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💧 Reindustrializando os EUA
O Projeto Stargate + Os artistas fantasmas do Spotify
Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que algumas lojas da Coreia do Sul embalam suas bananas em vários estágios de maturação para que você possa comê-las durante vários dias sem que fiquem douradas. Eles os chamam de “uma-banana-por-dia”. Feiras e verdureiras, por favor, tomem nota!
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
Spotify: toca aquele artista fantasma aí.
Project Stargate: infraestrutura de IA nos EUA
Netflix: os primeiros 300 milhões a gente nunca esquece
Os artistas fantasmas do Spotify
spotify, artistas fake, streaming app
O Spotify pode ser definido como um marketplace da música. De um lado, a demanda representada pelos ouvintes. De outro, a oferta representada pelos artistas. E como todo marketplace…
Eles ficam com uma taxa de intermediação após receber os pagamentos da demanda e repassar para quem produz. Agora, já imaginou quão melhor seriam as finanças do app se não precisassem pagar esses royalties? Foi exatamente dessa imaginação que nasceram os artistas fantasmas.
Segundo uma recente investigação da Liz Pelly, a iniciativa era chamada de Perfect Fit Content (PFC) e consistia basicamente no Spotify produzindo músicas de artistas fakes e as adicionando em playlists criadas por eles mesmos (ex: música ambiente, lofi house, "para dormir”, foco total), evitando o pagamento aos selos e artistas reais.
O caso não é tão novo assim..
O assunto veio à tona em 2017, após um artigo na Vulture denunciar a prática. A sombra desta crise de imagem foi se apagando, e os motivos? Novas controvérsias, como o investimento do Spotify de $250 milhões no Joe Rogan Podcast, e o “Discovery Mode”, uma nova feature em que os artistas aceitariam um royalty menor em troca de uma ajudinha do algoritmo.
Mas foi a partir de uma análise do jornal suéco Dagens Nyheter que o fato concretizou: eles encontraram cerca de 20 artistas por trás de mais de 500 sons com milhões de plays cada - mas não encontrou os artistas reais.
O app afirma que 70% de toda receita é repassada a selos e gravadoras (que repassam aos artistas) e, apesar do valor final variar de acordo para acordo, a média é de $0,003 e $ 0,005 por transmissão.
Para cada 1000 (mil) de plays = de $3 à $5 dólares.
Para cada 1.000.000 (milhão) de plays = $3 à $5 mil dólares
Para cada 1.000.000.000 (bilhão) = $3 - $5 milhões dólares
Em 2023, o Spotify registrou uma receita de U$14.3bi e pagou cerca de U$9bi em royalties para os detentores dos direitos autorais (63%). Neste mesmo ano, cerca de:
→ 1.250 artistas receberam mais de U$1 milhão.
→ 11.600 artistas receberam mais de U$100k
→ 66.000 artistas receberam mais de U$10k
Em outras palavras, ~80% dos 9.75 milhões de artistas listados na plataforma tiveram menos de 1.000 plays e receberam menos que U$5 dólares. A briga por royalties maiores e a valorização dos artistas está longe do fim, ainda mais com o CEO Daniel Ek demonstrando estar aberto a música gerada por IA na plataforma.
O que rolou mundo afora
Canon acaba de lançar o “Live Switcher Mobile”, um novo aplicativo de transmissão ao vivo que suporta vídeos do iPhone, mas não da própria Canon.
Insight Partners: uma investidora de startups, captou o seu décimo terceiro fundo de investimento, dessa vez de U$12.5 bilhões!!
Stripe: está demitindo 300 funcionários, mas reafirma que planeja aumentar o total de funcionários em 17% até o final do ano, totalizando 10k.
IMDb: a base de dados de filmes, séries e celebridades comprada pela Amazon em 1998, dá tchau ao seu CEO depois de 35 anos no poder.
Mistral: a versão européia da OpenAI, que já captou $1.14bi, afirmou que não está à venda e planeja um IPO em breve.
Tesla: ultrapassou a Audi em número de carros vendidos no ano pela primeira vez.
TRENDING: Pitch Deck é o nome dado àquela apresentação que os founders startupeiros fazem para levantar uma grana com VCs, contando sobre empresa, planos, finanças e vendendo a terra prometida. O pessoal do Off The Grid fez uma análise e o que você pode aprender com os pitch decks utilizados por…
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Project Stargate: infraestrutura de IA nos EUA
trump, ordens executivas, ia, tech, datacenters
A festa de inauguração do primeiro presidente bilionário cripto começou na segunda-feira, com a doação e participação dos principais CEOs tech de empresas americanas (e até chinesa) no palco. Em meio a discursos e shows - como o Village People tocando YMCA - Trump aproveitou para anunciar o The Project Stargate:
SoftBank, OpenAI e Oracle são as líderes do projeto.
Arm, Microsoft e Nvidia são os parceiros chave de tecnologia.
Serão investidos U$500 bilhões ao longo dos próximos 4 anos.
Missão de re-industrializar o país com a construção de infraestrutura para suportar os avanços de IA (datacenters, energia, etc).
Para fins de comparação da dimensão do investimento de U$500bi, o Apollo Program (que levou o homem à lua) custou U$280bi e o Manhattan Project (que criou a bomba atômica), custou U$35bi - com os valores não corrigidos.
Mas não acabou por aí. Enquanto Mark Zuckerberg espiava o decote da esposa de Jeff Bezos os não-convidados partiam seus jatinhos particulares rumo a Davos para participar do Fórum Econômico Mundial, Trump concedeu perdão presidencial a Ross Ulbricht, o fundador do polêmico marketplace Silk Road, um dos primeiros sites da web a utilizarem criptomoedas para realizar transações, que havia sido condenado a duas prisões perpétuas + 40 anos.
Além disso, os destaques entre as canetadas dadas que mais afetam o universo tech foram:
Comprar chip de telefone para a empresa, na banquinha?
Drop By Salvy
Quando chega o momento de escalar vendas e atendimento na sua startup, a falta de gestão das linhas telefônicas - como desperdiçar dinheiro com linhas sem uso ou perder o número - te dão custos e riscos desnecessários.
O empreendedor sabe. Mas... a fidelidade de 24 meses, as multas, a falta de tecnologia, e o offboarding horrível, fazem com que o caminho seja comprar um chip na banca. O famoso “não tem tu - vai tu mesmo”.
A operadora de telefonia das startups, que já gerou R$1.853.061,27 de economia para os seus clientes, propõe uma nova forma de gerir telefonia móvel nas empresas - mais tech, mais flexível e com maior controle para o usuário.
Quer escalar sua operação do jeito certo em 2025? Faça como Pipefy, Alice, Méliuz e Caju, e simplifique a telefonia na sua empresa. Manda um Salvy aqui!
O que rolou Brasil adentro
Lumo Robotics, a startup limpando painéis solares com robôs, captou R$1mi em uma rodada com fundo Gera Climate.
Brasil TecPar, o grupo gaúcho de soluções de conectividade e internet, captou R$300mi com a Macquarie Capital.
Lab2dev, startup de consultoria e implementação de SAP, adquiriu 50% da operação da Kinesis IT, de soluções analíticas e dados.
Gringo, o super app para motoristas de aplicativo, é adquirido pelo Sem Parar, controlada pelo grupo americano Corpay, supostamente por R$1 bilhão.
Softbank acaba de vender o restante da sua participação de 49% no WeWork Brasil para o próprio WeWork Company, da Holanda.
Caccao, a startup ajudando influenciadores financeiros a monetizar suas audiências, recebe aporte de R$2,2mi liderada pela DOMO.vc.
Os primeiros 300milhões a gente nunca esquece
netflix, assinantes, streaming, esportes ao vivo
Vinte oito anos depois da sua criação e, em meio ao período de maior concorrência na indústria de streaming, a Netflix anunciou ontem o trimestre de maior crescimento da sua história.
Foram 19 milhões de novos membros, totalizando 302 milhões de assinantes globais. Para alcançar o feito, a Netflix precisou crescer em todas as 4 regiões geográficas:
América do Norte: 89.6mi de assinantes, acima dos 64.8mi de 2018.
EMEA: 101.1mi de assinantes, acima dos 37.8mi de 2018.
América Latina: 53.3mi de assinantes, acima dos 26.1mi de 2018
Asia-Pacific: 57.5mi de assinantes, acima dos 10.6mi de 2018
O mérito do crescimento fica com a aposta nos esportes ao vivo, com destaque para a luta de Mike Tyson com o youtuber Jake Paul e o jogo de Natal da NFL. Mas apesar de puxar a métrica de assinantes para cima, essa estratégia puxa a margem de lucro para baixo, mas ainda em 22.2%.
Em 2024, a Netflix viu suas ações valorizarem 83% e ganhou $170 bilhões em valor de mercado. Para 2025, o plano é não tirar o pé do acelerador e dobrar a receita para U$44.5 bilhões. Para tanto, podem esperar mais aumento de preços por aí.
PS1: Para uma análise financeira completa dos resultados trimestrais, dê uma olhada no MoneyDrop de amanhã.
Contra dados não há argumentos
Stats relevante
Em 2024, a Netflix ultrapassou US$ 10 bilhões em receita operacional pela primeira vez.
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Antes de ir…
Sabe aquele amigo que ainda pergunta “o que é blockchain?” como se fosse 2017? Ou que acha que startup é sinônimo de "empresa descolada com mesa de sinuca"? Ele precisa do TechDrop.
Aqui a gente traduz a selva tech para o idioma humano. Com apenas 5 minutos de leitura, ele vai finalmente entender o que é OpenAI – e parar de confundir com uma franquia de academia.
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DROPS
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