Bom dia, Dropers!

O cabo de guerra do mercado imobiliário

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Os dois lados… enquanto alguns (Loft e Quinto Andar) buscam revolucionar o mercado imobiliário eliminando os intermediários, outros (Arbo e SuperLógica), buscam inovar empoderando-os.

O modelo White-Label

É um produto ou serviço que pode ser contratado por uma empresa que adiciona sua marca e branding e oferece o mesmo para os clientes finais como se fosse proprietário. O consumidor final, por sua vez, pode nem saber que está utilizando um produto/serviço de terceiro.

É o mesmo conceito da VTex - você usa e compra em uma loja online que não foi desenvolvida do zero, mas sim utilizando uma plataforma terceira. Isso acontece pois o custo para desenvolver programas de software é alto - não apenas para tirá-lo do papel, mas também mantê-lo e evoluí-lo. Então empresas finais que não possuem um time de tecnologia podem, então, pagar uma mensalidade para utilização de um software.

O mercado imobiliário

A maioria das imobiliárias brasileiras possui times de venda, locação, corretores, marketing, jurídico. Mas não possuem um time de tecnologia com conhecimento e experiência para tirar e manter um produto digital do papel. Visando um nicho de mercado com +50k imobiliárias e +400k corretores, a SuperLógica se fundiu com a Arbo para oferecer uma solução white-label que dão um banho de tecnologia nas imobiliárias, que por sua vez podem oferecer: tecnologia, metodologia, inteligência artificial, gamificação, diminuição do ciclo de venda em 1/3 e mais…

• SuperLógica: já controla +50% do mercado de condomínios no Brasil, criou o PJ Bank e também um software para imobiliárias que hoje conta com 600k contratos ativos. No ano passado, a startup levantou R$350mi de um Private Equity e tem faturamento de R$200mi.

• Arbo: oferece um marketplace para locação, compra e venda de imóveis, além de oferecer crédito imobiliário e assistência processual.

Se os gringos forem qualquer indício do que virá pela frente: a chinesa Beiki, que captou investimento da Tecent, abriu IPO na Nasdaq no ano passado com um valuation de U$2bi. A americana Compass, atingiu um valuation de U$14bi quando abriu IPO ainda este ano.

O que rolou mundo afora

• EUA: o presida Joe Biden assinou a lei bipartidária de infraestrutura que promete investir U$1.2 trilhões na infra do país.

• Casper: a startup americana de colchões e uma das pioneiras do modelo DTC (Direct To Customers), que abriu IPO em Fevereiro de 2020 está saindo da bolsa de valores e sendo comprada por uma firma de PE depois das ações perderem 94% do valor.

• India: é o país que mais fez downloads de apps de games, além de possuir os consumidores mais “mobile-friendly” - indianos passam, em média, 4.8h por dia em apps, segundo pesquisa da AppAnnie.

O povo está comprando a constituição!

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A Constituição…

Em setembro de 1787, na Filadélfia - EUA, 39 delegados se reuniram para assinar o documento que formalizaria a estrutura pela qual o governo serviria o seu povo, a Constituição Americana. Suas primeiras palavras são: “We, the people…"

234 anos depois e somente onze das 500 cópias originais do documento ainda existem, sendo que apenas 1 delas é propriedade de um indivíduo (Dorothy Goldman) que, por fim, está colocando a peça em leilão.

As DAOs…

DAOs - Organizações Decentralizadas Autônomas - são, basicamente, a versão corporativa empresarial do mundo cripto ou, como muito bem definido por Linda Xie: DAO é um grupo organizado em torno de uma missão que se coordena por meio de um conjunto compartilhado de regras aplicadas em um blockchain.

Calma, vamos em partes:- Decentralizado: pois roda em blockchain, permitindo que os proprietários do token e participantes do DAO tomem as decisões ao invés de diretores, executivos ou conselhos administrativos. Todos possuem o mesmo poder.- Autonômo: pois não tem um humano ou órgão regularizador intermediando as transações ou as decisões. Contratos Inteligentes (smart contracts) são previamente definidos e, conforme as condições são atendidas, ações são automaticamente executadas.

DAOs são uma nova forma de financiar projetos, governar comunidades, de compartilhar valor ou de possuir um bem/ativo que vão na contra-mão do formato tradicional onde o acesso é limitado a poucos com muito!

A ConstitutionDAO…

Há 6 dias atrás, uns doidos pela web3 (Austin Cain & Graham Novak) tiveram uma ideia: colocar a Constituição nas mãos das pessoas, comprando-a em conjunto através de um DAO.

Sim, bem doido mas… em menos de uma semana, mais de 6k pessoas já participaram com diferentes valores e o site já conta com +$10mi de dólares (ou 2,6mi ETH), 54% da meta de $20mi

Históricamente, a coleção de raridades era um hobby reservado ao 1% dos 1%. Ser proprietário de um Picasso, ou a bengala do churchill ou a versão original da constituição era inimaginável para os demais 99%. O blockchain muda o peso da balança. A tokenização dos ativos permite que muitos sejam proprietários de pequenas partes de um só bem/ativo. Os DAOs permitem acessibilidade a oportunidades antes exclusivas de investidores/GPs/LPs!

O leilão deve acontecer amanhã, então saberemos se: “We, the people… own the constitution”.

O que rolou Brasil adentro

• CodeCoast, startup de realidade aumentada aplicada a ecommerces e vendas online, capta R$500k via crowdfunding em menos de 48h.

• Labenu, a edtech focada na inclusão de pessoas no mercado de tecnologia, capta R$3 milhões em rodada liderada pela AcNext Capital.

• Otimiza, a fintech dos benefícios corporativos (vale refeição, vale transportes e mais), capta R$1.2mi via equity crowdfund na plataforma Efund Investimentos.

• CondoConta, o banco digital catarinense para condomínios, fecha aporte de R$10mi liderado pela Igah Ventures.

• Cashway, a fintech oferecendo estrutura de tecnologia financeira para cooperativas se tornarem mais digital, capta R$1.5mi da Sinqia.

• Onedoor, a logtech que visa centralizar toda gestão da operação logística em uma mesma plataforma, capta R$2.5mi.

• Math Tech, a startup de serviços terceirizados de DevOps e DataOps, conclui aquisição da startup Alfa17, experts em analytics e big data, por R$9mi.

Contra dados não há argumentos