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💧 O maior cliente da Amazon!

Por dentro do círculo virtuoso da gigante do ecommerce e por dentro do modelo recorrente de supermercados da Shopper...

Bom dia, Dropers!

Baseado no número de vezes que falamos sobre o Elon nas edições passadas do Drop, não é novidade mas… Elon Musk foi escolhido como pessoa mais influente do ano pela revista Times - Ps: influência não é = bom!

Na edição de hoje:

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“Como sua própria comida de cachorro” ou "Dogfooding” foi um termo utilizado por Paul Maritz, um gerente da Microsoft, para dizer aos seus times que os produtos/serviços vendidos pela empresa precisavam ser utilizados nas próprias operações internas da mesma.

Anos depois e a Amazon levou a idéia a um outro nível, se tornando o maior e melhor dos seus próprios clientes. A filosofia é de construir para resolver problemas internos e, depois de cumprir seu propósito, transformar em produto/serviço e vender para demais players do mercado:

  • Amazon Web Services, a vertical de armazenamento na núvem da Amazon foi desenvolvida a partir de um problema interno: como escalar a infraestrutura digital do próprio ecommerce, conforme mais e mais pessoas e empresas migram para o ambiente online? Depois de resolver os próprios problemas de servidores, a AWS virou um produto/serviço utilizado por empresas como Apple, Netflix, Spotify, Twitch, além de milhões de empreendedores digitais e, atualmente, é responsável por ~12% de toda receita da empresa.

  • Amazon Logistics, o braço de logísticas (entregas) foi criado em 2013, depois de uma temporada de férias onde os entregadores terceirizados estragaram o natal de milhões de clientes devido aos atrasos. Atualmente, 400k entregadores, uma frota de 70k carros/vans e 70 aviões formam o exército de logística da empresa, que, no próximo ano, deve se tornar o maior serviço de entrega dos EUA, a frente da FedEx e UPS.

Outras iniciativas sendo incorporadas já dão sinais de quais são os próximos passos de expansão e planos futuros da empresa:

  • Amazon Go: a primeira loja física sem caixas permite que clientes simplesmente encham o carrinho de compras e saiam da loja, a cobrança é feita automaticamente na sua conta da Amazon. A tecnologia foi desenvolvida dentro de casa, aplicada dentro da própria loja da Amazon e, agora, já está sendo negociada “as a service” para que outras lojas possam utilizá-la.

  • Amazon Fresh: entregar livros é uma coisa, entregar verduras é outra. Para se manter competitiva quando o assunto é entrega de perecíveis, a empresa comprou a rede de supermercados Whole Foods - o que permite aos entregadores estarem sempre perto de seus destinos, entregar os pedidos frescos e de forma rápida.

Círculo Virtuoso da Amazon (Flywheel)

Apesar da missão pública da ‘Zon ser “…a empresa mais centrada no cliente da Terra”, Ben Thompson da Stratechery trás uma sugestão mais próxima da realidade “tirar um pedacinho de toda e qualquer atividade econômica”. Não existe mercado que é muito grande, não existe problema que seja muito difícil, não existe atividade com potencial de lucro que seja muito distante!

A receita de bolo foi desenhada por Jeff Bezos em um guardanapo por volta de 2001 e até hoje funciona como bússola para as novas empreitadas da empresa:

  1. Experiência do consumidor vem em primeiro lugar

  2. Boa experiência traz tráfego para os sites e marketplaces

  3. Mais tráfego traz mais produtos e revendedores

  4. Mais produtos e revendedores traz redução de custos para Amazon

  5. Redução de custos traz a redução de preços para o cliente

E o ciclo se repete…

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O que rolou mundo afora

  • Oracle: puxada pelo crescimento da vertical de cloud, a Orable bateu as estimativas dos analistas em 6% se comparado ao mesmo trimestre do ultimo ano.

  • ETFs: os fundos de multiplas ações negociadas na bolsa, ultrapassaram o valor de U$1 trilhão pela primeira vez na história.

  • NFTs: um “Bored Ape”, de uma das séries de NFTs que mais valorizou em 2021, foi acidentalmente listado por .75 ETH ao invés de 75 ETHs e acabou vendido por $3k ao invés de $300k em questão de segundos.

  • Apple: está muito próxima de se tornar a primeira empresa com valuation de U$3 trilhões!

  • Mercedes-Benz: obtém a primeira aprovação mundial para sistema de direção automatizado - motoristas podem tirar o olho da estrada até a velocidade de 60km/h.

  • Nike: adquiriu a startup que cria tênis virtuais e NFTs para o metaverso chamada RTFKT.

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A Uber não tem carros, o Airbnb não tem hotéis, a Shopper, bem.. essa não tem Supermercado, mas oferece todos os produtos que você encontraria em um, no conforto da sua casa.

Quantas vezes você vai no mercado para comprar os mesmos produtos? O seu carrinho, provavelmente, é muito parecido em todas as suas visitas: o mesmo molho de tomate, o mesmo papel higiênico, a mesma quantidade de pãozinho, o mesmo sabonete/shampoo.

Foi juntando o conceito de recorrência (a compra se repete) com conveniência (entrega em casa), que a startup trouxe o modelo de compra programada: usuários enchem o carrinho na primeira compra, o app automaticamente cria uma lista de produtos com recorrência semanal/quinzenal/mensal e te envia mensagens perguntando próximo à data de entrega.

Triplicando de tamanho nos últimos 2 anos, a Shopper já atua em 75 municípios de SP, tem 1k colaboradores, ~500k usuários em seu aplicativo e, essa semana, anunciou a captação da rodada série C, totalizando ~5 rodadas de funding até o momento:

  • Jan 2016: R$120k (angel)

  • Nov 2016: R$450k (seed, investidores como ex-VP do Itaú, Márcio Schettini)

  • Mai 2019: R$10mi (série A, liderada pela Quartz, Canary)

  • Mai 2021: R$120mi (série B, liderada pela Minerva e pela Quartz)

  • Dez 2021: R$170mi (série C, liderada pelo GIC, fundo soberano de Singapura)

Sem os custos tradicionais de um supermercado, a Shopee consegue fornecer produtos 10-15% mais baratos que as outras opções e se torna competitiva em um mercado que faturou R$ 554 bilhões em 2020. Se em 2019, 9% dos usuários fizeram uma compra de supermercado online, esse número chegou a 30% este ano (SPC) - a categoria que mais cresceu durante a pandêmia.

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O que rolou Brasil adentro

  • Parfin, a fintech brasileira de custódia, negociação e gestão de ativos digitais seguros, captou R$34mi.

  • Sami, a insurtech oferecendo planos de saúde de forma simplificada, online e para PJs, recebe follow-on de R$111milhões.

  • BHub, a plataforma SaaS de gestão financeira de startups e PMEs, capta R$115milhões para expandir na América Latina.

  • Agrointeli, a agritech que oferece monitoramento e gestão de equipe para fazendas, fecha nova rodada de investimento com valor não declarado.

  • Arquivei, a startup que facilita a gestão de documentos fiscais, capta rodada série B de R$260milhões liderada pela Riverwood Capital.

Contra dados não há argumentos

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