💧 Nubank's IPO

O maior IPO do Brasil: Nubank F1, O que rolou mundo afora (NASA, McDonald's, Zillow), $SQUID: do céu ao inferno em 5 minutos, o que rolou Brasil adentro (Lincros, Zenvia & SenseData, Loft, SalesFarm)

Dia, Dropers!

Se depois do feriado prolongado você aproveitou para pedir um Ifood ontem, você provavelmente se deparou com alguns restaurantes com o nome “Lula Ladrão” ou “Vacina Mata". Segundo o Ifood, uma empresa terceirizada com permissão para edição de restaurantes fez o estrago em até 6% dos estabelecimentos - mas garantem que nenhum dado foi vazado.

Na edição de hoje:

O maior IPO do Brasil: Nubank F1

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O roxinho com a missão de “lutar contra a complexidade e empoderar o povo” está virando gente grande e acabou de preencher o seu F1, o formulário que empresas que irão abrir capital são obrigadas a enviar.

Nubank planeja captar U$16.8bil durante o IPO em cima de um valuation de U$50.6bi - o que o tornaria a instituição financeira mais valiosa do pais. Para efeitos de comparação, o Itaú vale U$39bi e o Bradesco U$33bi.

  • Tamanho: São 48.1 milhões de usuários com uma conta ou cartão Nubank.

  • Crescimento: atualmente adicionando 2.1milhões de novos usuários todo mês.

  • Volume: de transações acumulou $29.4bi nos primeiros nove meses do ano e $8.1bi em depósitos ($168 por cliente).

  • Retenção: 73% das contas são ativas mensalmente (MAU), o melhor entre todos bancos e fintechs do mundo.

  • Estratégia: são a primeira conta bancária ou cartão de crédito de 50% dos clientes e já possuem 28% da população brasileira com +15 anos.

  • Satisfação: o NPS (net promoter score) é o mais alto das américas com 90+.

  • Churn: 0.06% mensal nos voluntários e 0.07% nos involuntários, totalizando 1.56%/ano.

  • Métricas: o CAC (custo de aquisição de clientes) é de $5, o ARPAC (receita média por cliente ativo) é de $23-24, o LTV/CAC (life-time-value) é de 30x. O Nubank gasta $0.8 para servir um cliente que gera $4.1 de retorno médio.

O mercado Latam, onde o Nubank atua com presença no Brasil, México e Colômbia, é um terreno fértil para disrupção com 650 milhões de pessoas e um GDP de 4.5 trilhões. Somente no Brasil, 30% da população não tem conta bancária, no México esse número chega a 55% e na Colômbia 64% - são basicamente 164 milhões de adultos sem conta.A penetração de cartões de crédito no Brasil, Colômbia e México é de 27%, 13% e 9.5% respectivamente. A fins comparativos, os EUA e UK possuem 65%.

Seguindo firme na sua cultura de empoderamento e foco na educação e acesso financeiro da população, o Nubank criou um programa para que os clientes possam se tornar sócios do banco, o NúSócio, por meio das BDRs.

O que rolou mundo afora

  • NASA: astronautas a bordo da ISS (International Space Station), plantaram pimenta e fizeram um “taco espacial”.

  • McDonald's: está aproveitando o momento e lançando uma série de NFTs para celebrar o aniversário do McRib.

  • Zillow: o marketplace de compra e venda de casas e apartamentos que também tinha uma divisão que comprava imóveis, anuncia fechamento da divisão e demissão de 25% da força de trabalho depois de desapontar nos resultados.

$SQUID: do céu ao inferno em 5 minutos

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Que o Squid Games tinha batido vários recordes da Netflix a gente já sabia. O que talvez ninguém esperava eram os efeitos colaterais do sucesso:

  • A marca de tênis Vans, utilizada durante a temporada, viu as vendas crescerem em 7.800%.

  • O app para aprender idiomas Duolingo, viu os signups para aulas de Coreano aumentarem em 76%.

  • A atriz Jung Ho-Yeon (a desertora da Coreia do Norte, número 67), saiu de 400k seguidores no instagram para 19 milhões.

  • O macacão verde e vermelho usado pelos jogadores já é a fantasia mais buscada e mais comprada do Halloween este ano na Amazon.

O show foi tão assistido que a Netflix chegou a ser processada por uma provedora de internet coreana pelo aumento da demanda de banda larga. Mas, por mais impressionante que sejam estes impactos, nenhum chega aos pés da cripto moeda $SQUID:

  1. Na última quinta-feira a cripto moeda $SQUID foi lançada sob o argumento que o dinheiro dos tokens seriam usados para o desenvolvimento de um game online que refletiria os jogos do seriado;

  2. O preço do token saiu de $0.01 para $4.42 em 3 dias e vários portais, revistas e jornais de credibilidade cobriram o lançamento;

  3. Conforme mais pessoas investiram nos tokens, também perceberam que não era possível vendê-los e foram obrigados a segurá-los até que o preço chegou a $2.861;

  4. Cinco minutos depois de atingir este pico, o valor dos tokens caiu 99% para basicamente nada ($0.0007), os perfis nas redes sociais bem como o site da moeda desapareceram.

Se você tivesse investido $1milhão no token há poucos dias atrás, atualmente você não conseguiria comprar um McLanche Feliz. O episódio foi um prato cheio para os Bears caírem matando em cima do universo cripto, apesar do BTC, ETH e SOL terem todos chegos a altas históricas esta semana.

Bear ou Bull, o universo das cripto-moedas ainda tem um longo caminho de educação de mercado pela frente. Apesar da promissora tecnologia e conceito por trás, grande parte dos entrantes ainda está no jogo pela valorização e não pelo potencial de aplicação - além de que, a usabilidade e UI/UX estão longe de serem “user-friendly”.

O que rolou Brasil adentro

  • Lincros, uma startup de software voltado para logística sediada em Blumenau, vende 41% de participação por R$38mi para Sequoia Logística (SEQL3).

  • Zenvia, startup que atua na área de comunicação via SMS/WhatsApp e outros, compra a startup SenseData, de gestão dos processos de customer service.

  • Loft, a proptech revolucionando o mercado imobiliário avança na sua expansão internacional com a compra da mexicana TrueHome.

  • SalesFarm, a startup que oferece serviços de terceirização de times de venda, compra a startup Instituto Vendas em seu primeiro M&A.

Contra dados não há argumentos

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