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💧 OpenAI, ganhando e gastando como ninguém

+ Orion, sucesso do iPhone + A estratégia da Plaid

Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que a meta de condicionamento físico de 10.000 passos/dia veio de uma empresa japonesa de pedômetros que deu ao seu produto um nome que significa "o medidor de 10.000 passos" porque o caractere japonês para "10.000" lembra uma pessoa andando: 万.

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Orion, o sucessor do iPhone

  • Plaid: fintech-ficando a economia

  • OTH: Transformando a moeda social em valor real

  • Megalópole: o autofinanciado filme de Coppola

  • OpenAi: ganhando e gastando como ninguém

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Orion, o sucessor do iPhone

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Durante o evento Meta Connect, realizado na semana passada, Mark Zuckerberg apresentou ao mundo as 3 grandes novidades em hardware da Meta: (a) uma nova versão do óculos inteligente, o Ray-Ban, (b) uma nova versão do headset, o Quest 3S e, (c) a grande nova aposta da Meta, o óculos de realidade aumentada Orion!

Em 2016, Mark apresentava o roadmap para os próximos 10 anos do então Facebook. O mercado não gostou das dezenas de bilhões que seriam apostados em IA e Metaverso e as ações afundaram, fazendo Mark perder +$100bi da sua fortuna pessoal.

Oito anos se passaram e a agora chamada Meta, não só entregou tudo o que prometeu como se tornou líder em muitos destes segmentos. Como Mark disse: “Você nunca é tão bom quanto dizem quando está para cima e nunca é tão ruim quanto dizem quando está para baixo.”

A grande oportunidade que Mark enxerga, através do Orion, é “a visão quintessencial” da realidade aumentada (AR) como a “próxima grande plataforma de computação multibilionária” - em outras palavras, a era pós-smartphones, dominada pela Apple e Google.

O Orion ainda custa U$10k para ser fabricado e, segundo o CTO Boz, deve levar de 3 à 5 anos para ser produzido em escala a preço comercial. Porém, apresentá-lo ao público, com o kit para desenvolvedores, foi um convite para comprarem a visão da empresa e apresentar as possibilidades de construir apps dentro do ecossistema da Meta (assim como fizeram na AppStore e Google Play anos atrás).

Ps1: Mark ultimamente mudou sua postura sobre códigos open source, sendo sua influência um divisor de água para futuro da tecnologia. Este vídeo explica a visão do CEO da Meta.
Ps2: Além disso, entrou para o seleto grupo de 3 pessoas que acumularam um patrimônio acima dos U$200 bilhões, se juntando a Bezos e Musk. Com a valorização das ações da Meta em 2024, a fortuna pessoal de Mark subiu $72b.

Fintech-ficando com a Plaid

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via Forbes

Seis anos depois de criar a sua fintech, a Plaid, o founder e CEO Zach Perret tinha uma decisão a tomar: aceitar ou não a oferta de aquisição da VISA por $5.3 bilhões de dólares. A primeira resposta foi sim, mas no ano seguinte a estratégia mudou..

Uma pandemia global colocaria lenha na fogueira da fintech, que cresceu mais do que esperava e viu seu valuation saltar para $13.4bi. A segunda resposta foi não!

Depois de cancelar o deal, o único caminho seria captar, crescer e abrir capital:

  • Captar. A primeira etapa foi concluída com sucesso. Logo em 2021, após dizer não, a fintech concluiu uma rodada de investimento série D de U$425 milhões.

  • Crescer. A segunda etapa continua em desenvolvimento. A startup ainda era conhecida pelo seu primeiro produto - uma API que facilita a conexão de produtos financeiros à conta bancária de um consumidor, utilizada por outras fintechs. Porém, o caminho para o IPO pedia mais, então a startup decidiu aproveitar sua massiva quantidade de dados dos +100milhões de usuários para horizontalizar a operação - incluindo análise de risco de crédito, prevenção de fraudes e pagamento por banco (onde você paga diretamente de sua conta bancária em vez de cartão de crédito ou débito)

  • Abrir Capital. A taxa de crescimento da receita foi de 23% em 2022, de 12% em 2023 e deve ser de 20% em 2024, chegando a U$308mi - com uma margem de lucro bruto de 80% (acima da média do mercado B2B).

Ninguém descreve o plano da startup melhor que Zach: “Imagine uma cobra enorme e ela come um elefante. E então você vê esse elefante digerindo lentamente enquanto passa pela cobra. Foi isso que fizemos”.

O que rolou mundo afora

  • Anduril: a startup das armas militares, fecha contrato de U$25mi para atualizar e modernizar a rede de vigilância espacial da força aérea americana.

  • Learning Technologies Group: a edtech britânica de treinamentos corp, recebeu uma oferta de £800mi da private equity General Atlantic.

  • Spotify: ficou brevemente fora do ar no domingo de manhã, tanto no app quanto no mobile.

  • X: teve seu valuation cortado pela Fidelity em 79%, saindo dos U$44bi pagos por Musk para U$9.4bi atuais.

Transformando a moeda social em valor real

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As redes sociais já provaram que atenção é a nova moeda de troca. Mas o processo de trocar de atenção por moedas não é tão simples assim. Bem, não era. Até a fintech OTH (On The House ou, no português livre, Na Conta da Casa) criar um cartão de crédito social que você pode pagar usando stories do Instagram.

Ao invés de prospectar clientes, fechar parcerias, assinar contratos, aprovar conteúdos, cobrar pagamentos e todas as demais tarefas do dia a dia do Influencer, a proposta da OTH é simplificar:

  1. Escolha um estabelecimento pelo app;

  2. Crie o conteúdo marcando o estabelecimento;

  3. Uma IA analisa a precisão e qualidade do post e publica;

  4. O crédito é liberado no seu cartão para ser utilizado como pagamento.

O limite do cartão é decidido baseado na quantidade e qualidade dos seguidores. Segundo relatos de influencers, o montante de crédito pode chegar a U$4k por semana e podem ser utilizados nos +450 estabelecimentos parceiros que variam de restaurantes, hotéis, lojas e salões de beleza.

A ideia incentiva influenciadores a criarem conteúdo original e de qualidade, enquanto garante a exposição social para os donos de negócio. Interesting tech business?

Este não é qualquer evento de tecnologia para devs..

Oferecimento Select Experience

Este é o Select Experience da Codecon. O evento preza pela qualidade ao invés da quantidade. Quer provas?

Ao invés de 2.000 pessoas, filas para o banheiro e para pegar comida, o Select tem apenas 250 vagas e nomes confirmados de empresas como Nubank, Oracle, Mercado Livre e RedHat.

Ao invés de palestras mais do mesmo, o evento cria experiências de mentorias coletivas frente a frente com líderes de mercado, fishbowls para fomentar discussões e workshops para te ensinar as melhores práticas do mercado.

Dia 09/11, no State Innovation Center. Um evento indicado para desenvolvedores sênior ou pleno avançado, e que somente na news do Drop tem R$200 de desconto usando o cupom TECHDROPS. Clique aqui e veja a programação completa ->

O que rolou Brasil adentro

  • Gibb, a fintech do salário sob demanda, capta rodada de R$30milhões com a SRM Ventures.

  • X, tem desbloqueio negado pelo ministro Moraes, que condiciona o retorno ao pagamento de uma nova multa de R$10mi.

  • E-Space, a startup de internet via satélite, concorrente da Starlink, ganha autorização para operar no Brasil, onde pretende lançar 8k satélites.

OpenAI, ganhando e gastando como ninguém

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Nove dos onze co-fundadores da OpenAi já abandonaram o navio. Mas isso não impediu o capitão Sam Altman de continuar a missão. A startup deve anunciar uma nova rodada de investimentos de U$6 bilhões à um valuation de U$150 bilhões ainda esta semana. Mas, essa conta faz sentido?

O NYT teve acesso a documentos internos da OpenAI que revelaram que:

A startup atingiu uma receita mensal de U$300mi no mês passado (agosto), um crescimento de 1700% do começo de 2023. Com isso, a projeção para os próximos anos é de:

  • 2024: U$3.7 bilhões em receita anual (ARR)

  • 2025: U$11.6 bilhões em receita anual (ARR)

  • 2029: U$100 bilhões em receita anual (ARR)

Os números estratosféricos são resultado das 350 milhões de pessoas que usam algum dos produtos da OAI mensalmente. Destes, 10 milhões são clientes pagantes do ChatGPT e mais de 1 milhão são empresas usando a API em seus produtos.

Além do capital externo, a OAI planeja encher os cofrinhos aumentando progressivamente o preço da assinatura. Dos U$20/mês atuais para U$22/mês no ano que vem e U$44/mês até 2029.

Mesmo com a receita bilionária e o crescimento estrondoso, a startup deve fechar o ano com um prejuízo de U$5 bilhões - sem contar os planos e bônus de compensação de funcionários.

Contra dados não há argumentos

Stats do dia

As principais empresas de IA atingiram US$ 30 milhões em receitas 5 vezes mais rápido do que suas contrapartes SaaS tradicionais.

via Financial Times.

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