💧Einstein vai virar NPC?

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• A tragédia grega: JP Morgan X vivawallet

• X: a virada de chave do ex-Twitter

• Amazon: tem 6 negócios gerando +$20bi por ano.

A tragédia grega: JP Morgan X Viva Wallet

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O primeiro unicórnio tech da Grécia, a Viva Wallet, e um dos maiores bancos do mundo, o JP Morgan, são os protagonistas de uma disputa digna de uma tragédia grega. A treta teve início em 2022 — e enquanto a série Billions não faz um episódio sobre, a gente explica os acontecimentos:

E01: O aporte
Viva Wallet foi lançada em 2005 e se tornou a maior fintech da Grécia. Os serviços de pagamentos e maquininhas de cartão começaram a expandir pelo território europeu, chamando a atenção do banco JP Morgan. Visando maior presença no velho continente, eles realizaram um aporte de U$917 milhões.

E02: Os vetos
O founder e CEO, Haris Karonis ficou com 51% da startup e o poder de escolher 4 dos 7 conselheiros. JP Morgan ficou com 49% e o poder de indicar outros 3. Quando as indicações do banco foram feitas, o CEO vetou e alegou conflito de interesses devido as posições ocupadas pelos indicados. O caso foi parar no Banco Central da Grécia.

E03: Os seus ou os meus interesses?
Durante o vai-e-vem do processo, mais indicações e vetos. O JP Morgan demonstrou preocupações com “comportamento intimidador e ameaçador” do Founder, e conseguiu defender ao Banco Central suas indicações. Foi então que a treta grega começou a esquentar.

Enquanto os negócios da fintech não iam bem - sob a alegação que o JP Morgan travava seu crescimento - a Viva realizou grandes cortes de funcionários, propostas de negócios, entre outras, sem ao menos avisar seu sócio em alguns casos.

Além disso, parou de responder requisições sobre controle de lavagem de dinheiro, cibersegurança, etc.. Sem a aparente capacidade de se entenderem, nem mesmo com DRs intermediadas pelo Banco Central, só tinha uma saída.

E04: Quero meu dinheiro de volta!
JP Morgan ofereceu-se para vender metade da sua participação de 49% na Viva por U$175mi e renunciar aos seus direitos a assentos no conselho. O acordo reduziria o valor do seu investimento original de U$917mi para U$350mi - mas, mesmo assim, não foi para frente.

Os últimos capítulos da temporada não tem horário marcado, mas tem local definido: o tribunal da justiça. O mesmo lugar onde o JP Morgan deverá comparecer para resolver ouuutra encrenca, a do seu investimento falho na startup Frank.
 
Moral da história 1: Se você tem investidores e os interesses estão desalinhados, cuidado. É melhor resolver o quantos antes ou você pode ser cobrado pelo dinheiro de volta.
Moral da história 2: não tem dinheiro no bolso que salve o JP Morgan de caçar treta com startup.

Será que o Einstein vai virar NPC?

A empresa-mãe do TikTok revelou esta semana o OmniHuman-1, seu sistema para gerar deepfakes a partir de uma única foto e entrada de áudio, como este exemplo do Albert Einstein falando sobre arte e emoções.

US$ 5,134 bilhões

Espera-se que os negócios realizados por meio de Deepfakes gerados por IA apresentem um crescimento de U$564 MI em 2024 para U$5,134 BI em 2030, segundo o estudo Deepfake AI Forecast to 2030.

O que rolou mundo afora

• Google: seguiu os passos da Meta e outras ao anunciar o fim das suas iniciativas e metas de contratação DEI.

• OpenAi: assiste outro de seus co-founders, John Schulman, se juntar a startup da ex-CTO Mira Murati, chamada Thinking Machines Lab.

• Replit: lançou uma funcionalidade que permite criar aplicativos por completo usando apenas um prompt de algumas linhas.

• Workday: está demitindo 1.750 funcionários, cerca de 8,5% da força de trabalho para focar em lucratividade - e, claro, IA.

• Salesforce: foi outra que decidiu cortar ~1.000 dos seus 73.000 funcionários, mas continua com vagas voltadas para IA em aberto.

• Gemini, a exchange cripto fundada pelos irmãos Winklevoss (também founders do Facebook, mas depostos por Mark), está explorando um IPO.

• Crowdstrike: atinge a marca de $100bilhões de valuation, representando a alta demanda por cibersegurança (Nvidia 2?)

12º dias de queda consecutiva do dólar! 

Drop By Remessa Online

Os últimos meses foram marcados por uma forte subida no valor do dólar que mais parecia um foguete da SpaceX. De incerteza econômica a eleições, tudo parecia contribuir..

Apesar da recuperação, boa parte dos especialistas estão mais pessimistas para o ano:

• Banco BV: prevê que o dólar chegue a R$6,50 até o final do ano.

• Morgan Stanley: acha que o dólar chega a R$6,30 no segundo semestre.

• Deutsche Bank: projeta o dólar em R$6,00 este ano e R$6,50 ano que vem.

• Macquarie: coloca o dólar entre R$6,40 e R$6,50 ao final de 2025.

Na economia, muitas vezes é como na meteorologia: não se sabe o que está acontecendo. Dito isso, o fato é que agora pode ser um bom momento para abastecer sua carteira com algumas doletas. Seja para aquela viagem internacional, seja para proteger seu patrimônio, seja para investir em empresas lá de fora.

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A virada de chave do X-Twitter?

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Desde que Musk criou um caos e foi obrigado a adquirir o Twitter, a rede social passou por demissões em massa, tretas com anunciantes, rebranding, mudanças nas políticas de moderação, suspensão da conta de jornalistas, um aumento no discurso de ódio na plataforma.. Financeiramente, porém, os resultados contam outra história:

Em 2021, ainda sob o comando do CEO Parag Agrawal e Founder Jack Dorsey:

• Receita: $5 bilhões

• Ebitda ajustado: $682 milhões

Em 2025, já sob o comando da CEO Linda Yaccarino e o Chief Troll Elon Musk:

• Receita: $2.7 bilhões

• Ebitda ajustado: $1.25 bilhão

Em outras palavras, a receita é ½ do que costumava ser, já os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda), dobraram no período!

Os bancos, que haviam emprestado $5.5bi para ajudar seu cliente de bolsos mais fundos do mundo, estavam ansiosos para repassar as dívidas para outros interessados. Agora, com essa nova realidade, o interesse em comprar a dívida aumentou, o preço subiu e alguns já desistiram de vender.

Tudo indica que depois de um período de turbulência, o X virou o jogo!

O que rolou Brasil adentro

• Neofin a fintech automatizando as cobranças com IA, capta rodada de R$35mi liderada pelos fundos Quona e Upload.

• Embraer fechou um acordo para vender 200 jatos executivos para a americana FlexJet e viu suas ações decolarem ~16% ontem.

• Future Cow, a biotech com a missão de produzir leite sem vacas, já bateu 55% da sua meta de captação de R$1,5mi na CapTable.

Os 6 negócios de U$20bilhões da Amazon

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Quando o primeiro ecommerce de livros online foi fundado em 1994, ninguém previa que 30 anos depois ele se tornaria um conglomerado de seis negócios diferentes gerando U$20 bilhões em receita por ano.

• Marketplace: a parte marketplace do negócio, onde outros vendedores usam o alcance do site da Amazon para chegar nos clientes finais, pagando uma taxa de comissão para gigante e usufruindo dos seus serviços de logística, foi responsável por trazer U$156 bilhões em receita este ano.

• Loja Online: já a parte do negócio que vende itens próprios, também pelo mesmo website (às vezes copiando os best-sellers) foi responsável por incríveis U$247 bilhões no ano. P.s.: vem reformulação da Alexa por aí.

• AWS: a divisão de armazenamento na nuvem e serviços cloud, continuou crescendo e trouxe U$107 bilhões para os caixas da gigante, com uma das maiores margens de lucro.

• Anúncios: a novata entre as demais linhas de receita, já ocupa a terceira posição entre os principais vendedores de ads dos EUA e trouxe $56 bilhões para os caixas da Amazon este ano.

• Assinaturas: os planos de recorrência oferecidos pela Amazon, que inclui a assinatura do Prime, Prime Video, Kindle Unlimited, Audible, Luna e várias outras, trouxeram U$44 bilhões aos caixas

• Lojas Físicas: menos conhecidas porém não menos lucrativas, constituído pela rede de mercados (Fresh e Whole Foods), pela loja sem caixa humano (Go e Just Walk Out), pela marca fashion (Amazon Style), e contribuiu com ~U$21bi no ano.

Com tantos bilhões vindo de todos os cantos, não é surpresa que os investimentos em Capex programados para o ano que vem ultrapassem a casa dos U$100 bilhões no ano que vem, com a maior parte indo para a construção de data centers e expansão da infraestrutura (já gigantesca) da Amazon.

Contra dados não há argumentos

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