Morning, Dropers!

FFFF: fiasco financeiro e falhas do face.

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Internet hoje alcança 65% da população mundial (5.17 bilhões de pessoas), sendo que destes, 55% já possuem uma conta no Facebook (2.89 bilhões de pessoas), um número que sobe para 67% (3.51 bilhões de pessoas), se incluirmos os demais apps da família: WhatsApp, Instagram, Messenger.

Ao longo da semana, as ações do FBOK caíram ~5% depois de ficar quase 6 horas offline, denúncias de ex-funcionários e o último vazamento de dados. Mark assistiu sua fortuna encolher em ~U$6bilhões. De acordo com a receita gerada via Ads somente no ano passado (98% do total), a rede social deixou de ganhar:

- $2.670 por segundo- $160k por minuto- $9.6milhões por hora- $60milhões durante o apagão de 6horas

Agora, um giro rápido pelos principais motivos que nos trouxe até aqui:

Engenharia para não engenheiros…

Os DNS funcionam como o CEP da internet, eles nos dizem qual domínio aponta para qual endereço de IP. Por exemplo, ao acessar o domínio www.facebook.com, temos que ir até o IP xx.xx.xx.xx.

Já as bases de dados BGP funcionam como roteiros de um mapa, eles nos dizem qual o melhor caminho para sair de SP até o RJ. Caso a estrada esteja bloqueada por algum motivo, o BGP pode te enviar para MG antes de chegar ao RJ.

Em um erro de configuração do próprio time, o Facebook removeu o seu CEP (DNS) do mapa (BGP), então o sistema de GPS da internet não conseguia encontrar o endereço do facebook para enviar o tráfego.

Em teoria, esse seria um problema fácil de resolver mas, como o Facebook hospeda seu CEP dentro dos seus próprios servidores, não existia uma estrada fácil que ligasse o seu CEP com o restante da internet!

Fofocas para não fofoqueiros…

Uma ex-product manager do Facebook, Frances Haugen, foi a responsável por vazar milhares de documentos internos da empresa e entrar na justiça com pelo menos 5 acusações diferentes.

Essa semana, ela deu uma entrevista ao programa 60minutes, onde detalhou os principais pontos, entre eles:• Enganar os usuários• Enganar investidores• Danos aos adolescentes• Afetando sociedades globais• Contribuir para a polarização política que levou aos motins do Capitólio

Já virou praxe os canais tradicionais de mídia - leia-se, uns dos que tiveram seus modelos de negócio negativamente impactados pelo crescimento das redes sociais - destruírem e acusarem o FB sempre que uma nova informação vaza. Mas, vale a pena ler os dados que foram vazados para chegar a própria conclusão dos fatos.

Hacking para não hackers…

E como se a semana do Mark não estivesse sendo ruim o suficiente, dados de ~1.5 bilhões de usuários do Facebook estão sendo vendidos em um fórum no mercado negro da internet esta semana.

Os dados incluem nome, email, localização, gênero, telefone e o ID - e foram coletados usando um método chamado “data scrapping”, quando não ocorre a invasão do sistema, e sim robôs configurados para coletar dados do usuário. Neste caso, acessando perfis que deixaram informações públicas e criando enquetes que automaticamente capturavam os dados dos respondentes.

Enquanto isso, além de aproveitar um dia de “purificação” das redes sociais, podemos também desfrutar de um dos principais talentos brasileiros, os memes.

O que rolou mundo afora

• Apple: não produz vídeo games diretamente, porém, lucrou mais do que os produtores Microsoft, Nintendo, Activision Blizzard e Sony, JUNTOS. São U$8.5 bilhões via transações na AppStore.

• Tesla: entregou ~241k veículos elétricos durante o último quarter, superando as expectativas em ~20k veículos.

• Rivian: a startup de carros elétricos investida pela Amazon e Ford, entra com pedido de IPO. A empresa tem $0 de receita e $994 de prejuízo.

• Tinder: está lançando sua própria moeda virtual. Usuários juntam as moedas conforme tempo e interações com o app, além de poderem comprar com próprio dinheiro, que podem ser usados para dar super likes e fazer upgrade.

• Udemy: a startup de micro cursos online, entra com pedido de IPO em um evento que pode chegar a U$6.5bi de marketcap.

Locaweb arrastou pra cima e comprou Squid

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Squid, não o jogo, mas a startup que faz o meio de campo entre influenciadores e empresas, facilitando a contratação dos mesmos para campanhas de marketing, é a última aquisição da Locaweb (LWSA3) por R$ 176,5 milhões.

A Squid

A startup curitibana criada em 2014 por dois engenheiros recém-formados, conta atualmente com:

• 100k influenciadores

• 300k conteúdos produzidos

• 700mi de impactados

• R$100mi de ARR (Annual recurring revenue)

• > 100% de crescimento anual

A monetização vem de um modelo de recorrência, onde marcas como Spotify, Natura e Unilever pagam uma mensalidade para ter acesso a base de influencers e toda segmentação e facilidade de contratação da plataforma.

O múltiplo de receita vs. valuation foi de apenas 1.7x (abaixo da média de mercado), mas extremamente atraente se considerar que a empresa tinha feito apenas uma rodada anjo antes da venda.

A Locaweb

Desde que abriu IPO em fevereiro do ano passado, a gigante da hospedagem de sites (a fonte de 60% da sua receita e 21% de marketshare nacional), tem diversificado o seu portfólio de soluções através da aquisição de novas startups, sendo esta a sua 13a e a segunda mais cara - atrás apenas do software de gestão na nuvem, Bling, por R$524mi).

As aquisições fazem sentido financeiro, visto que as ações da empresa valorizaram ~350% desde a abertura de capital, e também estratégico, pois avança a presença na parte de social commerce e live commerce. Com uma base atual de 600k clientes, a Locaweb pode não apenas fazer cross-sell para a carteira existente mas também buscar fechar a conta com os próprio influenciadores, que cada vez mais se tornam empresas.

O que rolou Brasil adentro

• Atar, a fintech catarinense que desenvolve soluções de banking as a service, vende ~75% do capital para a Porto Seguro, que planeja lançar conta digital.

• klubi, a fintech tentando revolucionar o mercado de consórcios de forma 100% online, capta R$32.5mi liderado pela Igah Ventures.

• Zax, o marketplace B2B que conecta atacadistas com varejistas e cobre todo o processo de frete, pagamento e segurança, capta R$32mi em rodada liderada pelo Fundo Atlantico.

• Listo, a fintech que promove a autonomia financeira de PMEs, capta R$400mi através de FIDC.

• CRMBonus, a plataforma completa de gestão de cashbacks, bonificação e pós venda, capta R$280mi do SoftBank e se torna o mais novo unicórnio do Brasil.

Contra dados não há argumentos

Quantos dados são criados na internet a cada minuto…