Mônaco Grand Prix

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Se o seu amigo milionário furou o seu rolê de iate deste final de semana, é bem provável que estava ocupado em uma das maiores reuniões dos ultra-ricos do mundo: Mônaco Grand Prix.

Para além da deslumbrante pista de corrida à beira do mediterrâneo, os yatchs mais ostensivos do mundo, as celebridades mais conhecidas, as marcas de luxo mais renomadas, os quartos de hotéis mais aparatosos… tem um baita business:

1. O acordo com a F1: com mais de 100 anos de edições, Mônaco tem um acordo único de licenciamento com a Fórmula 1. Enquanto Qatar paga $55mi, China paga $50mi, Austrália paga $35mi, o Brasil paga $25mi.. Mônaco é o que paga menos, “apenas” $15mi.

2. O acordo do Turismo: a população de Mônaco fica 5x maior que o normal durante este final de semana, saindo de 38k para ~200k. O impacto econômico do turismo no balanço anual do país, com seus cassinos, restaurantes, baladas, lojas caríssimas… chega a $110 milhões. Um quarto de hotel, com opções limitadas, chega a $6k a noite.

3. O acordo com os Iates: o porto tem capacidade para acomodar 760 iates e todas as vagas são preenchidas durante o final de semana. O preço do “estacionamento” dos iates (vários dos quais com preço +$100mi), varia de $12k a $145k pelo final de semana.

4. O acordo dos Ingressos: como a cidade (2km²) é um pouco maior que o parque Ibirapuera (1.58km²) e são colocados apenas 37k ingressos a venda, seus preços variam de $1500 à $16k.

Ontem, após o término da corrida, 11 dos 20 corredores oficiais da F1 voltaram para casa junto com os turistas-ultra-ricos. Porém, 9 deles (Max Verstappen, Lewis Hamilton, Leclere, Norris, Bottas, Perez, Hulkenberg, Vries, Albon) ficam, pois decidiram morar por ali mesmo. O motivo? Bom:

• Mônaco não tem imposto de renda federal ou imposto sobre ganhos de capital;

• Mônaco é considerado um lugar privado, com o governo limitando a entrada de turistas e permissões especiais para fotógrafos.

• Mônaco é super bem localizada. Perto da fronteira com a França e a Itália e a 24km do aeroporto de Nice.

Ps1: uma entrada na balada pode chegar a $10k por pessoa.Ps2: cerca de 70% da população de Mônaco é de milionários.

O que rolou mundo afora

• Ford: fechou uma parceria com a concorrente Tesla para que seus carros elétricos possam usar toda a infraestrutura de carregadores distribuída nos EUA.

• UberFlex: a nova funcionalidade do app permite que passageiros negociem o valor da corrida com motoristas está sendo testada no Líbano.

• Google: perdeu a disputa judicial contra a Sonos e terá que pagar $32.5mi por ter infringido a patente na produção do Google Home.

• Neuralink: a neurotech de Elon Musk, ganha autorização do FDA para começar os testes de implantar chips no cérebro humano. #BraceOurselves

• TikTok: está trabalhando na criação do seu próprio ChatGPT, o app deve se chamar Tako - e já está em fase de testes em alguns mercados. Virou hamburgueira gourmet.

O social app de Naval Ravikant: Airchat

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Alguns o conhecem como Co-founder, ex-CEO e Chairman do Angelist, outros por seus investimentos (Twitter, Uber, Wish, Notion, Opendoor, Clubhouse, Stack Overflow, Clearview AI), ou pelos seus +70 exits e +10 unicórnios do seu portfólio, ou até mesmo pelos seus conselhos em podcasts sobre saúde, riqueza e felicidade.

Agora, Naval Ravikant também quer ser conhecido por trazer de volta o social do social media com seu novo app Airchat: uma mistura de IA + Artes + Social.

Poucos detalhes foram liberados até agora, visto que o app está em beta fechado. Mas, segundo Naval, o app será um jantar entre amigos no seu bolso. Usuários podem entrar em grupos com temas do seu interesse, pressionar um botão para falar, ter sua fala transcrita e traduzida em diferentes idiomas, acompanhadas de uma arte gerada por inteligência artificial que ilustra sua fala.

É como se o TikTok, o Twitter, a Midjourney e o Clubhouse tivessem um filho! Enquanto não está disponível para download, você pode conferir o teaser de lançamento!

O que rolou Brasil adentro

• Sensix, mineira que utiliza drones, satélites e análises de solo para mapeamento de propriedades agrícolas, captou R$4,9mi em rodada via Captable.

• BoBags, o marketplace de compra, venda e aluguel de bolsas e acessórios femininos, fecha quarta rodada de investimentos de R$575k em estrutura de Sociedade de Conta de participação, somando R$2mi captados.

O império tech da cannabis: Dutchie

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Essa é a história de como dois irmãos criaram e cresceram uma startup até seus $3.8 bilhões de valuation, mas terminaram expulsos de sua própria criação com uma aquisição hostil!

Ross e Zack Limpson já conheciam o caminho das pedras do varejo+tech. Tinham criado e vendido um app de delivery por $30mi. Dessa vez, porém, o mercado escolhido foi um nicho renegado pela maioria, com muita incerteza mas um potencial do mesmo tamanho: a indústria da cannabis. E foi assim que surgiu a Dutchie:

Fase 1: aproveitar as mudanças na regulamentação de alguns estados e criar um software que permitiria que os dispensários colocassem seus cardápios online para que os clientes pudessem facilmente fazer pedidos para retirada.Com foco no estado onde morava, Oregon, o SaaS cresceu para +50 clientes.

Fase 2: evoluiu a solução e adicionou ponto de venda completa que permitia todos os pedidos (online, pessoalmente, entrega) em uma fonte centralizada de verdade. Agora, além de ajudar na operação do dispensário, também ajudava o processo de compra e pagamento do cliente.O sucesso aqui levou a um seed de $3mi em 2018 e um série A de $15mi em 2019.

Fase 3: hora do módulo de pagamentos entrar no jogo. A Dutchie Pay permite que os dispensários ofereçam uma opção compatível, segura e sem dinheiro com sua solução de débito PIN na loja.Como o mercado de cannabis era renegado por boa parte da infraestrutura financeira nacional, a solução da Dutchie ganhou destaque.

Fase 4: assim como a infra financeira, no mercado de seguros existiam apenas 6 opções para dispensários de cannabis. Foi ai que os irmãos lançaram a Dutchie Insurance.

A esta altura, já líder de mercado seguindo a risca o playbook de vertical SaaS, tudo que a Dutchie precisava era aumentar seu mercado endereçável. Em janeiro deste ano, cannabis se tornou legal para uso recreativo em 21 estados e medicinal em 37.

Com $14 bilhões sendo transacionados através da sua plataforma e $600mi de venture capital, uma guerra civil se instaurou na startup. Trocas forçadas no quadro de conselheiros, investidores brigando por controle e a demissão de ambos irmãos fundadores - que agoram processam o board visando retomar o controle da operação.

Moral da história: Find a niche and get rich - but don't let investors take your sit.

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