💧Nas garras dos robôs

+ copilot com novas funções + nova crise na Deel

Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que existem 6 tipos de conteúdos diferentes que uma empresa pode usar na sua estratégia de social mídia. Confere aqui a sopa de letrinhas composta por FGC, UGC, FUGC, IGC, SCRM e ALN e uma análise do M15 em como as marcas podem aproveitar cada potencial.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Boston Dynamics: tem (muito) robô novo na Hyundai

  • Microsoft: Copilot assumindo o volante

  • Deel: em meio à crise, mais crise

  • EUA: tarifas podem chegar aos semicondutores em breve

Hyundai caiu nas garras dos robôs

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Quatro anos depois de adquirir 80% da Boston Dynamics por US$880 milhões, a Hyundai, montadora sul coreana, está caindo de vez nas garras dos robôs com a compra de “dezenas de milhares” de unidades dos dois principais produtos da BD:

  • O Spot, o "cachorrinho" amarelo, avançou suas habilidades de AI, navegação autônoma e sensores termais e de luz (LiDAR), sendo o novo responsável pela segurança das fábricas - que incluem detecção de fogo, altas temperaturas e portas abertas.

  • O novo Atlas elétrico, o robô que dá mortal para trás, com toda sua versatilidade foi desenhado para atividades “monótonas, sujas e perigosas” como, por exemplo, mover tampas de motor entre containers.

Juntas, as duas fábricas da Hyundai que irão receber os robôs montam mais de meio milhão de carros ano. Assim, a montadora e sua empresa afiliada (Boston Dynamics), se posicionam como uma das líderes do mercado global de humanoides que, segundo a Goldman Sachs, pode ultrapassar US$ 38 bilhões por ano até 2035.

Mas, elas não estão sozinhas nessa corrida:

1) A Figure AI, que já captou US$ 745mi e está em conversas para colocar mais 1.5bi no caixa a um valuation de US$39bi, colocou seus Figure 02 em testes na linha da BMW;

2) A Agility Robotics, que está captando US$400mi a um valuation US$1.7bi, já tem robôs Digit em parceria com a Ford, além de trabalharem na fábrica da Spanx e da Amazon;

3) A Apptronik, que já captou US$431 milhões, está testando seu humanoide Apollo com a Mercedes-Benz (uma das investidoras) e a GXO.

4) A chinesa UBTech já tem robôs Walker trabalhando nas fábricas da Audi e BYD, onde afirmam ter aumentado a eficiência em 120%.

Os chineses também tem surpreendido com os resultados dos robôs da Unitree Robotics.

Para competir com a rápida expansão da China, as principais empresas de robótica dos EUA, incluindo a própria Boston Dynamics, Tesla, e Agility Robotics estão pressionando o governo para ter uma estratégia nacional de robótica.

O argumento central é que enquanto os EUA se destacam em robótica movida por IA, a China está dominando em manufatura e supply chain. A sua principal arma são as dark factories, que operam sem luzes e sem trabalhadores.

P.s.: a Boston Dynamics pode estar se preparando para um IPO.

O que rolou mundo afora

  • Meta: programa de checagem de fatos da empresa é oficialmente encerrado.

  • TikTok e EUA: a novela da rede social na busca forçada de um comprador nos EUA ganha novo capítulo, um delay de mais 75 dias.

  • OpenAI: está em discussões para comprar a startup de dispositivos pessoais e físicos de AI criada por Jony Ive, principal ex-designer do iPhone, e por seu próprio CEO (Sam Altman)

  • Wikipédia: servidores não estão aguentando o volume de acesso de bots de inteligência artificial. Mais um com seus servidores fritando.

  • Midjourney: ganha novo modelo de geração de imagem mais de um ano após última grande atualização.

  • IPOs nos EUA: os pretendentes a abertura de capital (CoreWeave, Klarna e StubHub) postergaram sua intenção dado o momento do mercado.

Em meio à crise, mais crise na Deel

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Em uma treta entre as duas principais HRTechs que envolve espião, chance de prisão aumentar e de IPO diminuir, a Deel agora tem mais um problema: a head de comunicação da empresa decidiu pular fora do navio em chamas.

Elisabeth Diana – que já liderou Instagram e Facebook – fez o anúncio pouco depois do escândalo de espionagem contra a rival Rippling explodir. Vale lembrar: a história envolve acusações sérias, que incluem uso indevido de segredos comerciais e concorrência desleal e muita coisa ainda a ser provada.

Um resumo: o pivô da história é Keith O’Brien, ex-funcionário da Rippling, que confessou ter espionado a empresa a mando da Deel. Isso envolveu canal fake no Slack, contraespionagem e destruição de evidências. Nós cobrimos aqui a bomba que estourou no meio de março.

Todo esse incêndio já começou a causar derretimentos, principalmente o das chances de IPO.

A Deel, avaliada em US$ 12,6 bilhões e investidores de peso como General Catalyst, Andreessen Horowitz, Spark Capital e Y Combinator, sonhava em abrir capital, mas agora, as chances são maiores dos seus fundadores serem afastados da empresa e chances médias de serem afastados do convívio social – vulgo: ir em cana.

Some isso ao fato de o time de gestão de crise estar se desmontando — em um período de crise. O resultado é um caos que afasta investidores e deixa qualquer funcionário inseguro.

Com enredo de 007, o filme ainda não parece ter chegado nem à metade. A Deel nega as acusações e diz que a Rippling estaria apenas “mudando a narrativa” para encobrir supostas violações de sanções russas.

P.s1: segundo o delator O'Brien, as sanções russas também são obra da Deel.

“Prefiro sair”

Um levantamento mostra que 38% das demissões no Brasil são voluntárias — ou seja, muita gente está pedindo pra sair por conta própria.

Nas redes, o tema vem ganhando força com relatos sobre jornadas longas, horários inflexíveis, chefes difíceis e o famigerado 6x1.

Burnout, cansaço ou só vontade de ter vida fora do crachá?

O futuro dos apps é a conversa — e no WhatsApp!

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Um app para cada coisa, ninguém aguentava mais. Aí surgiu uma tendência para resolver isso: migrar para o whatsapp. Quer exemplos?

  • Check-in de voo no app da companhia aérea? Não, Whatsapp.

  • Agendar consultas pelo app do plano de saúde? Não, Whatsapp.

  • Fazer pix pelo app do banco? Não, Whatsapp.

Guilherme Horn (head de mercados estratégicos do próprio Zap) cravou: cada vez mais as interações, que antes dependiam de um aplicativo específico, vão virar conversas diretas. Atendimento, compras, check-in...

Os maiores motivos são a conveniência, personalização e a facilidade de estar onde 99% já está. O grande desafio é transformar interações em resultados, em larga escala..

Se por anos os chatbots foram a solução para este desafio, agora os agentes de IA estão dominando. Para te contar tin-tin por tin-tin o que é esta tendência, a Blip preparou um Guia sobre essa nova onda da Era Conversacional. Clique aqui para acessar!

O que rolou Brasil adentro

  • BYD: traz navio com mais de 5 mil carros antes de reajuste tarifário e irrita indústria automotivvi

  • Stefanini: compra Escala 24x7, americana focada em soluções AWS.

  • Arqia: empresa de IoT é comprada por britânica Wireless Logic.

  • Meituan: empresa chinesa de entregas deve chegar ao Brasil em breve para competir com iFood.

Microsoft entrega volante na mão do copiloto

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Na sexta você leu no Drop que a Microsoft estava completando 50 anos. Hoje você vai ler que a empresa focou parte do seu evento de comemoração para mostrar as novidades do Microsoft Copilot – que tá cada dia mais “Pilot”.

Com novidades no modo de trabalho, o Copilot mostra que a bigtech tá investindo pesado em formas de colocar IA com que você não trabalhar para os usuários. Na prática, o anúncio pode ser resumido em:

  • Memória: o copilot passará a lembrar suas preferências, estilos de escrita e tópicos de interesse.

  • Vision: permite que o assistente veja o que está na sua tela ou câmera, analisando em tempo real documentos, planilhas, apresentações...

  • Actions: assume o volante e faz tarefas online por você: reserva de restaurante, compra de ingresso, evento no calendário. Tudo direto do navegador.

As novidades chegam de forma gradativa: o Vision, por exemplo, aparece já em abril no Android, mas ainda não tem data para o iOS. Para Windows pode ser testado via Copilot Lab. Já o Actions ainda funciona só com alguns sites parceiros, mas a Microsoft promete ampliar esse "super poder" em breve.

No fim das contas, o Copilot tá se tornando aquilo que a Microsoft vem prometendo há um tempo: um assistente de verdade, que lembra de você, vê o que você precisa e resolve coisas sem te encher de perguntas. Ele também mostra que, mesmo com 50 anos e um transatlâtico para pilotar, a Microsoft de Satya Nadella continua reagindo rápido ao mercado.

Tarifas no Silício e mudanças na cadeia tech global

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As tarifas globais aplicadas pelos EUA, supostamente calculadas com o ChatGPT, fizeram o mercado tech sangrar na semana passada, com a Apple perdendo $300 bilhões em valor de mercado.. Mas, se engana quem pensa que o jogo acabou:

Novos setores devem entrar na roda — um deles, bem sensível para qualquer Dropper: Os chips.

No início do ano, Trump chegou a ameaçar tarifas de até 100% sobre semicondutores de Taiwan, mas a conversa deu uma esfriada depois que a TSMC anunciou um investimento de US$ 100 bilhões nos EUA. Agora, o clima voltou a esquentar.

Os EUA já aplicam tarifas entre 20% e 32% sobre equipamentos utilizados na fabricação de chips, o que acaba encarecendo o negócio para os próprios fabricantes americanos. Para "equilibrar" o jogo, a nova cartada seria taxar os chips prontos que chegam de fora.

O problema? Se isso for pra cima de todos os chips estrangeiros, vai atingir em cheio todas as gigantes americanas, inclusive parceiros de Trump.

Cálculos feitos pelo Tom’s Hardware mostram que uma tarifa de 25% sobre um GPU de IA da Nvidia para equipar a infraestrutura da xAI de Musk pode ter um impacto de mais de US$ 3 bilhões, somente pela taxação da importação.

Mesmo nos produtos mais baratos, o impacto será sentido — isso se o aumento não for absorvido pela fabricante (spoiler: não vai). Em resumo: a tarifa ainda não está 100% definida, mas se vier pesada e abrangente, pode encarecer tudo, de IA de ponta a notebook de entrada.

Contra dados não há argumentos

O sonho das tarifas de Trump é trazer a fabricação de alta tecnologia para os EUA, mas o tiro pode sair pela culatra. Um exemplo é o iPhone: a principal fonte de renda da Apple é um quebra-cabeça global, com componentes originários de todo o mundo (mainly China).

Mover apenas o processo de montagem para os EUA? Não é barato e definitivamente não é fácil. Uma outra alternativa considerada pela Apple envolve o Brasil, que pode ser o local escolhido para montar o iPhone e driblar problemas tarifários.

Sem tarifa, mas com reciprocidade

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