💧 Holding D2C

O unicórnio ($1bi) com receita zero ($0), o que rolou mundo afora, A holding de marcas digitais, o que rolou Brasil adentro.

Morning, Dropers!

Quantos dias um trabalhador brasileiro de base salarial média precisa trabalhar para conseguir comprar o novo iPhone 13? Segundo uma pesquisa da Picodi resposta é 79.2 dias - sem carregador e sem fones de ouvido. Somos o terceiro no ranking, atrás apenas da Turquia (92.5 dias) e das Filipinas (90.2). Os últimos do ranking são Suiça (4.4 dias) e os EUA (5.9 dias).

Na edição de hoje:

O unicórnio ($1bi) com receita zero ($0)!

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Se você está lendo essa newsletter, provável que possua um perfil no LinkedIn ou no Indeed ou até na Catho, assim como todos os outros programadores, account executives, designers, founders, investidores e outras carreiras “colarinho-branco”.

Agora, onde uma camareira, uma motorista, um recepcionista, ou outras profissões “colarinho-azul”, vão encontrar empregos? Foi daí que surgiu a apna: “o linkedin de fora da bolha tecnologia”.

By the numbers…

Com 32 anos, o fundador e CEO Nirmit Parikh, criou sua primeira empresa com 19 anos, vendeu sua segunda para a Intel com 26 e trabalhou na área de produtos software Apple antes de ter a ideia da apna. Para validar sua idéia e entender seu público, Parikh trabalhou disfarçado como eletricista, mestre de obras e no chão de fábrica em Mumbai antes de lançar a primeira versão Android do app. Dois anos depois e…

  • 16 milhões de usuários cadastrados

  • 5 milhões de vagas em aberto

  • 150k empresas cadastradas

  • 18 milhões de entrevistas de emprego todos mêses

  • Cresceu +125x no último ano

  • U$200 milhões captados:- seed, jul 2019 = U$3mi- serie A, set 2020 = U$8mi- serie A, mar 2021 = U$12.5mi- serie B, jul 2021 = U$70mi- serie C, set 2021 = U$100mi

  • Valuation de U$1.1bi

  • Receita = $0!

By the words…

O único ponto acima que não está na casa dos milhões ou bilhões é a receita. No melhor estilo Facebook de ser, o app priorizou o crescimento ao invés da monetização e, ao se tornar o player dominante no mercado, deve expandir a frente de receita.

O plano inclui 3 frentes de atuação: - Um marketplace de contratação que pode vender ads;- Uma rede social profissional que pode vender conexões com candidatos certos;- Uma frente de educação e requalificação que pode vender cursos e capacitação;

Segundo Parikh, cada uma dessas frentes será independente e se tornarão multi-billion-dollar companies. Só nos resta esperar e torcer para que ela vire a bagunça que é o LinkedIn.

O que rolou mundo afora

  • TikTok: 5 anos depois do seu lançamento oficial, a rede-social entra para o seleto grupo dos apps com +1 bilhão de usuários ativos mensais, um crescimento de 45% desde julho do ano passado.

  • Facebook: e seus escândalos. Depois do programa de moderação secreto para celebridades e a promoção de histórias positivas sobre o app no feed de notícias, agora uma pesquisa interna mostra que o FB sabia que o app é nocivo para o público jovem.

  • Amazon: lançou ontem mais um dos seus gadgets, um robô de mil dolares chamado Astro. Com 60cm de altura e 9kgs, uma tela de 50cm e uma porrada de sensores, ele é basicamente uma Alexa sob rodas.

  • Udemy: a startup de cursos online, aproveitando a onda surfada durante a pandemia e WFH, se prepara para abrir IPO.

A holding de marcas digitais

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O que antes era a P&G criando produtos, promovendo na Globo e vendendo através de intermediários… Agora são jovens fazendo dropshipping, divulgando no Instagram e vendendo diretamente ao consumidor final via marketplaces.

De olho no potencial das marcas D2C (direct to customers), a Merama acaba de levantar um série B de U$225 milhões do SoftBank e Advent, para se tornar a holding das marcas nativamente digital.

O modelo de negócio

O modelo de negócio, inspirado pelas gringas Thrasio e Perch, mas tropicalizada para realidade nacional - visto que ambas focam em negócios menores FBA da Amazon enquanto a Merama foca em negócios maiores FBA do Mercado Livre e outros - é simples: Passo 1) fornecer liquidez ao fundador ao comprar a marca (algo mais raro em ecommerces do que em startups)Passo 2) injetar capital financeiro e operacional na empresa (multiplicando o volume de vendas e faturamento) Passo 3) repetir esse processo indefinitivamente e fechar o ano com faturamento de U$100mi

O tamanho da oportunidade

O ecossistema de marcas que criam seus impérios utilizando a infraestrutura de marketplaces (logística, armazenamento, entrega, vendas) tem crescido exponencialmente e está perto de atingir U$2 trilhões.

Os agregadores de marcas digitais se aproveitam do know-how adquirido ao repetir o processo para múltiplas marcas e da economia de escala criada quando uma mesma empresa consegue operar desacoplando custos de receita.

Os investidores, por outro lado, possuem acesso a um tipo de investimento mais seguro, dado a sua previsibilidade e o menor tempo de retorno (2-3 anos). Depois de uma análise rápida, os riscos são baixos mas o upside ilimitado - sem contar que mesmo marcas que não fazem parte de um agregador já estão abrindo IPO nos EUA.

O que rolou Brasil adentro

  • WestWing, um dos maiores ecommerces de produtos para casa & decoração, conclui a compra da Zarpo Viagens, uma agência online de viagens.

  • A3Data, a startup de inteligência artificial e data analytics, vende participação majoritária para a Rede Mater Dei Saúde por R$40 milhões.

  • MDHealth, a edtech de educação médica independente, recebe aporte de R$20milhões

  • ChefsClub, o app que fornece um clube de assinatura para apaixonados por gastronomia, acaba de fechar rodada de R$4.3 milhões

  • Lexos, a startup automação comercial e softwares de gestão, fecha rodada de investimento de valor não declarado.

  • Imóveis-SC, o maior portal imobiliário de Santa Catarina, fecha rodada pré-seed de investimentos e mira expansão

Contra dados não há argumentos

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