💧 NYT, a empresa de jogos que vende jornais

Bom dia Droppers, hoje tem joguinho. Stay with us até o final.

Hoje eu aprendi: o roubo é tão raro no Japão que as pessoas costumam usar carteiras, bolsas, laptops ou telefones para guardar seus lugares em cafés e locais públicos, deixando-os desacompanhados enquanto vão comprar comida ou ir ao banheiro.

Bom dia pra quem acordou $56bi mais rico

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O CEO Elon Musk subiu aos palcos da reunião anual da sua empresa de dados de carros para anunciar - com direito a dancinha - que seu bônus de ~$56 bilhões e a reincorporação da Tesla no estado do Texas estão a caminho.

Esse parece ser o episódio final da saga que começou em…

• Junho 2018, quando o conselho e os acionistas da Tesla criaram e aprovaram um plano de crescimento aparentemente inalcançável: crescer de $59bi para $650bi (+10x). Se atingido, Musk seria recompensado com $56bi em ações da empresa.

• Janeiro 2019, um acionista com meras 9 ações da empresa, decidiu entrar com uma ação contra Elon para rescindir o acordo salarial de Musk, alegando que o mesmo era um part-time CEO e a quantia seria injusta.

• Fevereiro 2024, metas batidas, Elon estava ansioso para ouvir o Pix pingando na conta. Mas o sonho foi interrompido por uma juíza de Delaware, estado onde a empresa estava incorporada, que julgou o pagamento como inválido e o bloqueou.

• Junho 2024, inconformado, Elon decidiu colocar a voto dos acionistas para que decidissem se (a) a empresa deveria mudar seu estado de incorporação para o Texas e (b) seu pacote de compensação deveria ser reinstituído. Ambos foram!

Mas, os problemas de Musk na Tesla ainda não são coisa do passado. Horas antes da reunião, a notícia de que um novo processo está a caminho. Dessa vez sobre sua decisão de iniciar a xAI, que alegam ser uma empresa concorrente da Tesla em IA — e Musk misturou as bolas ao desviar talentos e recursos para a nova startup.

O que rolou mundo afora

• Shopify: atingiu a marca de U$1 trilhão de vendas de GMV (Gross Merchandise Volume) ou volume bruto de mercadorias.

• Spotify: anunciou a criação de uma agência criativa interna e início dos testes de anúncios generativos com narração de IA.

• Whatsapp: agora vai permitir compartilhamento de tela em chamadas de vídeo, que suportarão até 32 pessoas.

• Brex: a fintech dos brazucas no Vale, mudam a estrutura para ter apenas 1 CEO e se preparam para parar de queimar caixa e abrir IPO.

RAW: Quem tem seda tem ações. Se liga na história:

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O jovem hippie do interior da Flórida, apaixonado por fumo e fundador da RAW, está prestes a colocar seu terno tie-dye e estrear em meio a ternos e gravatas na bolsa de valores americana. E como tudo na sua vida, de uma maneira, no mínimo, não-convencional:

O começo
Josh Kesselman é apaixonado por papéis de seda desde criança. Na adolescência, começou a colecionar papéis de seda de diversos países até criar uma das maiores coleções do mundo. Já na faculdade, tirou 10 no TCC com um plano de negócios de uma SmokeShop e abriu uma loja na Flórida.

• O fim (por enquanto): a RAWthentic se tornou uma das maiores empresas de papéis de seda do mundo, também uma das mais filantrópicas, com produtos inovadores como os papéis pré-rolados e fãs que variam do hip-hop ao hippie.

Agora, Josh quer levar o seu inconformismo para Wall Street e, se conseguir, seus planos são de evitar os investidores institucionais e se alavancar através da sua comunidade de fumantes ao colocar um QR Code na embalagem dos papéis de seda, permitindo aos seus clientes usuários comprarem ações enquanto pitam. Genius marketing!

O que rolou Brasil adentro

• WEG, a gigante brasileira/global de motores, painéis, automações, etc, vai receber R$58mi do BNDES.

• Sooper, o marketplace brazuca de materiais de construção, anunciou uma fusão com a colombiana Tul.

• MXM Sistemas, a solução de ERP para grandes e médias empresas, é adquirida pela canadense Constellation Software.

• Mombak, a startup negociando créditos de carbono a partir de projetos na Amazônia, está fechando uma captação de U$200mi em dívida com apoio do Banco Mundial.

NYT, a empresa de jogos que vende jornais

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O New York Times é reconhecido mundialmente pelo seu jornal. Mas, da porta pra dentro, o NYT se tornou uma empresa de jogos que também produz conteúdo jornalístico.

• Tecnicamente o NYT faz jogos desde da década de 40, quando lançou o palavras-cruzadas. Mas foi na era digital, a partir de 2014, que começou a incorporar jogos digitais nas assinaturas online.

Em 2022, assistindo ao jogo Wordle (adivinhação de palavras) ser o termo mais buscado no Google, a empresa fez sua primeira aquisição por estimados $3mi. O resultado foi dezenas de milhões de novos assinantes e 2 bilhões de jogos completados.

Atualmente, os assinantes do “jornal” passam mais tempo nos jogos do que em qualquer outra categoria — seja ela notícias (NTY), esportes (The Athletic) ou gastronomia (NYT Cooking).

A estratégia de jogos como forma de ganhar engajamento ou como um novo canal de aquisição não é exclusiva do NYT. Alguns dos outros players que também já apertaram play:

• A Apple lançou uma série de quebra-cabeças focados em palavras;

• O LinkedIn, estreou um conjunto de jogos de palavras este ano;

• O YouTube está infestado de jogos por todos os lados;

• A Netflix entrou na dança criando jogos temáticos de séries/filmes.

O mais incrível de tudo é, talvez, o fato de nenhum dos produtos do rei do Ctrl C Ctrl V, Mark Zuckerberg, ainda não estar nesta lista.

Let's play a game, Droppers?

Entrando na trend do NYT, estamos lançando agora o DropGame. O jogo se chama “O Botão”. As regras são simples:

• Responda a este e-mail com um palpite de quantas vezes o Botão abaixo será clicado nesta edição.

• Se alguém acertar o número correto de cliques ganha o número de cliques em dinheiro. (só vale 1 clique por pessoa)

• Na edição do Drop de Segunda-feira, às 6:00, iremos revelar quantos cliques o botão teve, e se teve algum ganhador. Caso contrário, o jogo continua.

Contra dados não há argumentos

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