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💧 LinkedIn dos Influencers é do Mr Beast

+ Time de futebol virando fintech + a treta do Wordpress continua

Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que em 1958, a Burma-Shave (uma marca de cremes de barbear) ofereceu uma “viagem gratuita a Marte” para quem fosse capaz de enviar 900 potes vazios. O gerente de uma mercearia entendeu literalmente e recolheu todos os 900. Para se salvar, a Burma-Shave enviou-o, totalmente vestido de astronauta, para Moers, na Alemanha (que tinha uma pronúncia parecida com Marte em inglês, Mars).

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • O novo capítulo do drama WordPress e WP Engine

  • Mr Beast compra o LinkedIn dos influencers

  • Os bancos entrando em campo de futebol

  • A venda limpa da ClearSale para o Serasa

O novo capítulo do drama WordPress e WP Engine

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O drama do Wordpress envolvendo seus produtos open-source, suas fundações sem fins lucrativos, as empresas com muitos fins lucrativos, as marcas registradas e licenças parece não ter fim, e acaba de ganhar um novo capítulo e novos personagens:

Recapitulando: o founder do WordPress está acusando a empresa WP Engine de ludibriar seus usuários através do seu nome e ganhar milhões sem nunca ter pago um centavo de licenciamento. A primeira tentativa foi um acordo jurídico, que evoluiu para uma treta pública e culminou no WordPress tomando a medida drástica de proibir o WP Engine de usar os recursos necessários para atender seus clientes e, claro, resultou em outro processo.

Os mais novos personagens a entrar na batalha foram:

  • Silver Lake: é a firma de private equity que comprou uma fatia majoritária da WP Engine em 2018 por U$250 milhões e ganhou 3 cadeiras no conselho. Com +$100bi de ativos sob gestão, é seguro dizer que a Silver Lake tem um exército jurídico à sua disposição e entrou no campo de batalha com o porta-voz dizendo “Este é um caso sobre abuso de poder, extorsão e ganância”.

  • Funcionários do WordPress: que discordaram do posicionamento do CEO receberam uma oferta chamada "Alignment" — U$30k ou seis meses de salário para quem renunciar. O acordo foi aceito por 159 funcionários, cerca de 8,4% do quadro de funcionários que resultará numa continha de quase U$5mi para Matt Mullenweg.

Se você não é funcionário do WordPress e não recebeu uma oferta de R$150k para renunciar, mas é cliente enterprise e quer proteger seus ativos digitais de uma treta entre bilionários, além de evoluir as experiências digitais do seu website, a Acquia está oferecendo consultoria gratuita para você avaliar migração para o Drupal clicando aqui.

Mr Beast, o dono do LinkedIn dos influencers

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O maior Youtuber do mundo tem um novo hobby: tech founder. Mr. Beast acaba de alocar parte do seu império de conteúdo de U$700mi para adquirir a startup que quer ser o LinkedIn dos criadores de conteúdo, a Vouch.

A startup permite que influencers usuários criem seus perfis, listem suas habilidades, marcas e projetos que trabalharam no passado e, claro, troquem mensagens entre si. A plataforma também lista oportunidades em aberto, usa IA para fazer indicações e o realiza o match entre marca e criador (#mandajobs).

Esta não é a primeira empreitada no mundo tech. No início deste ano, Mr. Beast já havia lançado o ViewStats, seu SaaS de Analytics para Youtubers.

Após enfrentar desafios com seus hamburgueres e chocolates (problemas de logística e fornecedor, críticas sobre propaganda de junk food para sua massiva audiência infantil), o youtuber "pivotou" e está usando seus conhecimentos e alcance para empreender em um setor com margens maiores.

Com a Creator Economy se tornando uma indústria de U$250 bilhões e projetando chegar aos U$480 bilhões em 2027, a jogada estratégica de Mr Beast é trazer parte da sua multidão de 318 milhões de assinantes nos terrenos alugados (Youtube) para o seu próprio terreno (Vouch), onde ele terá controle dos algoritmos e propriedade absoluta dos dados.

Ps1: Um documento interno de como o Mr. Beast contrata e treina outros criadores de conteúdo “caiu na net” semanas atrás, nós resumimos as 32 páginas aqui.

Ps2: ele também revelou seus planos de continuar publicando vídeos no Youtube mesmo após sua morte. Já são ~15 vídeos gravados e devem ser publicados uma vez por mês.

O que rolou mundo afora

  • União Européia: recebeu uma queixa da organização de proteção ao consumidor contra as empresas de games Roblox, Epic, Activision, Ubisoft, Supercell e Mojang por "táticas de gastos manipulativos".

  • Google: está lançando anúncios no painel "visões gerais de IA". Agora, os resumos gerados por IA no mecanismo de busca virão com ads de produtos.

  • Thomson Reuters: concordou em vender a vertical de notícias e serviços jurídicos, FindLaw, para a Internet Brands.

  • Emirados Árabes Unidos: removeram impostos para transações cripto se posicionando como "cripto-friendly"

Os bancos entrando em campo de futebol

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Futebol é a paixão nacional dos CPFs. Já a paixão nacional dos CNPJs são as fintechs. A soma das duas paixões é alguns dos principais times de futebol do Brasil abrindo suas próprias fintechs.

  • Palmeiras: que é a quarta maior torcida do país, com 15 milhões de torcedores, se juntou a Pefisa, braço financeiro da Pernambucanas para lançar o Palmeiras Pay, que oferece serviços financeiros como investimentos, conta-corrente, cartões de crédito e débito e seguros.
    Desde o lançamento, o app já movimentou ~R$1.1bi em compras, emitiu 15k apólices de seguro e entregou 660k cartões de crédito.

  • Flamengo: que é a maior torcida do país, com ~43 milhões de torcedores, se juntou ao BRB (Banco de Brasília) para lançar o Nação Fla, um banco digital com um super app para clientes de alta renda e oferece todas funcionalidades do relacionamento bancário, incluindo cartão de crédito, e já chegou aos 3.5 milhões de clientes rubro-negro.

  • Corinthians, Atlético Mineiro e Vasco: escolheram o Banco BMG como seu parceiro oficial e lançaram seus apps de serviço financeiro que destinam 50% do lucro arrecadado para o próprio time.

Um estudo recente mostrou que 9 a cada 10 brasileiros torce para algum time de futebol. Ao se apoiar na paixão dos brasileiros pelo futebol — e depois de perder boa parte do espaço principal na camisa para as bets — os bancos tradicionais encontraram a capilaridade que precisavam para concorrer com a facilidade e agilidade oferecidas pelos neo-banks como Nubank e XP. O desafio agora é o mesmo que todo banco: a principialidade.

O que rolou Brasil adentro

  • *Vai rolar o Select Experience: um evento que fala a língua do dev sênior. Um evento de apenas 250 vagas para você estar perto de líderes como Nubank, PicPay, Mercado Livre. Check it out com R$200 de desconto. 

  • Kapitale, a fintech de adiantamento de recebíveis do cartão de crédito, capta R$50mi em FDIC.

  • Sebrae-SP capta R$20mi com as gestoras Triaxis Capital e Crescera Capital para investir em 35 startups pelo Fundo Criatec 4 ASG.

  • X pagou o valor restante da multa do STF para voltar a operar no país, mas o valor foi depositado na conta errada e a decisão acabou adiada.

*Conteúdo patrocinado

E a IA no Varejo?

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A IA é a promessa para os exames do varejo saírem do vermelho, mas para quem ainda não está vacinado, nós temos a injeção matinal de inovação necessária - o Techstraordinary Minds 2: Retail  + AI.

Dia 16/10, às 8h30, um encontro com líderes sobre tecnologias que revolucionam a cultura do consumo e cases de IA na prática. Inscreva-se aqui!

A venda limpa da ClearSale para o Serasa

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A novela entre o maior player nacional de análise de crédito, o Serasa Experian e a maior empresa de prevenção de fraudes online do país, a ClearSale, finalmente chegou ao fim com um final feliz para quase todos e com a Serasa pagando R$2 bilhões pela startup.

  • Serasa: possui +60% de marketshare no setor de análise de crédito e um valuation de R$35bi na bolsa de Londres. A empresa vem usando e abusando da estratégia de M&As, concluindo 14 aquisições nos últimos 4 anos.

  • ClearSale: atende 10 dos 10 maiores ecommerces do Brasil e 7 das 10 maiores instituições financeiras com seus produtos de prevenção de fraudes e análise do comportamento dos consumidores.

A ClearSale fez IPO em 2021, quando encheu o caixa com +R$700mi ao ser avaliada em R$4,7 bilhões. Desde então, sua jornada na bolsa de valores tem sido uma espiral descendente, com o preço das ações caindo ~90%. O valor pago pelo Serasa representa um prêmio de ~23% em relação ao preço de tela das ações.

Para receber o pagamento, a ClearSale terá 3 opções:
1) receber em dinheiro no valor de R$10,56 por ação.
2) receber em ações ligadas à ação da Experian na bolsa de Londres.
3) um misto em dinheiro e ações e mais alguns pagamentos caso metas sejam batidas

Independente de qual opção seja escolhida, quem sai feliz é o founder Pedro Chiamulera, que era dono de 35,3% do capital da startup e pode se tornar o maior acionista individual (CPF) da Experian e ainda receberá R$100mi para não exercer a mesma atividade em outra empresa (non-compete).

Contra dados não há argumentos

Stats relevante

98,4% dos CPFs dos Brasileiros estão mapeados pelos sistemas da ClearSale

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