💧 Saem os bots, entram as Notas de Comunidade

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Meta: vida curta aos bots de IA, vida longa as notas de comunidade

• Bing: qualquer semelhança não é mera coincidência

• Microsoft: a oportunidade de ouro em IA

Meta: saem os ai-bots, entram os community-notes

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Quando lançou as personalidades de IA em 2023, permitindo usuários criarem e interagirem com seus bots, a aposta da Meta era que o engajamento com seus +3 bilhões de usuários aumentaria. Um ano se passou…

E o plano agora é zerar o número de perfis de IA próprios. A decisão ficou fácil depois que humanos descobriram que um bug os impedia de bloquear tais perfis e, dois deles, terem viralizado por sua controvérsia:

• Liv, descrita como uma “orgulhosa mãe negra queer de 2 anos e contadora de verdades”. Mas ao interagir com o perfil, ela revelou que sua equipe de desenvolvimento continha zero negros e era majoritariamente de homens.

• Carter, cujo nome de conta era “datingwithcarter” e se descrevia como um coach de relacionamento. “Envie-me uma mensagem para ajudá-lo a namorar melhor”, dizia seu perfil.

Mas foi outra coisa que quebrou a internet ontem..

Falando em usuários fake, Zuck apareceu bronzeado do final de ano para anunciar a nova política de moderação, segundo ele, com foco em restaurar a liberdade de expressão:

Para dar ainda mais sustento ao que Zuck chamou de "ponto de inflexão cultural", a Meta também decidiu:
→ Nomear o republicano Joel Kaplan para liderar sua equipe política;
→ Anunciar 3 novos membros do conselho: Dana White (CEO do UFC e apoiador de Trump), e 2 europeus - o chairman da Stellantis/Ferrari e um ex figurão da Microsoft.
→ Remover a restrição de tópicos sensíveis (imigração, gênero) e adicionar de volta tópicos políticos.
→ Mover o time de moderação da Califórnia para o Texas.

No mercado americano, a Meta nada de braçada, e agora precisou tomar partido publicamente. No mercado europeu, a Meta sofre pressão, e agora precisou trazer gente influente para perto. Seja lá, ali ou acolá, no final, tudo acaba no Lobby 🤝 

O que rolou mundo afora

• Getty Images e Shutterstock: as duas maiores plataformas de licenciamento de imagens da web, anunciam fusão de U$3,7bi.

• Anthropic, a startup de IA por trás do chatbot Claude, está levantando uma rodada de $2bi que a avaliaria em $60bi, o triplo do ano passado.

• #CasosDeFamília: Sam Altman, CEO da OpenAI está sendo processado pela própria irmã por abuso sexual. A família de Sam, com apoio da mãe e irmãos, negam as acusações.

• Trump anunciou investimento estrangeiro (bilionário dos Emirados Hussain Sajwani) de U$ 20 bilhões para construir novos datacenters.

• Disney anunciou que comprará o streaming de TV esportiva FuboTV e combinará a programação esportiva da Fox e Warner.

• Nvidia parou a internet (pelo menos o lado mais nerd dela) ontem com seus anúncios de IA na CES2025.

• JPMorgan planeja obrigar todos os 300.000 funcionários a retornarem ao escritório cinco dias por semana, encerrando o trabalho remoto.

Bing: qualquer semelhança não é mera coincidência

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Dizem que imitação é a forma mais sincera de elogio. Mas não foi bem assim que o Google encarou o último truque da Microsoft para enganar os usuários e fazê-los usar seu buscador, Bing, ao invés do Google.

Qual a jogada? Usuários não logados que buscarem pela palavra “Google” no navegador da Microsoft serão direcionados para uma página que imita em detalhes a interface do próprio Google, porém, é o Bing.

Apesar de incrivelmente lucrativo, o buscador da Microsoft não consegue ameaçar a soberania do Google nas buscas online mas, nunca impediu de tentar diferentes truques ao longo dos anos, por exemplo:

• Quando o navegador da Microsoft, Edge, importava automaticamente as abas abertas do navegador do Google, sem o usuário solicitar.

• Quando a Microsoft usou o seu sistema operacional, Windows, para mostrar pop-ups promovendo o Edge aos usuários que estavam usando Chrome.

• Quando usaram páginas de download do Chrome modificadas para redirecionar os usuários para pesquisas Edge.

• Quando eles forçaram usuários a abrir links clicados diretamente no Edge ao invés do navegador padrão escolhido pelo usuário.

E todo esforço não será foi em vão, já que o Google se mantém com 89,74% de participação no mercado de buscas online e o Bing com meros 3,97%.

O que rolou Brasil adentro

• The Men's, a mentech focada na saúde personalizada masculina, capta rodada de R$2,6mi liderada pela BR Angels.

• Alloy, a foodtech que oferece um sistema completo para venda e gestão de restaurantes, capta R$1mi com CVC Comunitá.

• BTG Pactual assinou um acordo de exclusividade para comprar a operação do banco suíço Julius Baer no Brasil, estimado em U$100-150mi.

• Loocal, logtech paulista focada em soluções para logística de delivery, captou R$1,2mi em sua primeira rodada via EqSeed, com 105 investidores.

• Do Bem, marca de sucos que fazia parte do portfólio da Ambev, é adquirida pela mineira Tial, controlada pelo frigorífico PifPaf.

• U4C, a fintech de soluções de pagamento, é adquirida pela Okto Bank, conhecido por seu trabalho com as bets.

Microsoft: a oportunidade de ouro

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U$80 bilhões

A Microsoft, que já havia mudado as regras do jogo ao investir incríveis U$53 bilhões em capex no ano passado, pisou ainda mais fundo no acelerador e agora planeja investir U$80bi este ano.

→ Capex: vem de CAPital EXpenditure, que pode ser definida como despesas de capital ou investimento em bens, quando o custo é destinado a manter ou expandir o escopo de operações da empresa.
→ Opex: vem de OPerational EXpenditure, que é o tipo de gasto que está nas despesas operacionais, bem como na manutenção de equipamentos da empresa.

Para onde vai este dinheiro?

Especificamente, a gigante da tecnologia planeja construir data centers habilitados para treinar modelos de IA e implantar aplicativos baseados na nuvem em todo o mundo.

Metade do valor investido será dentro dos EUA, que já é líder global absoluto com sobra na quantidade de datacenters.

Contra dados não há argumentos

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