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- 💧 $NU - o maior banco do Brasil.
💧 $NU - o maior banco do Brasil.
O branding e a estratégia por trás do valuation astronomico do bando dos sem bancos. A startup vegana que bota a pele no jogo. O que rolou Brasil adentro e mundo afora.
Morning, Dropers!
O topo do topo da pirâmide ficou 1% mais rico este ano. Segundo a World Inequality Report 2022, os top 0.01% são donos de 11% de toda riqueza global. Para entrar na lista dos 520k ricaços, você precisa ter pelo menos $19 milhões.
Enquanto não estamos na lista, bora ficar por dentro:
IPO do Nu - o banco dos sem banco!
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Ao abrir capital na bolsa de valores americana NYSE, atingiu um valuation de U$41.5 bilhões e se tornou o banco mais valioso de toda a América Latina e uma das maiores fintechs do mundo!
A estreia rolou em meio a um trimestre nebuloso para as fintechs brazucas:
Banco Inter: -55% desde julho;
Stone: -69% desde agosto;
PagSeguro: -52% este ano;
Para os investidores institucionais: o roxinho não saiu imune à desvalorização, e teve a faixa indicativa de preço das ações em 20%, atingindo o topo da faixa indicativa em $9. Mesmo assim, a empresa conseguiu captar U$2.8 bilhões na oferta
Os investidores institucionais que fizeram parte, são basicamente o hall da fama do venture capital no mundo: softbank, sequoia, tiger global, gragoneer, morgan stanley, jp morgan, tcv, sands capital, counterpoint - nenhum sujeito a lockup.
Para os investidores meros mortais: no primeiro dia como empresa pública, apesar da ressaca das fintechs, as ações valorizaram 30%, sendo negociadas a $11.73 e, neste patamar, a empresa já vale mais que $50 bilhõe (que era a sua ambição inicial).
Apesar de ainda operar no negativo (com prejuízo de R$528milhões este ano), o Nubank conseguiu sair do IPO valendo mais que o Itaú (37bi) e Bradesco (33bi) - ambos com lucro de R$27 bilhões cada.
Estratégia + Branding:
A missão do Nu é ser o “banco dos sem banco”. Um nicho que representa ~12% da população acima dos 16 anos, ou 34 milhões de brasileiros. Hoje o Nu conta com 48.1 milhões de clientes, sendo que 73% são ativos (pelo menos 1 transação nos últimos 30 dias). Para chegar lá, a estratégia foi se diferenciar:
abrir conta de banco no BR sempre foi uma experiência catastrófica - o Nu faz isso em poucos minutos pelo celular
receber atendimento ou tirar dúvidas sempre envolveu filas e decepções - o Nu foi coroado com o prêmio reclame aqui pelo atendimento de excelência
as anuidades e taxas sombrias sempre foram motivo de medo - o Nu zerou a anuidade e trouxe faturas claras e fáceis de serem entendidas
Como o preço de empresas na bolsa é calculado em cima da promessa de crescimento futuro, a próxima missão do Nu é repetir a fórmula que deu certo no Brasil, expandindo para outros países da américa latina e do mundo. Atualmente, 98% dos clientes estão em terras nacionais mas, caso consiga expandir com o mesmo sucesso nos nossos vizinhos (México, Colômbia, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai), onde 65% da população ainda não tem conta, o terreno é muito fértil.
O que rolou mundo afora
Apple: crescer na China sem o apoio do governo é uma missão impossível, mas a Apple conseguiu - agora, uma investigação revela que Tim Cook fechou um acordo de $275bi e algumas concessões com as autoridades chineses para que isso acontecesse.
OpenSea: o marketplace de NFTs que surfou o tsunami de novos investidores este ano (+6,000%), contrata o CFO da Lyft para um possível IPO.
AWS: vertical de cloud da Amazon, ficou fora do ar e levou consigo alguns players como Disney+, Netflix, Coinbase e até o iFood por quase 9 horas!
Wikipedia: está estreiando no mundo dos NFTs. A primeira publicação da página, que aconteceu em Jan 2001, dizendo “Hello world” será leiloada.
Instagram: anunciou medidas para proteção dos jovens que incluem mensagens de “de um tempo", proibição de tag e menções de quem não te seguem, controle de pais sobre a navegação dos filhos.
Workplace: ferramenta corp da Meta - rival do Slack (Salesforce) e do Teams (Microsoft) - atingiu a marca de 7 milhões de users.
Google: lançou ontem o relatório de palavras mais buscadas do ano no Brasil. “Marília Mendonça” ocupou a primeira posição, “Cringe” no topo das busca d’o que é, e “Olimpiadas 2021” entre os acontecimentos - lista completa.
Quando Vegan e Business se misturam…
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O mercado de produtos veganos (a base de plantas), apesar de ainda pequeno, é um dos que mais cresce. Atualmente, sejam carnes vegetais, laticínios ou outros, o mercado atingiu a cifra de $29.4 bi no ano passado. Mas, a projeção é que esse número chegue a $162 bi na próxima década - um crescimento de 451%.
O mercado de investimentos via crowdfunding (a vaquinha virtual ou investimento coletivo) também tem ganhado o seu espaço como alternativa ao tradicional venture capital. Plataformas como a Kria, a CapTable e outras têm ganhado espaço no Brasil. Com um crescimento anual médio de 13%, o mercado deve atingir $196bi globalmente em 2025.
E foi navegando entre esses dois mundos, vegan + crowdfunding, que o time de fundadores de Vegan Business acaba de captar um seed round de R$1.7mi para democratizar o acesso a investidores e a projetos veganos.
O diferencial do negócio não é ser apenas um hub para aportes mas sim cobrir o ecossistema inteiro:
content: atualmente o site já é um dos principais portais de conteúdo vegano nacionais
skin in the game: a própria empresa irá co-investir nos projetos que abrirem financiamento
side by side: além da grana, fornecem suporte técnico, consultoria, apoio e conexões aos empreendedores.
Diferente do consenso, o mercado de produtos veganos não é, obrigatoriamente, somente para veganos. Segundo o IBOPE, ~10% da população brasileira se considera vegana (um crescimento de 75% desde 2021) mas, o mais impressionante é que, 55% diz que estaria mais propenso a consumir um produto caso ele fosse vegano.
O que rolou Brasil adentro
Suprevida: o hub de saúde que fornece conteúdo, vende remédios, conecta fornecedores com compradores e mais, fechou uma rodada de R$4mi via plataforma de crowdfunding Kria.
StarkBank: o banco digital PJ focado em contas enterprise (grandes empresas) captou R$74 milhões em rodada liderada por Lachy Groom.
Velo: a startup de Bluemenau oferecendo fiança digital e seguro garantia, é adquirida pela Quinto Andar.
Newlentes: a startup brasileira DTC de lentes de contato coloridas e com grau é adquirida pela LentesPlus, que levantou R$46mi para entrar no mercado nacional.
Hangarar: a startup aeronautica que conecta pilotos de aviões a serviços aeronáuticos, capta R$1.1 da GVAngels.
Comunica.In: a hrtech que humaniza a relação entre empresas e colaboradores, capta um seed round de R$10mi liderado pela Valor Capital.
Agger: a insurtech que ajuda corretoras de seguros a encontrar melhores planos para seus clientes, é comprada pelo fundo de investimentos Arco Capital.
Contra dados não há argumentos
Porcentagem da população e das empresas ainda sem uma conta bancária por região.
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