Morning, Dropers!

O Banheiro 2.0 do Gates

gates foundation, banheiro 2.0, pólio, nuclear

Bill Gates já está sentado no t̶r̶o̶n̶o̶ topo da Pirâmide de Maslow há decadas. Mas o que fazer depois de se tornar um dos homens mais ricos do mundo e 'zerar' o jogo do business? Para Gates, a resposta é continuar buscando inovação através da tecnologia mas, dessa vez, resolvendo problemas humanitários, ao invés de lançar atualizações do Windows.

Entra a Gates Foundation…

Quando ele saiu da Microsoft em 2008, o fundador valia mais que U$58bilhões - as ações naquela epoca valiam cerca de U$28, e hoje valem U$280 - ou seja, mesmo sem atuar diretamente na empresa, viu seu patrimonio subir 10x.

Junto com sua ex-mulher, ele fundou a Gates & Melinda Foundation, com a visão de utilizar tecnologia para reimaginar problemas antigos da sociedade, principalmente focado em países de terceiro mundo. A fundação é considerada a segunda maior instituição de caridade do mundo, com cheques de Warren Buffet, Michael Larson e outros, totalizando ~U$50bi sob gestão.

Além da própria fundação, os Gates juntos com Buffet, são responsáveis pela criação do “The Giving Pledge”, uma iniciativa com participação de Michael Bloomberg, Larry Ellison, Elon Musk, Mark Zuckerberg, o príncipe da Arábia Saudita Alwaleed bin Talal, e outros 40 bilionários que se comprometeram a doar pelo menos metade de suas fortunas para filantropia.

Causas e Consequência…

Apesar de usarem a tecnologia como base, os problemas atacados pela fundação tem uma natureza bem diferentes do que a lentidão do Internet Explorer.

• Pólio vs. Rebeldes: uma das primeiras missões foi erradicar o Pólio e depois de >$400mi investidos, chegaram perto de ter sucesso em meados de 2010. Mas mesmo muito capital e muita influencia não foram suficientes para enfrentar as reviravoltas políticas causadas pelos rebeldes Nigerianos e terrorismo do Paquistão e Afganistão. Apesar de uma redução >99%, o Pólio ainda não é considerado erradicado por completo.

• Clima vs. Guerra comercial: mesmo no meio de muita polêmica, Gates chegou a conclusão que o melhor caminho para combater a mudança climática e a emissão de CO2 era através da energia nuclear. Depois de 9 anos de muita diplomacia, escolheu a China para ser o país modelo da disrupção e chegaram a assinar um contrato que envolvia o desenvolvimento de plantas >$1bi.Dessa vez, o rebelde jogando contra foi Trump, que declarou a guerra comercial contra China e jogou os esforços descarga a baixo. Falando em descarga…

• Sanitário vs. ?: Crianças em países subdesenvolvidos morrem numa taxa acima de 3 milhões ao ano de diarréia. A causa raíz do problema? Um sistema sanitário pobre e deficiente que atinge metade de toda população mundial. Mais de $200mi investidos ao longo de sete anos, e a fundação parece ter se aproximado de uma solução sustentável, eficiênte e escalável: o Omni-processor. A privada 2.0 promete ser uma solução independente da infrastrutura local que transforma as massas fecais em agua potável e eletricidade, utilizando uma fração da energia, espaço e custo das soluções atuais.

Se a história serve de algum exemplo, mesmo que a resposta ao problema seja a melhor encontrada até o momento, problemas sociais enfrentam desafios bem diferentes dos encontrados no mercado dos negócios quando aplicados em escala. Por outro lado, se é que existe alguém com conhecimento, recursos, tempo e vontade suficientes para mudar essas realidades, essa pessoa tem sobrenome Gates.

O que rolou mundo a fora

• Apple tem trabalhado em um sistema para scanear as fotos salvas nos iPhones em busca de indicativos de abuso sexual infantil - e o Facebook, Epic, Snowden e outros aproveitam e se posicionam contra o discurso pró-privacidade da empresa.

• Cripto: um projeto de lei do senado americano prestes a ser aprovado com potêncial para "destruir” o mercado de cripto - que reagiu com alta em quase todas as moedas.

• Elon Musk é coroado o CEO mais bem pago do mundo com uma compensação de $6.7bi nos últimos 12 meses (11x a mais que o segundo colocado, Mike Pykosz, CEO da Oak Street, com $528mi).

Avenue BR <> USA

bolsa americana, internacionalização do investidor, Avenue

Com um bilhão de dólares de ativos sob custódia e 150 milhões de reais captados na última rodada de investimento liderada (claro) pela SoftBank a corretora fazendo a conexão dos investidores brasileiros com o mercado americano, Avenue Securities, bola plano de expansão para ir além das ações.

Avenida Brasil

Mais da metade dos atuais investidores na B3 começaram suas vidas no mercado de ações nos últimos 12 meses, totalizando ~4 milhões de pessoas. Um número que representa 1,5% de toda população brasileira. Já nos EUA, esse número representa 52% de toda população americana.

Dos 4 milhões de investidores, estima-se que quase 15% buscam alguma diversificação (ou dolarização) através do investimento na bolsa americana - e somente 10% de suas carterias. Um número ainda bem pequeno, se comparado aos “ultra-high” (pessoas com investimento >R$50mi), que chegam a 80-90% do portfólio alocados nos EU.

Avenida Estados Unidos

A Avenue permite que os brazucas tenham acesso as aplicações nas bolsas americanas (diferente dos BDRs, onde o investidor compra uma ação na B3 que espelha uma ação de uma bolsa estrangeira), e agora planeja expandir não somente a carteira de clientes mas também a carteira de soluções, oferecendo um pacote completo para internacionalização da vida financeira dos brasileiros: transações internacionais, cartões de crédito e débido sem IOF, acesso a fundos de investimentos das gestoras americanas.

A expectativa é triplicar de tamanho e chegar a 1 milhão de clientes nos próximos 12 meses. O aporte do SoftBank dá a legitimidade necessária pra Avenue abrir mais portas nos vizinhos do norte!

O que rolou Brasil a dentro

• JBS, a maior processadora de carnes do mundo, fecha aquisição da segunda maior produtora de salmão do mundo, a australiana Huon Aquaculture, por U$314mi.

• LogComex, a startupi de big data aplicada ao comércio exterior, fecha rodada serie A de R$53mi.

• Crehana, a edtech utilizada por empresas para requalificação de funcionários, fecha extenção da rodada serie A de U$70mi, liderada pela General Atlantic.

• Salux, a healthtech que entrega um software de gestão hospitalar, capta rodada de R$50mi liderada pela SBPar.

• Houseasy, a startup aplicando IoT na automação residencial, fecha aporte anjo de R$640k de Tiago Nigro e Bossa Nova.

• Pluggy, a fintech utilizando open banking pra democratizar o acesso aos dados financeiros, fecha rodada pré-seed de R$3mi liderada pela Gávea Angels.

Contra dados não há argumentos