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💧 SWIFT (Russian Edition)

+ como as empresas tech tem respondido a guerra...

Bom dia, droppers!

O feriado de carnaval trouxe um pouco de trégua para alguns, mas com certeza não para os Ucrânianos.

Ninguém aqui no Drop é especialista em guerra ou geopolítica, mas entendemos um pouco de tecnologia e economia. É por essas lentes que vamos dar uma olhada no que rolou no mundo nos últimos dias…

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Com o avanço da guerra entre Rússia e Ucrânia, nações do mundo todo se posicionam contra a invasão, a maioria delas, através de sanções econômicas direcionadas ao país governado por Putin e, uma das armas mais utilizadas para isolar um país do sistema bancário global é o… SWIFT: Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunications (ou Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais).

E entre EBITDA, CDB, CDI, CVM, FGC, FMI, GAP, IPO, LCI, LTN, PGBL e váárias outras siglas do sistema econômico, resolvemos dar uma olhada mais a fundo no tal SWIFT - não a marca de comida, o outro…

O que é o tal SWIFT?

Em 1973, com o fluxo de dinheiro entre diferentes países aumentando com a globalização, 239 bancos de 15 países diferentes se juntaram para estabelecer um formato padrão de transferência de dinheiro entre fronteiras.

Atualmente, sediado na Bélgica e controlado pelo G-10 dos bancos centrais, têm +11.000 bancos de +200 países que fazem parte da sociedade. Apesar de não fazer a transação por si, ele funciona como a infra-estrutura de comunicação que conecta de forma segura todas as instituições participantes. Pense nele como um sistema de emails simples que garante mensagens seguras entre seus membros.

Por que se fala tanto de SWIFT?

Apesar de não ser uma organização política, a importância do sistema para fluidez de capital entre países o torna uma ferramenta normalmente utilizada em negociações geopolíticas, uma vez cortado o acesso ao SWIFT, os bancos nacionais até podem enviar grana, mas não recebem mensagens de confirmação de recebimento, diminuindo sua velocidade de operação, seu alcance a outros bancos e aumentando seus custos transacionais.

Até hoje, desde a sua criação, apenas um país havia sido cortado do SWIFT, o Irã, como retaliação a criação do seu programa nuclear em 2012.

Como será um corte do SWIFT?

Essa semana, países como EUA, Canadá, Reino Unido e outros na Europa, anunciaram que bloqueariam o acesso de bancos Russos ao sistema.A Rússia, por sua vez, é o segundo país com mais bancos participantes, aproximadamente 300 instituições - ou seja, mais de 50% de todos os seus bancos - ficando atrás apenas dos EUA.

Uma vez cortado o acesso ao SWIFT, a habilidade de enviar/receber dinheiro internacionalmente basicamente acaba, comprometendo +50% da economia nacional. Sabendo disso, Putin iniciou o desenvolvimento da sua própria versão russa do SWIFT, visando independência do sistema global, chamado SPFS (System for Transfer of Financial Messages) - que atualmente ainda é ínfimo se comparado ao “irmão mais velho”, mas que já enviou ~2milhões de mensagens em 2020.

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O que rolou mundo afora: Russian Edition

  • Anonymous: a organização de hackers, está oferecendo até ~$50k em Bitcoins para soldados russos que entregarem seus tanques.

  • Microsoft: está removendo os apps russos do Windows App e bloqueando ads das empresas de mídia do governo russo.

  • Facebook: desabilitou uma série de contas falsas russas responsáveis por espalhar desinformações sobre a guerra e cancelou ads vindos da Rússia.

  • Twitch e OnlyFans: bloquearam o acesso aos seus apps vindos da Rússia e tiraram a possibilidade dos usuários russos de sacar dinheiro.

  • Apple: anunciou que está pausando as vendas de seus produtos em territórios Russos, retirando o app RT da AppStore e desabilitando o Apple Maps na Ucrânia.

  • Nike: também pausou a venda de seus produtos em território russo e disse que não pode garantir as entregas.

  • Roku: a rede de streaming retirou a rede de televisão russa, controlada pelo governo, RT, dos seus apps disponíveis.

  • Snapchat: anunciou o bloqueio dos ads na Rússia, Belarus e Ucrânia, além da doação de $15mi para organizações ajudando a Ucrânia.

  • Youtube: bloqueou o acesso a canais ligados as empresas de mídia governamentais da Rússia, bem como a possibilidade de monetização desses.

  • Twitter: também cancelou os ads de/para Russia e adicionou um aviso nos tweets que compartilham notícias vindas dos canais de mídia governamentais russos.

  • Starlink: a rede de internet via satélite de Elon Musk, enviou uma série de terminais que prometem estabilizar a conexão à internet ao país, depois de um pedido do vice-primeiro-ministro ucrâniano via Twitter.

O que rolou Brasil adentro

  • Carnaval, né!

Contra dados não há argumentos

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