💧 P2E: Play to Earn

A nova economia de games: P2E, o que rolou mundo afora (Match.com, Twitter, Spotify, Meta, Microsoft), o seu grupo de WhatsApp pago, o que rolou Brasil adentro: Nuvemshop, Popai Snack, Neppo Tecnologi

Bom dia, Droppers!

Com a saída de Jack Dorsey como CEO do Twitter e Parag assumindo a posição, a lista de empresas tech americanas com CEOs da Índia tem: Google, Microsoft, Twitter, Adobe, IBM, Palo Alto Networks e VMWare. Imagina se fosse fácil tirar um green-card?

Na edição de hoje:

A nova economia de games: P2E!

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Cerca de 3 bilhões de pessoas no mundo jogam vídeo games, formando uma indústria de U$336 bilhões - desde hardware, softwares, propriedade intelectual - ou seja, maior que a tradicional TV, o novo streaming, a indústria de músicas, filmes e qualquer outro formato de mídia existente.

Até hoje, o mercado foi centralizado e controlado pelas mãos de poucas grandes empresas (Tecent, Sony, Apple, Activision Blizzard, Electronic Arts (EA), Zynga, Roblox), que acabam ficando com praticamente todo o valor econômico gerado ali dentro - de 40 à 90% de margem. Mas, uma nova onda ameaça a soberania dos chefões, o modelo Play to Earn.

A convergência do digital com o físico

As aplicações dos NFTs, até o momento, foram principalmente no mercado de artes mas, aos poucos, o conceito está ganha espaço nos games, permitindo que players desbloqueiem acesso a roupas virtuais, terrenos, moedas virtuais, caracteres, decorações, etc e comercializam os mesmos fora da plataforma de jogos, em marketplaces e/ou corretoras cripto. Os NFTs permitem a propriedade e veracidade de itens virtuais, possibilitando que não apenas as empresas de jogos, mas também os jogadores, sejam donos do que conquistaram online, e façam o que bem entender com eles.

Existem agora, três formas convencionais de ganhar dinheiro jogando:

  • Atletas: os melhores dos melhores possuem times, são assalariados, ganham bolsa de estudo, prêmios de campeonatos…

  • Influenciadores: através de livestreaming (Twitch ou YouTube Gaming), patrocínios, parcerias…

  • Jogadores: que passam de fase, vencem desafios, desbloqueiam novas funcionalidades, ganham força e acumulam moedas virtuais que, depois, podem ser comercializadas fora do jogo.

São várias as novas comunidades de jogadores surgindo, mas duas em principal chamaram a atenção nos últimos meses:

  • Axie Infinity: saiu de 4k para 2milhões de usuários ativos diários em poucos meses, ganhando destaque em países como a Filipinas e a Venezuela, visto que o potencial de ganho através do jogo é maior que as suas economias locais podem oferecer. Para jogar o jogo, você precisa de 3 Axies (tokens), o que com a valorização atual da moeda já passa de U$1k.

  • Yield Guild Games: transforma jogos em um trabalho. A empresa fornece a infraestrutura necessária - controles, treinamento, times, conteúdos, taxas iniciais - e ‘patrocina’ times de jogadores, ficando com uma fatia do que esses conseguem ganhar. Depois de levantar >$18mi de investidores, já contam com ~20 gestores e +4500 jogadores.

Depois que o Facebook mudou o nome para Meta, que a Apple anunciou a criação do seu próprio óculos de realidade virtual e que o Twitter montou seu próprio time de cripto, as aplicações de cripto começaram a ganhar corpo para além da especulação e o puro ganho com trade, e os céticos começaram a olhar com mais carinho para o universo cripto e o metaverso. Por mais distante que possamos estar de um mundo onde o digital tem mais valor que seus análogos da vida real, é impossível negar todas as possibilidades econômicas que são criadas… dos EUA as Filipinas, a revolução já começou!

O que rolou mundo afora

  • Match.com: o grupo dono do Tinder, do Hinge e de outros 20 apps de encontros, lançou a função de “coach”: onde um ser humano dá dicas e te ajuda a encontrar o match perfeito!

  • Twitter: Jack Dorsey está deixando o cargo de CEO da empresa. O fundador da rede social que também ocupa é CEO da Square, deixa em seu lugar Parag (ex CTO) como CEO e Bret Taylor (COO da SalesForce) no board.

  • Spotify: está lançando um ‘Netflix Hub', permitindo que assinantes acessem facilmente podcasts, trilhas sonoras e entrevistas do seu filme/serie favorita.

  • Meta: o ex-facebook, corre risco de ver sua aquisição da plataforma Giphy bloqueada pelo orgão antitruste do Reino Unido.

  • Microsoft: o CEO Satya Nadella vendeu metade das suas ações da empresa, em transações que podem chegar a $300mi.

Monetizando os Influenciadores

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A economia dos criadores independentes, ou influencers, não para de ganhar tração. Conforme a base de usuários das redes sociais aumenta, o caminho para que alguém se torne a sua própria empresa de mídia, construa sua própria audiência e gere sua própria relevância, se torna cada vez mais curto e viável para muitos.

Atualmente estima-se que existam 50 milhões de criadores que ultrapassaram a barreira dos U$100 bilhões de valor de mercado em 2021. Apesar disso tudo, ainda existe uma pecinha faltando no quebra-cabeça: a monetização.

O TikTok, YouTube, SnapChat e Facebook já possuem programas de pagamento direto aos criadores, que visam fidelizá-los e mantê-los dentro de suas próprias plataformas. Outras, como o Spotify, tem comprado o passe de podcasters para que os mesmos atuem com exclusividade em sua plataforma. Ainda sim, criadores possuem possibilidade de monetização limitadas em certas plataformas…

Zoom in: a Hubla

Criada em 2020 no início da pandemia, a startup oferece ferramentas para que criadores consigam gerir, nutrir e monetizar as suas próprias bases de usuários utilizando o WhatsApp e o Telegram como canais.

Por exemplo: um analista de mercados que entrega relatórios diários em determinados grupos de mensagens, pode criar camadas de acesso ao conteúdo, cobrando uma taxa de alguns usuários premium.

A plataforma hoje conta com ~1k criadores que, juntos, somam ~60k assinantes e um crescimento acumulado de ~600% nos últimos 12 meses.

Agora, com um cheque de R$60milhões da Kaszek, a meta é fazer 10x o número de assinantes e 5x a receita atual.

Zoom Out: a indústria

Mr. Beast, foi um dos primeiros YouTubers a ganhar destaque nos Estados Unidos e hoje conta com >80 milhões de assinantes no seu canal. Nesta semana, ele investiu $3.5 milhões para recriar o cenário do Squid Games e convidou 456 pessoas para competirem por um prêmio de U$456k - dessa vez, sem mortes - e o vídeo já conta com >120 milhões de visualizações. A fins de comparação, a Netflix demorou anos para criar o seriado e levou +30 dias para alcançar 120mi de visualizações - enquanto Mr. Beast levou 72h e ainda bateu os recordes de:

  • Vídeo (não musical) com mais visualizações em 1 dia (42mi);

  • Vídeo (não musical) mais rápido a alcançar 100mi de visualizações (<4 dias);

  • Maior número de novos assinantes em 1 dia (1.4mi)

Outras plataformas focadas na monetização e empoderamento dos criadores tem ganho destaque, cada um em seu formato, focado em seu próprio nicho de mercado:

  • OnlyFans: focou nos criadores de conteúdo visual com apelo sexual;

  • Substack: focou nos criadores de conteúdo escrito com apelo informativo/educativo;

  • Twitch: focou nos criadores de conteúdo de vídeos para gamers;

Atualmente, somente 1% dos criadores conseguem fazer dinheiro nas principais plataformas sociais, mas os números acima mostram que o poder começa a mudar de mãos e, no país líder em influência dos influenciadores, a Hubla tem muito mar pra navegar.

O que rolou Brasil adentro

  • Nuvemshop, a gigante do ecommerce brasileiro traz Camila Farani, investidora do Shark Tank, para o conselho e embaixadora da marca.

  • Popai Snack, a foodtech de snacks saudáveis e a base de planta, capta R$1.6milhões via EqSeed.

  • Neppo Tecnologia, a startup de comunicação omnichannel usando inteligência artificial, é a mais nova aquisição da Sankhya ERP.

Contra dados não há argumentos

Porcentagem de respondenes nos países selecionados que compraram algum produto por que uma celebridade ou influencer o recomendou:

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