs, a segunda maior rede de ensino do país, comprou a edtech QConcursos

• Wiser, do Flávio Augusto, comprou a edtech de cursos online Conquer

• Arco Educação, a maior de ensino superior, faz aporte na edtech Tera

Ainda estamos na metade de 2021, e o valor captado por Edtechs no país já é 10x maior do que em todo ano de 2020 - de U$29mi para U$222mi, segundo a distrito.No mundo, investimentos em Edtechs este ano já somam U$18bilhões, sendo que o ano passado inteiro essa soma foi de U$11bi.

A velocidade de mudança dos tradicionais faculdades e universidades é lenta e dificilmente conseguem acompanhar a velocidade de mudança do mercado - que evolui exponencialmente. Se pensarmos pelo ponto de vista de quais habilidades serão necessárias daqui a 5-10 anos, e onde você consegue aprendê-las hoje, fica fácil digerir a mudança. Afinal, os empregos com maiores salários e menos profissionais para preencher atualmente são: Data Scientist, Game Developer, Cloud Server Developer, Artificial Inteligence Programmer, Product Manager - qual vestibular (!) você prestaria para ser um desses? Quanto custaria o seu investimento inicial? Quão burocrático vai ser todo esse processo? Então… #edtech.

Rounds, M&As, Exits e mais

• Guru, a fintech que oferece mais um app de investimentos e acompanhamento, fecha rodada de R$12milhões do family-office Turim.

• Divid, a startup visando revolucionar o modelo das imobiliarias com coliving, reforma e mobilias dos imóveis, fecha angel round de R$500k.

• BRF, a gigante brasileira do mercado de alimentos, investe U$2.5mi em uma rodada de U$100mi, na foodtech israelense de carne cultivada Aleph Farms.

• Yooga, o software simplicado de gestão de PMEs, recebe aporte de R$1.5mi.

• Nexodata, a healthtech de prescrição eletronica de medicamentos e exames, levanta R$35mi em rodada de investimento com Eisten, Benchimol e Mercado Livre.

• VetSign, o portal de conteúdos do mercado veterinário, vende 50% da participação para Petland.

• A Quinta, a startup de comida natual para pets, recebe investimento da Petland, que agora detém 10% do capital da empresa.

• RocketMat, a RHTeh que usa AI para aperfeiçoar o processo de recrutamento e seleção, fecha rodada de R$8 mi.

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