💧 Endowments

Os fundos patriomiais ganham força, o novo complexo de gamers, o que rolou mundo a fora, o que aconteceu Brasil a dentro

Morning, Dropers!

Há exatos 30 anos atrás, dia 6 de agosto de 1991, Tim Berners-Lee publicava a primeira página da World Wide Web - a internet está trintando, feliz aniversário!

Na edição de hoje:

Endowments: o obrigado para as unis

endowments, fundos patrimoniais, orçamento das universidades

Já são nove anos consecutivos de cortes no orçamento do estado destinado a educação superior. São +37% de cortes acumulados nos ultimos 10 anos, e para 2021, a previsão é que esse número diminua em pelo menos R$1bi.

Nosso modelo de ensino superior público, responsável pela geração de 95% da produção científica nacional atualmente tem como única fonte (e dependência) o chamado orçamento da união. Mas a verdade é que não precisa ser assim…

Endowments lá fora

Endowments são fundos patrimoniais. O dinheiro do fundo vem de doações de pessoas físicas ou jurídicas, que por sua vez é aplicado no mercado financeiro, e o rendimendo dessas aplicações, vira retorno em capital a ser investido.

Nos EUA, o modelo é adotado por quase todas as universidades. A Harvard foi a primeira a criar seu próprio fundo em 1974 e hoje tem U$40bi sob gestão, seguida pela Yale com U$30bi - a soma dos endowments de todas universidades americanas chega a U$630bi. Mas, o dado mais importante aqui, na verdade, é que 1/3 da receita das principais faculdades lá de cima, vem do rendimento dos endowments - não do governo, não das matriculas, não das mensalidades.

Endowments aqui dentro

Se comparado aos vizinhos do norte, ainda estamos engatinhando nas iniciativas de fundos patrimoniais. Porém, impulsionado por mudanças na lei (que oficializou juridicamente os endowments, criando normas e fornecendo segurança jurídica), algumas faculdades já estão mexendo seus pauzinhos:

  • Amigos da Poli (engenharia da USP), já tem R$33mi sob gestão;

  • Fundo Catarina (Adm da UFSC e ESAG), já tem R$2mi sob gestão;

  • Sempre FEA (Adm da USP), possui R$4mi sob gestão.

  • Conecta EUAFBA (da UFBA), tem meta de chegar a R$1mi até final do ano;

Os fundos não são a saída e solução de todos os problemas da educação no país, mas com certeza podem ser um veículo de receita que diminui dependencia, além de formalizar uma forma para que os graduados retornem um pouco do que absolveram durante os cursos, em formato de doação - as repúblicas de Ouro Preto - MG já funcionam nesse modelo há tempos!

Mundo a fora…

  • China: 9 das 10 ações com pior desempenho na bolsa americana são chinesas. A bola da vez são os video games: a empresa Tecent (a segunda maior criadora de games do mundo) perdeu 10% ontem ($60bi), além de ter que limitar o acesso aos games em apenas 1h/dia para crianças.

  • Uber: apesar de ter triplicado o número de corridas do ano passado, a empresa ainda sim teve U$500mi de prejuizo no segundo trimestre.

  • Rihanna: é a mais nova cantora a entrar no hall da fama dos bilionários. Apesar do sucesso no meio artístico, foi sua marca de maquiagem, Fenty, que somou a maior parte dos zeros depois da virgula (U$1.4bi).

  • RobinHood: o app favorito dos meme stocks abriu capital na NASDAQ sob o ticker $HOOD e já subiu 100% desde a abertura.

Hub Costão Games - HubCG

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Lan House é coisa de cringe, a moda agora são os Hubs! Essa semana, o resort Costão do Santinho de Florianópolis, anúnciou através de uma parceria com a Certi, um investimento de R$300mi para construção de um complexo voltado para Video Games e eSports de 10 mil m², o HubCG.

As Lan Houses 2.0

O complexo possuirá algumas frentes de atuação: centro de treinamentos, estudio de filmagens, sala de edição, espaço para streaming, salas de conferência, suporte de marketing, além da sua própria equipe de competição - o escritório dos gamers é diferente! Para fazer parte da seleção HubCG, os jogawdores passarão por um reality show que auxiliará também na divulgação da iniciativa perante o público gamer. A expectativa é que a receita chegue a R$700mi em 2026.

O costão do santinho, que já foi bem reconhecido pelos seus campos de golfe, não é a única empresa brasileira a apostar no universo dos games. O Good Game WP é uma iniciativa da Ambev, Ifood e Nubank que promove competições virtuais e locais em diversas cidades do país e dá até R$200k de premiação. O Magalu comprou o ecommerce de gamers KaBuM por R$1bi. E as Casas Bahia anúnciou uma parceria com Bruno Goes, o Nobru, que é um dos maiores nomes gamers do país.

Game not Over

Na verdade, está só começando. O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial de gamers, atrás apenas dos EUA e China. São 95 milhões de gamers - quase metade da população - que passam, em média, 2 horas por dia em frente as telas. Para os mais viciados, esse número chega a 15-19h/dia, um número bem acima da média internacional.

A industria de games já é mais lucrativa que a o cinema e deve ultrapassar os U$300 bilhões até 2026. Não apenas de prêmios vivem os jogadores, em termos de streaming:

  • São 17 bilhões de horas assistidas na plataforma Twitch.

  • 10 bilhões de horas no Facebook.

  • 3,5 bilhões de horas no YouTube.

As empresas ainda estão descobrindo o melhor formato para entrar no jogo (tuntunpzz!), seja por meio do Metaverso, seja com públicidade online, seja no patrocínio dos atletas, seja na construção de complexos, seja na criação de jogos. Mas uma coisa é certa, com as universidades americanas já oferecendo bolsas de estudo paga eGamers e a audiência de streaming passando a de jogos, você, gamer, já pode atualizar o LinkedIn para Gamer e deixar de ouvir “vai trabalhar” dos seus pais.

Brasil, o país do f̶u̶t̶e̶b̶o̶l̶ gamer!

Brasil a dentro…

  • Caju, a startup dos benefícios flexíveis para funcionários, fecha aporte série A de R$45mi liderada pela Valor Capital.

  • Moises, a startup musitech que oferece tecnologia e ferramentas para músicos, fecha aporte de U$1.6mi.

  •  UCorp, a startup de mobilidade corporativa via carros elétricos capta R$440k.

  • MarlimCo, a startup fintech que oferece soluções para o mercado de câmbio, capta R$1mi em rodada via EqSeed.

💰 … U$484,4 milhões é o valor captado por startups brasileiras entre 44 rodadas de invstimentos, somente em Julho 2021 - liderado pelas retailtechs.

Contra dados não há argumentos

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