💧 Metaverse

O metaverso e os seus principais players B2B e B2C, o que rolou mundo a fora e também Brasil a dentro...

Morning, Dropers!

Não beba e compre! Depois do (in)sucesso dos bebados realizando compras online, o trend da vez é fazer investimentos sob o efeito do álcool. Segundo uma pesquisa da MagnifyMoney, mais da metade dos investidores da geração Z comprou ou vendeu ações depois de uns goles e - para o desfavor da reputação dos millennials - 1/3 destes choraram durante o processo. #cringe

Na edição de hoje:

Metaverso: o sci-fi da vida real!

metaverse, NTFs, universo online

“A hiper-inflação criada pela impressão desenfreada de dinheiro destruiu o valor do dolar, o governo concedeu maior parte do poder e do controle a organizações privadas e empreendedores, a população começa a usar moedas digitais e avatars e o universo online se torna uma realidade com compra e venda de imóveis, roupas, meios de transporte, interações e classes sociais. Um vendedor de pizza no offline, é um príncipe samurai no Metaverso”

A passagem acima não veio da capa do Estadão desta semana, mas sim do romance Snow Crash, escrito em 1992 por Neal Stephenson (que hoje trabalha na Magic Leap). Trinta anos depois e o que parecia uma ilusão beirando a insanidade, poderia muito bem ser confundido com a coluna de atualidades de um jornal.

Off <> On

No centro da criação (e migração) da economia e universo digital, ou Metaverso, estão os NTFs, os óculos de realidade virtual, os games mas também os escritórios. A pergunta que fica é: pra que tudo isso? Como as economias tradicionais não foram criadas considerando o potencial da internet, os limites ficam cada vez mais evidentes:

  • Acesso: aproximadamente 1.7 bilhões de adultos ainda não possuem uma conta bancária, os impedindo de participar de alguns pilares essenciais como começar um negócio, financiar um projeto, etc…

  • Ineficiência: taxas, juros e os custos das transações também criam divisas e dificultam o acesso e prosperação, principalmente em países subdesenvolvidos.

  • Estruturas: a complexidade do sistema financeiro e da forma de operar dos bancos. O controle centralizado de governos e a dependência da saúde financeira global nas mãos de poucas pessoas/instituições não necessariamente transparentes.

B2C

Somente em 2020, gamers gastaram U$54 bilhões nos ambientes virtuais (Farmville, Fortnite, Candy Crush e outros) - um valor maior do que o gerado pela indústria do cinema em 2019. Como um bom universo digital, a sua moeda também é. Os tokens (fungíveis ou não-fungíveis), são nativamente digitais, programáveis, escritos em códigos e baseados em blockchains e seu principal uso é a troca de bens, reserva de valor e para tomada de decisões coletivas.

A Roblox ($RBLX), se definem como “os pastoreiros do metaverso” e fez um IPO em fevereiro com um valuation de U$48bi. A startup vive na intersecção entre games, criação e rede social. Ou seja, permite que os criadores utilizem suas ferramentas para criarem seus próprios games, avatares, roupas e interagirem com outros players em um formato social. É como montar um LEGO, só que o resultado final é um game, e os desenvolvedores ficam com 70% dos ‘Robux’, a moeda virtual do ecossistema, ganhas de acordo com o sucesso/uso das criações. Essa bolsa da Gucci, por exemplo, teve sua versão online vendida por $4,115, enquanto sua versão offline custa $3400

Decentraland, é outro candidato visando criar o próprio metaverso. A diferença entre os dois é em como os próprios metaversos são governados. Enquanto o primeiro toma as rédeas das decisões internamente, a segunda entrega o poder de decisão (econômicas, moderação, e até manutenções dos servidores) aos próprios “cidadãos”.

A Yield Guild Games (YGC), que acabou de captar U$4.6mi da a16z, é mais um player do metaverso, é construído em cima do conceito Play-to-earn - onde a maior parte do valor gerado é retido pelos próprios jogadores, ao invés das plataformas de games.

B2B

Mark Zuckerberg, em duas apresentações de resultados do Facebook, mostrou sua convicção de que o Metaverso seja o futuro não apenas da sua rede social, mas da internet como um todo e, na semana passada, deu o primeiro passo nessa direção com o lançamento do Horizon Workrooms. Usando um par de Oculus Quest, ao invés de olhar para uma tela, você vivencia a experiência dentro dela. Apesar das aplicações quase infinitas, o foco inicial do Zuck foi no mundo corporativo. Leia-se, cada coworker com seu avatar na mesma sala de reunião.

Satya Nadella não ficou para trás e lançou o Microsoft-Mesh, uma iniciativa com hologramas e avatares 3D também direcionado ao ambiente corporativo - já que ninguém quer voltar ao escritório físico, melhor trazê-los ao escritório virtual.

Sundar Pichai, do Google, também colocou no ar o Project Starline usando a tagline “Sinta-se como se você estivesse lá, juntos”.

Ainda ta confuso sobre o que é e o potencial do Metaverso? Então fique um pouquinho mais depois de assistir esse video promo do Discord estreiando o Denny DeVito e Awkwafina.

O que rolou mundo a fora

  • SoftBank: o fundo sem fundo, vendeu U$14bi de suas posições nas giga-techs: Facebook, Microsoft, Google, Uber e Doordash

  • Facebook: recebe um novo processo antitruste da FTC (federal trade commission) que visa desmembrar a família de apps (messenger, whatsapp, instagram) em múltiplas empresas ao mesmo tempo que lança um reporte detalhando a transparência de seus conteúdos

  • T-Mobile: uma das maiores operadoras telefônicas dos EUA, tem dados de 53 milhões de usuários vazados em ataque hacker.

  • China: aprova nova diretrizes da lei de segurança de dados pessoas para empresas tech do país.

  • ThoughtWorks: a gigante das consultorias tech aplica para abrir IPO nos EUA

O que rolou Brasil a dentro

  • MaxMilhas, a startup que faz o meio de campo entre as milhas e as passagens aéreas, faz sua primeira aquisição, a LanceHotéis, uma startup que permite negociação e agendamento com ~1milhão de hotéis e pousadas.

  • VidaVeg, a foodtech produzindo vegana produzindo alimentos a base de plantas, recebe aporte de R$18mi da X8.

  • MVictor, a startup que oferece a terceirização do departamento financeiro de startups, levanta rodada anjo de R$300k.

  • RoutEasy, a logtech que oferece uma plataforma de roteirização e gestão de entregas (last miles), recebe aporte de R$5.8mi do fundo UVC, o braço de venture do Grupo Ultra.

  • BlackDragons, a startup dos times de e-Sports, busca rodada de investimentos nos EUA com valuation de R$15-25mi.

  • Dialog, a RHTech que oferece uma plataforma de comunicação corporativa destinada a PMEs, está para completar rodada antecipada de R$4mi.

Contra dados não há argumentos

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