O estado do universo cripto por a16z

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Enquanto alguns ainda olham para cripto como um ativo especulativo, outros, como a a16z, olham pelo viés da tecnologia e acreditam que esta tenha a capacidade técnica de revolucionar como a internet funciona.

Com 3 fundos dedicados exclusivamentes a startups cripto, +$3bi em ativos sob gestão, um time de 68 especialistas e +50 empresas investidas no portfólio (incluindo Coinbase, OpenSea, Yield Guild), o timaço web3 de uma das maiores VCs do mundo, lançou o seu relatório do estado do universo cripto, e nós fizemos um resumão pra vocês:

1. Cripto nunca esteve tão em alta (mesmo com a recente queda no valor das moedas). O mercado global cresceu 270%, as atividades de programadores cresceu 68%, as atividades de startups no espaço cresceram 62.5% enquanto as atividades em redes sociais cresceram 83%.

2. Cripto é muito melhor para os criadores. Enquanto FB/IG/TWI ficam com 100% da receita gerada, Youtube fica com 45%, Apple fica com até 30%, o OpenSea fica com apenas 2.5%.Como resultado dessa disparidade, em média, Meta pagou $0.10 por usuário, Spotify pagou $636 por artista, Youtube pagou $2.47 por canal enquanto um criador de NFT ficou com $174.000 em receita.

3. Ethereum é a L1 com maior adoção disparado com $15mi em taxas pagos diariamente, entre 7-15 milhões de usuários ativos. A fins de comparação, a internet tinha estes números por volta de 1995.Além da lider, novas L1 entrantes tem ganho espaço rapidamente: Avalanche, Solana, Polygon, BNB Chain.

4. DeFi seria o 31º maior banco americano em total de valor sob gestão, saindo de $0 para $100B+ em TVL (Total Value Locked) nos últimos 2 anos.

Desnecessário dizer que a a16z está otimista sobre o futuro cripto. Algumas previsões do líder do fundo Chris Dixon (@cdixon) para o que vem adiante:- Mais criadores devem deixar as soluções existentes (Youtube, FB/IG, etc) e focar em NFTs, conforme os benefícios fiquem mais e mais evidentes;- Mais mão de obra qualificada (desenvolvedores e programadores) devem entrar em cena = + atividades, + aplicações, + games, + produtos- DAOs, Tokens e Redes Sociais descentralizadas devem fazer parte da nova onda (depois de DeFi e NFTs).

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O que rolou mundo afora

• Snap: viu suas ações despencarem 39% depois do CEO, Evan Spiegel, dizer que a empresa não irá bater as expectativas de ganhos e receita, além de diminuir as contratações para este ano.

• Airbnb: dá tchau ao mercado chinês. Todas as listagens - casas e experiências - serão retiradas da plataforma, mas o escritório deve permanecer para focar em viagens de saída (chineses indo para outros lugares).

• Activision Blizzard: a gigante do mundo de games é a mais nova empresa a ter um sindicado de trabalhadores. A vitória do ‘Game Workers Alliance’ é a segunda do setor.

• Broadcom: a fabricante de chips americana está em conversas para comprar a produtora de softwares para nuvem, VMware - em um deal que pode chegar a $60bi.

• Klarna: winter is coming! A startup de BNPL europeia mais valiosa do mercado privado ($46bi), está demitindo 10% da força de trabalho e buscando investidores com um valuation menor que o anterior!

O que rolou Brasil adentro

• Mais.im, a ferramenta de gestão da comunicação, se torna a primeira aquisição da Nvoip, a startup mineira com soluções para comunicação, por valor não divulgado.

• Clube FII, plataforma focada em Fundos de Investimentos Imobiliários, recebeu um aporte de R$10mi, em rodada liderada pelo Grupo Solum e ENE Empreendimentos.

• Infleet, a logtech baiana de gestão de frotas inteligentes, capta R$2.6mi em rodada liderada pela DOMO e Bossa Nova.

• Iris Pay, a startup com uma solução de auto-serviço (sem humanos) para venda de líquidos e pastosos, capta R$3mi em rodada liderada pela Maringá Capital.

• EverFlow, startup brasileira especializada no nicho de “process mining” é adquirida pela Pegasystems, multinacional de software de gestão de relacionamento com cliente.

• Plugify, a startup de aluguel de hardwares para empresas, levanta crédito FDIC de R$120mi estruturado pela Milenio Capital para compra de novos equipamentos.

Contra dados não há argumentos

Status do dia

O número de transações online feitas em lojas virtuais (ecommerce) caiu 1.8%, enquanto o número de transações em lojas físicas aumentou em 10%, se comparado ao ano passado - segundo o relatório Mastercard SpendingPulse.