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  • 💧 A maior rodada de VC de todos os tempos

💧 A maior rodada de VC de todos os tempos

+ a montanha russa de Masa Son e os fundos sem fundos.

Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que cara do Double Rainbow, foi um uploader prolífico e criou milhares de vídeos. Ele também programou 15 anos de uploads antes de morrer, deixando seu canal ainda ativo 4 anos após sua morte

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • CRV: Os fundos retornando fundos

  • A possível extinção do domínio .io

  • SoftBank: a montanha-russa de IA de Masa Son

  • OpenAI: a maior rodada de VC de todos os tempos

Os Fundos retornando Fundos

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As firmas de venture capital são conhecidas por levantar capital e alocar em startups na esperança de alcançar o tão sonhado retorno em um evento de liquidez. Uma coisa que elas não fazem é devolver dinheiro. Bem, não faziam…

  • CRV, uma das empresas de VC mais tradicionais do mercado, fundada em 1970, está avisando seus investidores que devolverá U$275mi dos U$500mi captados que ainda não foram investidos.

  • Peak XV, outro fundo focado no mercado asiático, que era parte da Sequoia, também reduziu o seu fundo de investimento em $465mi e decidiu diminuir as taxas de gestão e take-rate do lucro.

  • Founders Fund, também reduziu o tamanho do seu fundo VIII pela metade, de U$1.8bi para U$900mi no começo do ano. Neste caso, ao invés de retornar o capital aos investidores, os valores foram alocados para outro fundo.

O principal motivo da redução dos fundos e retorno do capital é que, boa parte deles, levantou o capital durante o boom dos anos 2021, uma era quando startups fechavam rodadas de investimento com um simples ppt, sem pressão por lucro e com valuation astronômicos.

Os tempos mudaram: IA entrou em cena, as taxas de juros subiram, os IPOs sumiram e a equação já não é mais a mesma. Enquanto os VCs tentam desvendar como navegar nesta nova realidade, alguns optam pela transparência de dizer: não teremos o retorno que você espera. Algo que se tornou comum em outra época, a bolha dotcom de 2001/02.

A possível extinção do domínio .io

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Dos mesmos criadores de: "Ilha Caribenha faz fortuna com Inteligência Artificial por possuir a licença sobre domínios .ai."
Vem aí: "Disputas geopolíticas na África podem levar à extinção de milhares de sites com o domínio .io."

O caso é o seguinte: em 1965, o Reino Unido separou o Arquipélago de Chagos das Maurícias criando o Território Britânico do Oceano Índico (domínio .io). Em 2019, a ONU mandou eles devolverem o controle. Ontem, o Reino Unido e Maurícias chegaram a um acordo marcando fim do colonialismo britânico na África.

Essa briga geopolítica é o pano de fundo para as discussões sobre propriedade digital do domínio .io, amplamente utilizado na indústria de tech, e que gera ~$10 milhões em receita anualmente sendo avaliado em 50 milhões de dólares.

Apesar do governo do Reino Unido afirmar não ter recebido nada, o governo do Arquipélago de Chagos certamente não recebeu. E com o povo chagosiano clamando pela sua propriedade digital, cabe agora ao ICANN (Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números) dar os próximos passos desta disputa enquanto 270.000 .io websites aguardam seu destino.

O que rolou mundo afora

  • Amazon: está se preparando para o final do ano, quando planeja contratar ~250.000 trabalhadores de transporte e armazenamento.

  • LVMH: a holding dona das marcas de luxo como Louis Vuitton e TAG Heuer, fechou um acordo de 10 anos de parceria com a Fórmula 1.

  • Adam Neumann: o founder cancelado está de volta na pista. Dessa vez com um competidor do WeWork, chamado Workflow.

  • Tim Cook: o CEO da Apple vendeu mais de 220 mil ações da empresa no valor de ~U$50 milhões

  • Mastercard: está comprando uma startup suíça que facilita o processo de cancelamento de assinaturas online, Minna.

As apostas de IA de Masa Son do SoftBank

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Masayoshi Son é a mente e bolso fundo por trás de um dos maiores veículos de investimento em venture capital que ja existiu, o SoftBank. Desde que viu suas estruturas abaladas pelos investimentos no WeWork, Masa virou seu pix para a corrida de inteligência artificial. Mas a montanha russa não tem sido fácil:

1o) Nvidia: Em 2017, decidiu investir $700mi na Nvidia por 5% da empresa. Porém, em 2019, antes do boom de IA, vendeu toda sua posição por $3.3bi, resultando em um lucro de U$2.6 bilhões.

Bom né? Nem tanto. Desde a venda, as ações da empresa valorizaram +2.000% e hoje a Nvidia vale $3 trilhões.

2o) Arm: Em 2016, decidiu comprar 100% da também empresa de chips por U$32 bilhões e tirá-la do mercado de capitais. Em 2020, quase vendeu a empresa para a Nvidia por $40 bilhões, mas acabou desistindo por pressão regulatória. Em 2024, a Arm voltou ao mercado de capitais com um IPO que a valorizou em $54bi.

Bom né? Nem tanto. Desde o IPO, onde a Softbank realizou parte do lucro, as ações da Arm continuaram valorizando e hoje valem $146bi.

3o) OpenAI: Ontem, Masa anunciou sua mais nova aposta no campo da inteligência artificial, investindo $500mi na OpenAI a um valuation de $150 bilhões.

Bom né? Veremos. A OpenAI é agora a terceira empresa de capital fechado mais valiosa do mundo, atrás apenas da SpaceX e Bytedance (TikTok). A big 'AI' tech cresceu sua receita na mesma velocidade que sua queima de capital e seus problemas de governança.

O que rolou Brasil adentro

  • Noh, a fintech das conta conjunta para casais, anunciou a Nath Finanças como nova embaixadora da marca em um acordo de media for equity.

  • Warren, a fintech com app de investimentos, também fechou uma rodada de media for equity com a RBS Ventures e Nexpon.

  • Barte, a fintech de soluções de pagamento para empresas, capta nova rodada estimada em R$78mi, liderada pela AlleyCorp e alcança valuation de R$400mi.

  • D4Sign, a plataforma de assinatura eletrônica e gestão de documentos digitais, é adquirida pela italiana Zuchetti por R$180mi.

  • SoftPlan, um dos maiores conglomerados de SaaS do país, concluiu captação de R$250mi em debêntures não conversíveis em ações com prazo de 5anos.

Chegou a hora de parar de passar raiva

Apresentado por Anota.AI

Já imaginou ganhar um dinheiro para parar de passar raiva? Essa é a proposta da Anota.AI, maior plataforma de automação para restaurantes e deliveries do Brasil.

A Anota.AI tem um robô com inteligência artificial para responder no WhatsApp, cardápio digital, QR code para mesas, aplicativo para garçom, sistema de relatório e muito mais. Cases mostram que a ferramenta é capaz de aumentar 3x o número de pedidos, e claro, a satisfação dos clientes.

Mas como eu ganho dinheiro nisso, Drop? Eles acabaram de lançar um programa de indicação. A cada restaurante ou delivery que entrar na plataforma, você para de passar raiva e ainda ganha R$150 no seu bolso.

Clique aqui e indique para os seus restaurantes preferidos!

OpenAI: a maior rodada de VC da história

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Que a OpenAI precisa de muito capital para crescer todos já sabiam. Que Sam Altman tem uma habilidade única de captar investimento também. Que praticamente todos co-fundadores da startup já abandonaram o barco também. Que o ChatGPT é o produto mais hypado do momento também. Então, a surpresa do recente anúncio da última rodada de investimento ficou nos valores:

$6.6 bilhões a um valuation de U$157 bilhões - a maior rodada de venture capital da história.

Entre os participantes que conseguiram uma vaga na rodada estão: Thrive Capital (liderou o round, com U$1.2bi), Khosla Ventures, Microsoft (o sugar daddy), Nvidia (a fornecedora), Altimeter Capital, Fidelity, SoftBank (os $500mi de Masa Son), MGX (os árabes de Abu Dhabi) e Apple (apesar dos rumores, essa decidiu ficar de fora).

E a trajetória do valuation da startup é a definição do foguete rumo a lua:

Julho 2019: $1bi
Abril 2021: $14bi
Janeiro 2023: $29bi
Fevereiro 2024: $86bi
Outubro 2024: $157bi

Apesar dos valores parecerem astronômicos, as contas da startup também são. Este ano, para sustentar os 250mi de usuários ativos mensais do ChatGPT, a startup fechará $5bi no negativo.

Para atrair os VCs, a OpenAI também está se transformando de um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos para uma startup focada em produtos e, claro, lucro.

Contra dados não há argumentos

Stats relevante

O top 5 das startups mais valiosas do mundo:

1. ByteDance: $225bi

2. SpaceX: $200bi

3. OpenAI: $157bi

4. Stripe: $70bi

5. Shein: $66bi.

via CBInsights

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