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Dia, Dropers!

Depois do Facebook virar Meta para focar no Metaverso, a família de apps da Square acaba de ser renomeada para Block para focar em… blockchain! Aliás, falando em blockchain e metaverso, o Manchester City se juntou com a Sony para criar uma versão virtual do seu estádio na Decentraland.x

Na edição desta primeira sexta-feira de dezembro:

Spotify Wrapped Marketing

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Três coisas sinalizam a chegada do final do ano como nada na vida: decoração natalina brotando nos shoppings, a lista dos 30 under 30 da forbes e… o seu instagram invadido pelo spotify wrapped dos amigos - pelo menos aqueles que não tem nada para esconder.

O Wrapped é, basicamente, um resumão dos artistas que você mais ouviu no ano, os seus gêneros musicais favoritos, as músicas e podcasts que você mais deu play. Mas, muito mais importante do que você saber se está nos top 1% de fãs de determinado artista, é a repercussão gratuita e orgânica que o gigante da música consegue alcançar com a estratégia: no ano passado, o número de downloads aumentou em 21% na primeira semana de dezembro, o DAU (daily active users) atingiu o maior pico do ano, foram ~60milhões de interações com o Wrapped e entrou nos trending topics das principais redes sociais (1.2m no twitter).

Dados + Produto + Design + Marketing =

  • FOMO: fear of missing out - afinal, quem não se sente excluído por não saber qual artista mais ouviu ou quanto tempo passou ouvindo música no ano, ou quem tem coragem de tirar um print do seu Pandora?

  • Unicidade: o spotify te conta que você está entre os top 1% dos ouvintes, ao invés de lhe contar que você está entre os top 3 milhões de fãs.

  • Orgânico: fãs não são os únicos a compartilharem. Artistas com suas bases gigantescas de fãs (10 dos top 20 do twitter, e 9 dos top 20 do instagram em número de seguidores são músicos) também postam seus resumos nas redes sociais.

  • UGC: o Wrapped é criado automaticamente pelos algoritmos do Spotify - não tendo um custo adicional de criação - mas, quando o conteúdo chega até você, ele chega via uma conexão próxima, o que tem um peso maior de influência.

  • B2B: o Spotify também usa esses dados para incentivar mais advertisers a publicaram campanhas dentro do app e fornece esses dados como algumas das possibilidades de segmentação

O spotify pegou algo único de cada usuário e utilizou isso com um incentivo para o compartilhamento. Sem usar nenhum incentivo monetário, o app cria um senso de competição e de conquista, duas das sensações preferidas dos seres humanos.

Vendo o coeficiente de viralidade da brincadeira, desde 2017 o app vem adicionando funcionalidades no wrapped: quizzes para você interagir com seus amigos e adivinhar seus artistas favoritos, botões de compartilhamento, visualização já no formato de stories e até customização de cores e background.

Nas palavras de Paymand Kassaie, Brand Lead of Spotify: “… no final do dia, fazer pessoas quererem falar sobre algo, é a única métrica que importa“

E o oscar vai para…

Além dos números de marketing maravilhosos, o Spotify também aproveitou para fazer o wrapped do seu próprio mercado:

Os artista mais ouvidos foram:

  • O rapper porto riquenho Bad Bunny com 9.1bilhões de plays;

  • Seguida pela cantora pop americana Taylor Swift;

  • Terceiro lugar para a banda de K-pop coreana BTS;

  • Outro rapper, dessa vez canadense, Drake;

  • E o Justin Bieber em quinto lugar.

O álbum com mais plays do ano foi: a cantora com maior número de dancinhas virais no TikTok, Olivia Rodrigo com Sour.

O som mais ouvido foi: também da Olivia Rodrigo, “Drivers License”

O podcast de maior sucesso foi: The Joe Rogan Experience que, não por acaso, foi comprado pelo próprio spotify ano passado por $100mi. O segundo lugar ficou para outro podcast com contrato assinado de $60mi com o spotify: Call Her Daddy

As playlists que ninguém esperava que iriam ouvir mas que refletem bem o que tem acontecido no mundo foram: “Música para Plantas”, que cresceu 1400% e “Playlist das vacinas” que também recebeu 42 milhões de plays.

O que rolou mundo afora

  • Twitter: no mesmo dia da saída de Jack como CEO, a rede social anunciou que vai banir o compartilhamento de fotos de indivíduos sem consentimento.

  • Hubspot: a versão americana da Resultados Digitais, viu as ações subirem 6% depois de um vazamento sugerir que a Amazon queria comprá-la.

  • Tel Aviv: a capital de Israel assumiu a indesejada primeira posição entre as cidades mais caras para se viver, seguida por Paris e Singapura.

  • Tinder: na verdade, os seus fundadores, venceram uma batalha jurídica contra a Match.com, seus compradores, e receberão $441mi. Match foi acusado de intencionamente diminuir o valuation da marca para não pagar alguns $bi.

  • Grab: o super app de entregas, caronas, finanças e mais, abriu IPO na NASDAQ e já se tornou o maior sucesso de uma empresa de Singapura.

  • China: continua a acabar com a festa das empresas tech. Uma nova lei deve restringir a abertura de capital em bolsas fora da China - e também trazer às que já estão fora de volta pra casa.

O que rolou Brasil adentro

  • Blueline, a gestora de capitais fundada por ex-JP Morgans, é a mais nova investida do fundo Rising Stars do Itaú, com um aporte de R$100mi.

  • W2.Digital, a startup que transforma outras empresas em fintechs e insurtechs, é comprada pelo Banco Modal.

  • Gorila, a fintech que centraliza todos seus investimentos em uma só plataforma, capta R$100mi em rodada liderada pelo Iporanga Ventures.

  • Aprova Total, a edtech com cursinhos preparatórios de enem e vestibular, recebe rodada de investimento da Wiser de Flávio Augusto.

  • BeerOrCoffee, o marketplace de coworkings brasileiro, capta R$55 milhões em rodada liderada pela Kaszek.

  • BrBatel, a fintech curitibana fornecendo crédito para CNPJs, capta R$150 milhões em rodada liderada pelo family office Doninelli Participações

  • Velvet Invest, a plataforma de investimento late stage dando liquidez para investidores de empresas pré-IPO, capta R$17 mihões da GFC.

  • Finansystech, a fintech que permite sistemas financeiros forneçam soluções seguras em open finance, capta R$2.5milhões via CapTable

Contra dados não há argumentos

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