Monetizando o Google Maps

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O Google Maps é um dos produtos mais utilizados do mundo. Com ~90% de market share entre os apps de navegação, é, também, um dos apps mais sub monetizados da história. Isso está prestes a mudar mas, não da maneira como você está pensando…

Apesar dos ads (típico Google) existirem no Maps e Waze há algum tempo, existem alguns nichos de mercado que podem se beneficiar (e pagar) ainda mais pelo mapa satélite do mundo…

• API de Navegação: licenciada principalmente para apps de transporte, como o Uber - que utiliza a tecnologia do Google integrada em seu app para motoristas e, para isso, pagou ~$58mi nos últimos 3 anos.

• API Solar: voltado para empresas de energia renovável como instaladores de placa solar (SunRun e Tesla), design solar (AuroraSolar), empresas imobiliárias (Zillow, Redfin) e até hospitalidade (Marriotts). Com 350 milhões de prédios mapeados, a expectativa é que, já no primeiro ano, o licenciamento possa gerar $100mi de receita.

• API do Ar: permitirá aos clientes solicitar dados de qualidade do ar, como poluentes, recomendações baseadas em saúde para locais específicos, mapas de calor, informações da qualidade do ar por hora, além de um histórico do local dos últimos 30 dias.

E se você é do time Waze (comprado pelo Google por $1.3bi em 2013), temos más notícias: desde o ano passado, a empresa começou a cortar funcionários do Waze e juntar os restantes com o time do Maps, criando uma nova divisão chamada Geo - que usará a tecnologia do Google Ads para monetização.

Poll do dia

Resposta ao final da News!

O que rolou mundo afora

• 3M: vai pagar U$6bi para +300k veteranos no maior settlement da história, depois que seus tampões de ouvido não os protegeram devidamente.

• X: o ex-twitter e futuro linkedin? O app de tudo lançou uma funcionalidade de contratação para empresas verificadas.

• Netflix: perdeu 200k assinantes na Austrália desde o lançamento da política anti-compartilhamento de senha.

• Mastercard: atingiu sua máxima histórica esta semana. Desde que abriu capital, retornou +30% anualmente vs 10% do mercado.

• VinFast: a fabricante de carros elétricos que vendeu ~100 carros até hoje, se tornou a terceira mais valiosa do mundo, depois das ações subirem +20% esta semana ($191bi), e depois caiu 44% (-$84bi).

Os Web Apps Progressivos (PWA)

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Qualquer usuário com pouca memória no smartphone já teve que deletar um app para baixar outro app, para depois deletar e depois baixar outro… entrando no inconveniente ciclo infinito de download/delete de apps que serão usados apenas 1x.

Se em 2010 as telas de celular com centenas de apps pareciam um parque de diversões, a infestação atual destes já os fazem parecer um inferno. Mas a galera arrumou uma solução, os PWA (progressive web apps). Eles não são nem um site responsivo e nem um app nativo, é o meio termo:

• É mais rápido de ser construído e atualizado (já que usa linguagem web);

• Uma só versão funciona para todos sistemas operacionais (Android e iOS);

• É menos pesado, consumindo menos dados;

• É mais conveniente, não precisa fazer download nas AppStores;

• A usabilidade é melhor que a do navegador e igual dos app nativos;

De acordo com a comScore (via TechCrunch), a maioria dos consumidores não baixa nenhum aplicativo por mês. Por outro lado, já tem uns peixes grandes conseguindo melhores resultados no modelo PWA:

Tinder, diminuiu o tempo de carregamento do app em 50%.
Pinterest, aumentou o tempo de permanência no site em 40%.
Flipkart, resgatou 60% dos clientes que desinstalaram o app nativo.
Lancôme, aumentou as conversões em 17% e o tempo de sessão em 53%
Uber, aumentou a velocidade da página e diminuiu o tempo de carregamento.
Starbucks, aumentou a leveza em 99% e a diversidade de pedidos em 23%.

Sabe quem também entrou na dança? X, o super-app, que para conseguir entregar todas as funcionalidades do roadmap (social, música, vídeo, podcasts, contratação, transações financeiras, ações, assinatura, etc), vai precisar de uma boa dieta..

O que rolou Brasil adentro

• Nuu, a foodtech mineira dos dadinhos de tapioca, capta rodada de R$20mi liderada pelo fundo americano EcoEnterprises.

• SolarZ, energytech de gerenciamento e monitoramento de empresas solares , capta R$2.3mi com Bossanova e DOMO.

• Anfitriões de Aluguel, a rede colaborativa de anfitriões profissionais, captou R$1.48mi em rodada com Nexpon (fundo da NSC).

• 123 Milhas, entrou com pedido de recuperação judicial e quer suspensão imediata das cobranças, que ultrapassam R$2.3bi.

• X, liberou a monetização de contas brasileiras. Para receber, o user precisa ser verificado, ter 500 seguidores e 15mi impressões nos últimos 3 meses.

• Binance, lançou a Binance Pay no Brasil. Tanto usuários quanto estabelecimentos podem transacionar 70 criptomoedas com a funcionalidade.

SimCity da vida real

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Essa startup já gastou +R$4 bilhões comprando dezenas de milhares de km2 de terras nos arredores do Vale do Silício para construir do zero uma nova cidade, do jeitinho que bem entenderem. Conheçam a Flannery Associates, a startup construindo uma Califórnia 2.0.

O comandante do navio é Jan Sramek, de 36 anos, ex-trader do Goldman Sachs. Mas para tirar uma cidade do papel, o bolso precisa ser fundo e o captable já inclui...

Laurene Powell Jobs, viúva de Jobs, com uma fortuna pessoal de ~R$67bi.
Irmãos Collison, founders do Stripe, com fortunas pessoais de ~R$30bi.
Michael Moritz, da Sequoia Capital, com uma fortuna pessoal de ~R$20bi.
Marc Andreessen, da a16z, com uma fortuna pessoal de ~R$9bi.
Reid Hoffman, criador do LinkedIn, com uma fortuna pessoal de ~R$10bi.

A atual Bay Area é considerada uma das mais caras do país (e do mundo). Sede de empresas como Google/Meta/Apple/etc, os altos salários tornaram a área sinônimo de aluguéis impraticáveis, congestionamentos insuportáveis e homelessness (sem-tetos).

A nova Bay Area, porém, incluiria uma nova cidade com dezenas de milhares de novas casas, uma grande fazenda de energia solar, pomares com mais de um milhão de novas árvores e mais de 10.000 acres de novos parques e espaços abertos - além de ser planejada para pedestres, não carros.

Contra dados não há argumentos

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