Bom dia droppers - tanto aqueles que emendaram o primeiro de quatro feriados que caem em uma quinta-feira neste segundo semestre, quanto os que estão com a mão na massa passando um café.

Hoje eu aprendi: que o maior PIX já realizado foi de R$1.2 bilhões, em dezembro do ano passado. Em média, os PIX são de R$247, sendo que 93% das operações são abaixo de R$200.

Techdrop é a newsletter sobre tecnologia e negócios que te explica o que mais relevante tá rolando no mundo tech - inclusive na emenda de feriado.

Prime Vision: o videogame da vida real

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Esqueça assistir seu jogo de futebol na globo às 16h de domingo, a nova casa das transmissões de jogos ao vivo será o streaming. Esqueça também a experiência estática que você está acostumado a assistir TV.

Se antes os vídeos-games estavam ficando cada vez mais parecidos com a vida real. Agora, a vida real vai ficar cada vez mais parecida com os video-games. Os streamings querem tornar sua tela interativa, customizável e inteligente.

A Amazon é quem está puxando a fila com o lançamento do Prime Vision, seu segundo serviço de streaming, que vem equipado com funcionalidade de IA e uma programação de jogos ao vivo (futebol, futebol americano, baseball, tenis).

• Interatividade: as funcionalidades de IA darão mais controle ao telespectador, que terá mais estatísticas do jogo, mais projeções virtuais, alertas de defesa, mapeamento de jogadas, possíveis estratégias e +15 funcionalidades para brincar.

• Esportes ao Vivo: atingem uma fan-base possivelmente diferente dos cinéfilos viciados em filmes e séries. Além disto, apesar do custo dos direitos de transmissão, não possuem custo de produção tão elevado, além de fugir do risco de insucesso de um novo lançamento (ou da greve dos roteiristas).

Para treinar o modelo de inteligência artificial, a Amazon utilizou +35k jogadas da última temporada da NFL. Por enquanto, a funcionalidade só estará disponível para futebol americano, porém, já estão se perguntando o que pode ser feito com vídeos de comida, com músicas, com compras…

Como quase toda bigtech e praticamente toda grande mediatech tem seu próprio serviço de streaming, a busca por diferenciais se acirrou. A Apple TV+ não usou inteligência artificial - ainda - mas usou o Messi. No dia de estréia do jogador no Miami, o season pass da MLS chegou a 110k novos assinantes (vs 6k do dia anterior) e os assinantes da Apple TV+ subiram em quase 100k no último mês.

O que rolou mundo afora

• Spotify está removendo os podcasts whitenoise do programa de Ambassador Ads. Nós cantamos a bola, hein!

• Airbnbs da cidade de Nova York precisarão de registro e permissão para operar, além de comprovarem que moram no imóvel e limitarem a estadia a 2 hóspedes por vez.

• Duolingo e sua coruja verde bullynadora lançaram o Duolingo Music - agora é possível aprender piano e bateria pelo app.

Kopenhagen de casa nova!

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A Lindt se interessou. a Cacau Show considerou. Mas quem realmente pagou a conta foi a Nestlé, que está adquirindo a famosa fabricante de chocolates brasileira Kopenhagen e Chocolates Brasil Cacau (Grupo CRM).

Uma pitada de história: apesar do nome, a empresa não é Dinamarquesa. Foi criada no Brasil, por um casal de imigrantes da Letônica, em 1928. Ao longo dos quase 100 anos de vida, passou pela mão de empresários da família Moraes do grupo CRM, pela private equities Advent e, usando o modelo de franquias, chegou a +600 lojas Kopenhagen e +400 lojas Chocolates Brasil Cacau em todo o Brasil, gerando um EBTIDA de +R$200mi.

Um pouquinho de contexto: segundo fontes, o deal deve atingir entre R$3-4,5 bilhões, um múltiplo de 12-20x o EBTIDA e inclui tanto a Kopenhagen quanto a Brasil Cacau.

• A Advent: que fez o que um Private Equity faz de melhor, aumentou margem de lucro, abriu novas avenidas de crescimento, injetou capital e cresceu o EBTIDA em +60% numa janela de dois anos. Depois da façanha, seguindo a bíblia dos PEs, tinha agora duas opções: IPO ou Exit.

• A Nestlé: também conhecida como o monopólio do açúcar, já é dona de +2k marcas ao redor do mundo, 57 marcas nacionais, além do direito de comercialização de outras 16. É quase impossível ir ao mercado e não colocar algo da Nestlé no carrinho (KitKat, Nescafé, Milo, Nestea, Nesquik, Maggi, Herta, Purina, Nespresso).

Com o acordo, a maior empresa de bens de consumo em rápida evolução do mundo, com 34,9% de marketshare global e faturamento anual acima dos R$500 bilhões, terá acesso direto a um público classe A e B no Brasil com quase 1k lojas distribuídas em território nacional, além da sinergia entre as marcas e potenciais redução de custos.

O que rolou Brasil adentro

• Staart, plataforma de formação em tecnologia que fazia parte do Grupo Primo, passa por fusão com a edtech Devaria.

• 123 Milhas, demitiu 18% do quadro de funcionários (82 colaboradores), enquanto tenta se ajustar em meio a crise.

• Azos, insurtech de seguros de vida, fechou um acordo com a 4Equity, que troca midia por equity. os valores não foram divulgados.

O Googlopólio vai a corte…

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Em seu livro de Zero a Um, o escritor/investidor Peter Thiel defende a sua tese de investimentos de alocar capital para empresas com potencial de se tornarem monopólios em suas indústrias - e que isso é tão bom para o negócio quanto é para a sociedade.

Seguindo este lema, as big techs passaram os últimos 25 anos ganhando marketshare (copiando, comprando ou sufocando a concorrência) livre de pressão do governo. A última a ter responder formalmente uma acusação de monópolio foi a Microsoft em 1998. Durante este tempo:

Meta dominou social,
Apple dominou os smartphones,
Amazon dominou ecommerce, mas foi o…
Google, que dominou o search, a ser o primeiro a cair nas garras da justiça..

O caso é fundamentado na questão de saber se o Google consolidou ilegalmente o seu domínio e esmagou a concorrência ao pagar à Apple e a outras empresas para tornar o seu motor de busca o padrão no iPhone, bem como em outros dispositivos e plataformas.

São +150 pessoas envolvidas no processo, +3 escritórios de advocacia, +5 milhões de páginas de documentos e +$10 milhões gastos em lobbying envolvidos em um processo contra a gigante de +R$8 trilhões.

A depender do resultado final, o julgamento pode abrir um precedente que muda o padrão operacional da indústria tech, não apenas forçando as bigtechs a operarem de forma ramificada como também alterando as práticas de M&As.

Contra dados não há argumentos

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