🎤 Drop The Mic: Tiago Maranhão

Apresentado por MOTIM

Para os fãs de esporte, Maranhas, Maranhão, ou simplesmente Tiago Maranhão é um rosto conhecido na TV. Para os não tão fãs assim, chegou a hora de conhecer sua trajetória..

Tiago tem mais de 45 países carimbados no passaporte, é pai de 3 meninas e tão viciado em correr que tudo vira metáfora de corredor. Ele já foi a cara do Troca de Passes da SporTV, trabalhou na Alexa, e acaba de assumir como Diretor de Conteúdo na Vibra Digital - spin-off de tecnologia do Grupo Bandeirantes, e também, claro, estrelar o Drop The Mic.

Tiago, the mic is yours, drop it:

Antes de ser picado pelo inseto da TV, sempre quis trabalhar com jornalismo de revista. Sou filho, neto e sobrinho de jornalistas que trabalhavam na imprensa. Entrei no mundo da TV depois de encontrar José Trajano, que na época era diretor executivo da ESPN.

Falei que era jornalista e que gostaria de estagiar na TV, ele pediu para eu passar lá na redação no outro dia, me entrevistou e me contratou!

No primeiro dia de trabalho, eu grudei no Trajano. Ele era o chefão lá e claramente não era o responsável pelos estagiários, mas eu não conhecia mais ninguém. Ele pediu para eu esperar na sala dele assistir a final da Champions que estava passando ao vivo, entre Bayer de Munique e Manchester United.

Tava lá eu, sentando, a porta da sala dele abre e entra o Tostão perguntando se poderia assistir o jogo ali comigo! O resto, é história.. Me apaixonei por esse ambiente!

Quando meu pai trabalhava na revista Placar, lembro que recebia a edição um dia antes de sair na banca. Isso me garantiu certa popularidade nos tempos de escola.

Outro detalhe que o LinkedIn não conta é sobre a rotina de jornalismo de TV.. É muito intensa! Lembro que, depois que saí da Globo, no meu primeiro domingo sem trabalhar, não sabia o que fazer. Não sabia como me comportar.

Essa pergunta é sempre curiosa, mas agora é um pouco mais fácil, posso dizer que voltei a trabalhar com conteúdo.

No último trabalho era menos simples de explicar, então, eu falava que era o responsável por uma plataforma de monetização para creators. O que não significa muita coisa para quem não é do setor rs

Sem dúvidas quando fui correspondente no Japão. Fiquei dois anos incríveis morando em Tóquio. Minha filha Cecília nasceu lá, o que deixa todo esse momento mais especial.

É difícil falar. Eu já tive o privilégio de conhecer 45 países, fiz as contas recentemente. Mas acho que um dos lugares mais diferentes que eu já visitei foi Palau.

É uma ilhota que fica no Pacífico, no meio do caminho entre a Austrália e o Japão. Aquele lugar tem muitas curiosidades, como o fato de ter um time chamado Flamingo, em homenagem ao Flamengo. Além disso, lá existe um lago dentro de uma caverna com águas-vivas que não queimam, porque elas evoluíram sem predadores e sem a necessidade de defesa. É sem dúvidas um país muito curioso e bonito.

1- O que mais te chamou atenção no SXSW? Pode ser um tema, um comportamento, ou mesmo uma percepção geral. 

Fiquei realmente impactado pela apresentação dos diretores de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, os Daniels, como são conhecidos. Eles fizeram uma reflexão super rica sobre os riscos da IA e como isso precisa ser mais e mais debatido.

Existe um entusiasmo em torno da IA, e na mesma medida do entusiasmo, existe uma ansiedade, um incômodo, até um medo dos impactos. Mas acho que ainda pouco se discute isso, só se fala sobre as possibilidades técnicas.  Estou há dias pensando na palestra deles.

2 - Teve alguma opinião SUA sobre o mercado que se confirmou neste evento?

Todo mundo tem uma agenda. E isso fica claro num festival tão grande. Todo mundo que sobe ao palco para falar, está defendendo uma ideia, um produto, uma empresa!

3 - Qual foi o principal output que você levou do evento que vale a pena destacar?

Que a sociedade vai passar por uma profunda mudança na forma como nós atribuímos valor. Em algum lugar do caminho nos perdemos, e atribuímos valor às pessoas de acordo com o que elas fazem no trabalho..

Não sei se a palavra que eu usaria é sucesso, prefiro buscar um sentimento de realização.

Quando encontro boas conexões, quando sinto que trabalhamos juntos, em parceria, curtindo o processo, me dá realização. O processo é fundamental, não busco o resultado a qualquer custo.  Isso vale para a vida, sobre estar presente no dia a dia.

Corrida, com certeza. Já pratico esse esporte há mais de 20 anos. Além de me permitir ficar relativamente saudável, a corrida serve como um ótimo exercício de meditação. A corrida tem muitas analogias com a vida. 

Por exemplo, na vida, assim como na corrida, não existem atalhos. Se você vai correr uma maratona de 42Km, você vai ter que correr todos os 42Km.

Outra metáfora que eu gosto muito é da consistência e trabalho duro: você pode ser um herdeiro com o tênis mais caro da pista, mas se não treinar e der o melhor de si não vai conquistar muita coisa. Não existe imediatismo na corrida, assim como na vida.

• Um podcast: Respondendo em Voz Alta, da Laurinha Lero

• Uma música: Andar com Fé, do Gil

• Um perfil ou página para seguir: Lilia Schwarcz no Instagram

• Um filme/série: Ted Lasso

Falo isso para minhas filhas todos os dias. É muito fácil se perder e não levar em consideração o problema de outras pessoas. Portanto, sejamos gentis.

Tiago, obrigado pela entrevista, You Dropped!

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