Bom dia, Dropers!

Os números e novidades da Black Friday

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Será o fim dos vídeos de multidões acampando, invadindo lojas de departamento e brigando por produtos durante o final de semana de mais promoções no mundo? Talvez. Os vídeos desse ano foram substituídos por influencers, lives, QR Codes e compras online…

No Brasil, os dados foram divulgados a partir de uma ação da Neotrust com a ClearSale, Elo, AfterSale e Confi, que colocaram no ar o site hora a hora. De acordo com a pesquisa, que começou à meia noite de quinta até meia noite de sexta:

• Faturamento: R$5.4 bilhões (5.8% de crescimento)

• Numero de pedidos: 7,6 milhões (-0,5% de crescimento)

• Ticket Médio: R$ 711,38 (6,4% de crescimento)

• Fraudes evitadas: R$ 66,3 milhões

• Principal forma de pagamento: Cartão de crédito

• Região de maior participação: Sudeste (61% do total)

• Categoria mais vendida: Moda e Acessórios

• Produto com maior faturamento: Telefonia

• Faixa etária que mais comprou: 26-35 anos

• Valor do frete: redução de 12%

Já de acordo com a Adobe Analytics, alguns dados interessantes da Black Friday nos vizinhos americanos foram:

1. Tráfego em lojas físicas cresceu 61% se comparado ao mesmo período do ano passado, mas ainda está 27% menor do que os níveis pré-pandemia.

2. Vendas dos ecommerces americanos atingiram $8.9 bilhões, um pouco abaixo do ano passado, quando vendas atingiram $9bi.

3. Método de pagamento que mais cresceu foi o BNPL - Buy Now, Pay Later, o famoso parcelado que o Brasileiro já está acostumado - com alta de 422% se comparado ao ano passado.

4. O meio de compra preferido foi o celular, com 44.4% de todas as vendas online, um aumento de 10.6% do ano passado.

Algumas iniciativas continuam a ganhar espaço e receber atenção, principalmente dos marketplaces centralizadores. Entre elas, inspirada no Alibaba chinês, o Live Commerce, um mix entre live, entretenimento, influenciadores e muitos QR Codes promocionais nas telinhas, veio com força:

> Americanas reuniu um time de youtubers e influenciadores, de Felipe Neto à Juliette, para manter o Show da Black Friday promovendo descontos e produtos por +4h. > Amazon montou seu próprio reality show o Casa Black Friday onde influenciadores e famosos ficarão por 4 dias em uma casa com tudo o que é possível da Amazon. A audiência pode interagir com os participantes e aproveitar as promoções.> Magalu mudou o modelo do seu Black das Blacks na televisão e colocou o Luciano Huck e a Anitta para comandar uma live no Youtube, TikTok, Facebook e Instagram. Audiência podia comprar diretamente pela plataforma do YouTube> Mercado Livre foi na contramão das super lives e, ao invés disso, realizou lives menores ao longo de todo mes de novembro através do seu próprio app.

Apesar dos esforços das gigantes, no ano ano passado o volume de vendas em lojas próprias do Shopify ultrapassou o volume de venda de revendedores na Amazon pela primeira vez. O movimento acompanha o crescimento do mercado de influencers, de criadores próprios, do modelo DTC, e de marcas com poder de mídia próprio e independente. Falando em Shopify, seus lojistas bateram recorde e processaram $2.9 bilhões, um crescimento de 21% do último ano e totalizando quase 30% de todas as vendas do país.

O que rolou mundo afora:

• Uber: se prepara para dar tchau à Bélgica. Depois de perder uma batalha legal contra o governo, uma decisão judicial impede a empresa de operar no pais.

• Apple: também está trabalhando em uma versão de um óculos de realidade virtual que deve ser lançado já no ano que vem (o produto compete diretamente com o Quest 2 do Meta).

• Cripto: também entrou em Black Friday. As principais moedas do mercado (BTC, ETH, ADA, SOL, AVX, etc) estão com queda de até 8%.

• Ericson: é a mais nova entrante do mercado na nuvem e 5G. A empresa está comprando a Vonage por $6.2bi

O que rolou Brasil adentro

• Blips, a startup de aluguel de equipamentos, principalmente plotters, capta rodada de R$10mi da In.Pulse e visa aumentar portfólio.

• Swvl, o app de transporte israelense para competir com BlaBlaCar e Buser, está iniciando a operação no Brasil em 2022.

• Microsoft, Oracle, Suse e Red Hat, serão as responsáveis pelos novos sistemas operacionais do governo Brasileiro. O valor do orçamento aprovado chega a ~R$18mi.

Contra dados não há argumentos